A Minha opinião:
Naturalmente que é vantjosa a figura do professor-bibliotecário. Como sabemos ha já muitos professores com formação pós-graduada. Uma boa parte dos licenciados em Formação ao nível do Mestrado e da Pós-graduação na área das Ciências da Informação e Documentação são professores e têm perspectiva de virem a desenvolver a actividade de professor-bibliotecário.
Também estou de acordo que deve ser maximamente explorada a possibilidade de trabalho em rede. Com catálogos, colecções e recursos conjuntos.
O tratamento técnico da colecção pode e deve ser feito centralmente, pelo menos ao nível do Município com a articulação feita pelo SABE.
Concordo com a Arcelina quando diz que não haver coincidência de opiniões é positivo porque ajuda à discussão e esclarecimento da melhor formulação para a figura que deverá desenvolver a biblioteca escolar.
De igual forma a actividade deve ser em rede havendo uma centralização do trabalho mais técnico que deverá ficar a cargo do SABE.
Dessa forma, libertando o professor bibliotecário das tarefas mais técnicas e repetitivas, libertamo-lo para, como diz a Arcelina, ser um "organizador e coordenador da parte pegagógica, aquele que para al´me de ter conheciementos técnicos possa investir mais na parte das actividades pedagógicas e que as articule juntamente com os vários departamentos curriculares"
E assim começamos a dar coerência ao sistema ( Biblioteca de Leitura Pública orientada para o público adulto, senior, fora do sistema escolar e o SABE que articula tecnicamente com a BE )
Pergunto-me o que aconteceria se alguma vez se tivesse posto a questão do Médico-Bibliotecário por ser alguém que conhece bem as questões com que se debate a profissão, as suas necessidades e a burocracia própria ligada ao meio hospitalar...
Suponho que, no mínimo, havia bombas atiradas pela Ordem dos Médicos.
Com certeza vêem a similitude de situações. Eu não tenho dúvidas de que haverá professores que cumprem a missão de bibliotecário muito melhor do que alguns profissionais do sector. O que é pena é dar-me conta de que todas essas pessoas, provavelmente, erraram a profissão.
Os médicos tiveram a sorte de os deixarem fazer o que eles querem e gostam de fazer. O mesmo se passa noutros sectores de actividade.
E se deixassem os professores SER PROFESSORES?
Porque é que lhes atiram para cima com uma imensa série de tarefas e funções que não são leccionar, incluindo ser o bibliotecário da escola? E porque é que ninguém está contra esta realidade, que só os desmerece?
Para aprender quais são os problemas e como se mover nos meandros da Educação, há a partilha de informação. É assim que o bibliotecário de um hospital trabalha (isto para usar o exemplo acima).
Os professores são os primeiros interessados em ter um centro de I&D com aquilo que precisam em cada caso a funcionar decentemente. Tal como acontece com profissionais de outras áreas em cujo local de trabalho existe um centro de documentação, biblioteca, arquivo etc., gerido por um profissional de informação.
Eu até acho bem que se aproveitem as infraestruturas de redes de informação existentes e mal usadas. Mas isso não pode ser desculpa para se continuar a tercerizar os agentes de desenvolvimento das BE's dentre a população docente, numa espécie de "voluntariado à força".
Termino que o comentário já vai longo.
E, já agora, vou também postá-lo no meu blog, com a devida menção da sua natureza.
Obrigada por terem lido.
Não podia estar mais de acordo consigo. Excelente análise!
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