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Não queria deixar de assinalar este dia do centenário de José Saramago. Fui ao meu blogue Bibvirtual repescar alguns post e alguns títulos de Saramago que aí refiro.
Presumo estar certo ao considerar José Saramago um escritor essencialmente de alegorias. É o que acontece em “A Caverna” que acabei de ler recentemente apesar da primeira edição ser já do ano 2000. Utilizando a alegoria da caverna, de Platão.
José Saramago – “A Viagem do Elefante”. João III e D. Catarina da Áustria oferecem um presente ao primo Maximiliano. É o elefante Salomão que será acompanhado pelo cornaca.
“Memorial do Convento” de Saramago. O livro que me iniciou na leitura do romance histórico.
Mas o livro de que mais gosto, é o “In Nomine Dei”. Pouco referido, mas uma história acerca dos anabaptistas.
No local onde hoje é o Mosteiro de Leça do Balio deve ter havido no século I uma ocupação romana e igualmente um templo romano. Findo o Império Romano a ocupação sueva e visigoda não deixou registos.
No século X é edificado um pequeno Mosteiro no contexto da reconquista. Em 1003 há uma doação a D. Unisco Mendes, padroeira do Mosteiro, e é beneficiário também a seu marido D. Tructesindo Osores. O Mosteiro manteve-se na família passando para os filhos do casal em 1021.
Só em 1094 foi transmitido à Sé de Coimbra por D. Urraca I de Leão e Castela e seu marido D. Raimundo de Borgonha, Conde da Galiza.
É ainda em 1180 que D. Gualdim Paes promove obras com renovação da igreja do mosteiro dedicado a Santa Maria.
Foi D. Afonso Henriques que doou o Couto de Leça à Ordem dos Hospitalários que estabeleceu a Casa Capitular da Ordem no antigo Mosteiro. Posteriormente foi sede de diversos Bailiados que eram funcionários judiciais privados por nomeação e representação do Rei.
Como se compreende pelo período que se vive de reconquista e por ser capítulo dos Hospitalários, o Mosteiro recebe ampliações que lhe dão um carácter militar, o que ainda hoje é observável e marca a nossa impressão visual. É um belo exemplo da arquitectura religiosa fortificada. Resulta hoje numa conjugação de estilo românico com estilo gótico, fruto dos trabalhos de renovação dos edifícios monacais e do claustro, por iniciativa do Prior da Ordem, D. Frei estevão Vasques que se iniciaram em 1330 e se prolongaram até 1336. A Igreja possui ameias e contrafortes e tem na fachada uma varanda também com ameias e matacães. A planta é de três naves. A torre de 28 metros de altura possui também ameias, matacães e seteiras de clara expressão militar.
Aqui se casaram em 1372 D. Fernando I de Portugal e D. Leonor Teles de Meneses e cujos contornos refiro em Casamento de Fernando I de Portugal com Leonor Teles de Menezes - BIBVIRTUAL (sapo.pt) .
Nessa altura o prior do Mosteiro era Álvaro Gonçalves Pereira, pai de Nuno Álvares Pereira. que no contexto da crise de 1383-1385 passou pelo Mosteiro.
Com a extinção das ordens religiosas em 1834 em resultado da revolução liberal e da guerra civil que se lhe seguiu, o Mosteiro foi integrado em 1385 no Concelho de Bouças, actualmente designado Matosinhos.
Na década de 1939 sofre obras de intervenção sob orientação dos Monumentos Nacionais, e novamente em 1996 mais obras de beneficiação por Mecenato da fábrica vizinha Unicer.
António Borges Regedor
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