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Há dias estive na apresentação de um livro onde D. Januário é, entre outros, também entrevistado.
Conheci D. Januário na Faculdade de Letras do Porto. Foi meu professor durante metade do curso. Foi um longo percurso de aprendizagem com ele e daí o conhecimento e também a grande admiração. No final da sessão ouve tempo para conversarmos um pouco relembrando momentos da faculdade, recordando outros professores desse tempo (Álvaro dos Penedos, Francisco Sardo, Maria Manuel, Maria Cantista), partilhando saudades e memórias.
Na faculdade tratávamos o professor por padre Januário. Nunca senti o mais leve constrangimento por se tratar de um professor padre. Nunca a fé interferiu no conhecimento científico, e portanto nunca tal risco perturbou as aulas livres, dialogadas, reflectidas, interrogadas, argumentadas. O exercício da reflexão filosófica era até mais enriquecido pela condição do professor. Foi com D. Januário que aprendi Filosofia Medieval. E eu que na altura já tinha actividade política e tinha sido eleito para a Assembleia de Representantes da Faculdade, não tive nenhuma reserva em escolher livremente o estudo do trabalho para a cadeira de Medieval, o autor Tertuliano, um apologeta. Mas o maior ensinamento que recebi de D. Januário foram as aulas de Hermenêutica do Texto Filosófico. E aqui foi o meu entusiasmo. Ensinamentos que foram essenciais e de muita utilidade ao longo do curso e posteriormente nas pós-graduações.
É esse reconhecimento que me liga ao meu professor D. Januário Torgal Ferreira.
António Borges Regedor
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