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Sexta-feira, 16 de Setembro de 2022

Núcleo do Museu Ferroviário de Arco de Baúlhe

ARCO DE BAULHE.jpg 

A Linha de Caminho de Ferro do Tâmega começava na estação de Livração-Marco de Canavezes na Linha do Douro.  Seguia para  Amarante,  Celorico de Basto  e  ia até Arco de Baúlhe onde tinha a última estação. Isto já no concelho de Cabeceiras de Basto. Esta estação terminal de Arco de Baúlhe é hoje na sua totalidade um núcleo museológico dos caminhos de ferro portugueses. Foi inaugurada a 15 de Janeiro de 1949 e a linha foi encerrada a 1 de Janeiro de 1990. Foram quarenta e um anos de passageiros, mercadorias, correios, vida vivida de maquinistas, bagageiros, chefes de estação, água a correr para alimentar as caldeiras e carvão, muito carvão para dar vida a essa forma de ligar o território de Basto ao Rio Douro através de montes e vales, rasgando encostas e galgando rios.

A 8 de Janeiro de 2000, foi assinado um protocolo entre a Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P. e a Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto para a gestão e dinamização da Secção Museológica.

O conjunto inclui a Estação revestida com painéis azulejares, executados em 1940 por A. Lopes na Fábrica de Cerâmica Sant’Anna localizada em  Lisboa. É um edifício de rés-do-chão e primeiro andar.  A fachada ostenta no cimo e ao centro um belíssimo painel de azulejos com um escudo da nação e  a inscrição: “Caminhos de Ferro do Estado”. A linha  permanece  no seu lugar de sempre. Para a travessia de uma plataforma a outra ainda lá estão as passadeiras constituídas por travessas de madeira. Pelo meio o balastro  evidencia a passagem do tempo.  As agulhas para os desvios de linhas  e a plataforma giratória usada para inverter o sentido da marcha da locomotiva são outro motivo de memória.  Ainda lá está a grua de abastecimento de água para as caldeiras das locomotivas e o  torre depósito  de água.  O depósito de  carvão consiste  numa enorme caixa rectangular em paredes de granito. Na linha está uma composição constituída pelo  furgão DEfv 506, uma carruagem fechada construída em 1908  pela «Dyle & Bacalan», em Lovaina na Bélgica. Destinava-se ao transporte de correio e despachos, que seguia acoplado a comboios de passageiros. O vagão  EAKLMO 5937023  de caixa aberta para transporte de mercadorias  foi construído entre 1909 e 1911 nas Oficinas do Barreiro.  Há ainda o vagão-cisterna UHK 7012002  com a capacidade de 10 000 litros construído em 1926 pela empresa Van der Zypen & Charlier na Alemanha.  A locomotiva MD 407 / N.º 8916, construída em 1908 na empresa «Henschel & Sohn» (Kassel, Alemanha), está numa cocheira onde também repousa a automotora a gasolina ME 5 construída em 1948, nas oficinas gerais da CP, em Santa Apolónia, Lisboa. Possui motor Chevrolet, a gasolina. O aspecto é o de uma habitual camioneta de passageiros em tudo idêntica às que víamos nas estradas. É ainda visitável a carruagem CEyf 453 construída em 1908 na empresa «La Métallurgique, Nivelles», na Bélgica. Destinava-se aos viajantes que seguiam em 3.ª classe. Uma carruagem  de passageiros com entrada por uma plataforma com varandim e porta que dava para o interior da carruagem. Do varandim havia uma porta de grade que permitia a passagem entre carruagens. A plataforma com varandim tinha ainda duas portas que podiam fechar em andamento dando maior segurança.  Os bancos em  madeira da carruagem  correspondiam  às condições de viagem em  3ª classe que existia no tempo de Portugal salazarento. Um vagão de mercadorias com serviço “correio” que consistia num espaço com vários cacifos para separação dos destinos das cartas e um banco onde o empregado dos correios se sentava para  cumprir essa tarefa enquanto o comboio circulava.  Numa outra (garagem) cocheira segundo a designação da época,  estão estacionadas mais duas carruagens, mobiladas e em excelente estado de conservação.  Uma delas é a carruagem-salão SEfv 4001 (MD 1) construída em 1905, na empresa «Ateliers Germain», em Monceau sur Sambre, na Bélgica. Foi usada pela primeira vez na linha do Corgo pela Rainha D. Amélia de Orleães, em Junho de 1907, na sua visita às Termas de Pedras Salgadas. E a carruagem-salão SEyf 201 / N.º 1801 (CN 2) construída em 1906, na empresa Carl Weyer & C.ª, em Dusseldorf, na Alemanha, foi tal como a anterior usada pelo Rei D. Carlos na mesma viagem às Pedras Salgadas em 1907.

Ainda no edifício da Estação são conservadas peças, mobiliário, equipamento, utensílios  e documentos. Há  um exemplar de telefone de comunicação entre estações que era absolutamente necessário porque só podia  haver um comboio na linha e o cruzamento só se podia fazer nas estações. Caixas dos bilhetes previamente  impressos para os vários destinos e que eram vendidos em estação. Cacifos para despachos de mercadorias, já que cumulativamente ao transporte de passageiros seguiam no comboio carruagens de mercadorias e também correio como já foi referido. Bandeiras de sinalização que podiam ser verdes,  amarelas ou vermelhas. Malas usadas pelos revisores. Exemplos de embalagens, caixas e malas de mercadorias despachadas.  Há ainda balanças, obliteradoras, continentes para jornais e documentos.  Cornetas para avisos sonoros, alicates de revisores fazem parte do acervo.  Mapas horários, avisos e tantos outros pormenores que davam vida própria às estações de caminho de ferro de outros tempos que a memória não pode perder.  

 

António Borges Regedor

publicado por antonio.regedor às 10:32
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