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Obviamente que nos agrada um campo de golfe grande, com largos fairways onde, apesar dos desvios e dos efeitos, a bola acaba por cair em razoável posição de jogo , relva bem aparada e poucos obstáculos naturais.
Mas um campo de golfe ganha beleza quando também respeita os acidentes naturais. Pouco é necessário mudar num terreno para o transformar num agradável e desafiante campo de golfe.
Os campos com várias dificuldades são bons para a aprendizagem. São também bons para a gestão de fustração. E isto é importante exercício para os vários aspectos da vida. Pessoal, familiar, profissional, desportiva, académica, social.
Pode até inferir-se que um campo de golfe quanto mais natural, mais rural, melhor para o treino de vida social.
(da série de golfe rurarl 3)
António Borges Regedor
Aspectos do Golfe (2)
Um campo de golfe não tem necessariamente de ser uma grande extensão de terreno completamente relvado.
Também pode ser acidentado, com rochas, fossos e outros obstáculos naturais. O golfe aqui torna-se mais técnico, mais difícil, mas também mais aliciante por ser mais desafiante.
Pode parecer estranho por estarmos habituados a ver os campos de 18 buracos onde decorrrem as provas dos profissionais e de maior visibilidade internacional. Isso é uma parte da realidade do Golfe. Importante, mas o golfe não é apenas isso. O golfe é uma actividade desportiva de exterior que pode ser praticado em campos mais pequenos, com menos buracos e mais "rústicos". No essencial o golfe não é mais que bater uma bola com o auxílio de um ferro, e levá-la de um ponto a outro onde se encontra uma bandeira que constitui o alvo a atingir. O desempenho do jogador é aferido pelo menor número de pancadas necessárias ao cumprimento desse objectivo. E o campo pode ter mais ou menos obstáculos. O aliciante é que nos campos mais pequenos, com fairway mais estreito, mais acidentes naturais o jogo torna-se mais técnico, talvez mais difícil, mas até este aspecto é subjectivo. Os campos menores e menos sofisticados tornam o golfe menos dispendioso, mais acessível, mais rápido, e portanto mais democrático. Por isso é que nos campos rurais também se pode usufruir de boa prática de golfe. e seria bom que houvesse mais para alargar a participação e baixar custos na sua prática. No fundamental para o praticante amador e lúdico, prevalece o andar pelo campo, usufruir o espaço verde, fazer o exercício de baixa intensidade próprio a qualquer idade, e conviver em ambiente cordial porque no golfe ninguém joga contra o outro mas tenta tão só fazer o seu melhor.
António Borges Regedor
Nem sempre o campo terá de possuir um “fairway” (1) largo, bem tratado, com relva aparada a facilitar o andamento e a recuperação da bola. Pode até quase nem ter fairway. E o desafio será o de colocar a bola no “green” (2) à primeira pancada.
Recordo que no campo de golfe rural do clube de Montalegre o primeiro buraco tinha o "tee" (3) junto do "clubhouse" (4) e jogava-se por cima do rio para a outra margem. No campo de Porto Santo - Madeira, o buraco 13 é conhecido por ter a possibilidade de se jogar por cima do mar numa reentrância da falésia. Ou ainda no campo da Quinta da Barca - Esposende em que o fairway tem pouco mais de 2 metros e a linha descrita pela bola é quase por cima do rio. Estes são apenas exemplos de muitos outros que tornam esta actividade desportiva tão agradável e desafiante.
(1) Fairway é a parte do campo por onde a bola deve ser jogada. O caminho da bola. É normalmente aparado de forma regular.
(2) Green é a parte do campo onde a relva está aparada muito curta e uniforme e onde se coloca a bandeira de final de cada buraco.
(3) Tee é o local de saída para o jogo e para cada buraco; marcação para a tacada.
(4) Clubhouse é a sede do clube e que comporta várias funcionalidades, como vestiários, chuveiros, roupeiros, arrumos para o os sacos e ferros de golfe, loja de material de golfe, bar e restaurante entre outros espaços.
Porque hoje é dia de onda poética na biblioteca de espinho, deixo aqui o que pensava da poesia quem a escreveu com mestria.
Persistência da poesia
Crónica de Manuel António Pina, na revista “Visão”, em 7 de Junho de 2007
A poesia é um mistério incompreensível. Porque escrevem as pessoas poesia? E porque a lêem ou ouvem outras pessoas? Eu sei que pode escrever-se poesia (o que quer que "poesia" signifique) por muitos motivos, nem todos respeitáveis.
Ao longo da História, a poesia tem servido um pouco para tudo, seja ut doceat, ut moveat aut delectet, que é como quem diz "para ensinar, comover ou deleitar" (a fórmula tem 500 anos e é de Rudolfo Agrícola) seja para enaltecer e louvar ou, se não para ganhar a vida, ao menos para fazer por ela.
Hoje, como provam os programas de Língua Portuguesa da dra. Maria de Lurdes Rodrigues, a poesia é coisa perfeitamente dispensável no ensino e qualquer telenovela comove e deleita mais gente que um poema de Cesário ou de Herberto; por outro lado, já ninguém encomenda um poema para eternizar os seus feitos (a verdade é que também faltam feitos que mereçam ser eternizados) nem nenhuma dama se deixa seduzir com protestos de amor decassilábicos e metáforas. Quanto a ganhar a vida estamos falados; com raras excepções, os livros de versos vendem umas poucas centenas de exemplares e só editores suicidas se metem em tal negócio. Há tempos, um editor punha a uma selecta audiência de poetas a seguinte pergunta: como se edita poesia e se tem uma pequena fortuna ao fim de uns anos? A resposta é: começando com uma grande fortuna. No entanto, continua a haver gente a escrever poesia e gente a editá-la. E gente a ler ou a ouvir poesia.
Na semana passada realizou-se em Maiorca o Festival de Poesia do Mediterrâneo (outro mistério: por todo o lado continuam a realizar-se festivais de poesia). Havia poetas catalães, castelhanos, asturianos, árabes, portugueses.
Na última noite, 500 ou 600 pessoas ouviram ler poemas em línguas que não conheciam. Muitas vezes (pelo menos no caso do árabe e do português) não faziam a mínima ideia do que falavam os poetas. Mas escutavam como se participassem numa celebração cujo significado estivesse além (ou aquém) das palavras.
Que procuravam ali aquelas pessoas? Só a "música das palavras"? Mas a poesia não é música, é um pouco menos e um pouco mais que música. É certo que também não é apenas sentido mas algo entre uma coisa e outra ou ambas ao mesmo tempo, "música do sentido", como diz Castoriadis, e talvez, quem sabe?, alguma forma de sentido que a música possa fazer. Como os outros, também eu escutava. Às vezes julgava reconhecer uma palavra e agarrava-me a ela como um náufrago até a perder algures fora e dentro de mim, ou percebia uma sonoridade dolorosa, uma inflexão irónica, uma invectiva (em árabe, meu Deus!, que mais podia eu perceber?), e isso me bastava para, por um momento, me sentir absurdamente feliz.
Talvez, quem sabe, a poesia seja alguma espécie obscura de religião, talvez ela própria seja uma língua estrangeira falada em regiões distantes e interiores, talvez escrevendo poesia e lendo e ouvindo poesia estejamos perto de algo maior do que nós ou do nosso exacto tamanho. Porque alguma razão há-de haver para a persistência da poesia mesmo em tempos tão pouco gloriosos como os nossos.
khimar no islão significa roupa para cobrir mulher
Recorrentemente surgem as discussões sobre o vestuário usado pelas islâmicas e a sua relação com a religião.
Para início de discussão, os símbolos de vestuário feminino como o hidjab, xador, niqab ou burca fazem nalguns casos de trajes tradicionais. O domínio patriarcal no contexto islâmico é que considerou o “khimar” (roupa para cobrir as mulheres) uma obrigação e uma forma de submissão da mulher.
A Burca é a mais repulsiva forma de anulação e espezinhamento da identidade feminina. Começou por ser um traje elitista dos Pashtuns. Na revolução dos anos 70 as mulheres ricas deixaram de usar as burcas que passaram a ser usadas pelas classes populares como objecto de novo status social. Os talibãs tornaram-na obrigatória no contexto do khimar.
O Niqab, muito parecido com a burca, dado só deixar uma pequena abertura na zona dos olhos, é o khimar dos wahhabitas. Estes são os mais detestáveis extremistas sunitas. São a religião oficial da mafiosa família saudita. A casa de Saud os reis da Arábia Saudita e financiadores das mesquitas radicais que se espalham por todo o mundo.
O Xador é o traje tradicional da Pérsia. Não sendo obrigatório, é profusamente usado no Irão.
O Hidjab (lenço) é o mais usado na generalidade da corrente sunita, a maioritária.
Quando o uso de peças de vestuário são determinadas por lei, nomeadamente a charia (lei islãmica) não é de liberdade que se trata. Quando uma mulher é espancada por não usar esses símbolos religiosos (hidjab, xador, niqab, burca para citar os principais) não é opção o seu uso. É imposição.
A identificação da condição de islâmico pelo hijab, chador ou burka é tão abominável como a obrigatoriedade dos judeus usarem a estrela de david.
O Hijab não é símbolo de identidade, mas de estigma. Não é símbolo de escolha, mas de imposição. Não é um símbolo de liberdade, mas de opressão.
António Borges Regedor
CINANIMA. O terceiro festival de animação mais antigo do Mundo. Este ano (2021) conta já quarenta e cinco edições. E sempre a renovar-se. De 8 a 14 deste mês de Novembro. Filmes, exposições, música, workshops, masterclasses, instalações artísticas. A decorrer em diversos espaços da cidade: Centro Multimeios, auditório do Casino Solverde, Junta de Freguesia de Espinho, Biblioteca Municipal, Forum de Arte e Cultura, Piscina Solário Atlântico. E ainda outros espaços fora do Concelho como o jardim botânico do Porto e várias instituições de ensino superior em Matosinhos, Barcelos, Vila do Conde e Porto.
O CINANIMA deve ser entendido como um dos melhores veículos de promoção da imagem de Espinho. Uma imagem de que se gosta.
António Borges Regedor
O Cinanima teve em estreia o excelente filme Where is Anne Frank. A mensagem, se é que os filmes transportam alguma mensagem, é a de que a história de Anne Frank não se ficou pelos acontecimentos que bem conhecemos da guerra de 1939-1945. Anne Frank continua por aí a escrever o seu diário. Da fuga aos conflitos armados. Dos refugiados de todas as guerras. Dos escondidos das repressões de todo o tipo. Dos deslocados, desalojados. Dos confinados a campos de refugiados. Dos sofredores das migrações forçadas pela guerra e pela fome. Dos perseguidos pela política, pela religião, pelo racismo. Anne Frank continua aí, a escrever o seu diário, no meio dos sofredores.
António Borges Regedor
Na Freguesia de Anta- Espinho, desde há muitos anos, a família Capela dedica-se à construção de violinos. Os violinos Capela são reconhecidos em todo o mundo. A Junta de Freguesia tem liderado as iniciativas de visibilidade e valorização deste património cultural. Anta é Capital do Violino.
E neste âmbito não podia haver melhor forma de expressão que a realização de um concerto para violino em mi menor, op. 64 e a Sinfonia nº4 em lá maior, op. 90, de Mendelssohn (1809-1847). A direcção foi de Giovanni Guzzo, violinista que estudou na Royal academy of Music de Londres e na Escuela Superior de Musica Reina Sofia de Madrid. Trabalhou com alguns dos principais músicos da actualidade e numa das suas apresentações para a Rainha de Inglaterra tocou com o famoso violino Stradivarius “Viotti ex-Bruce” propriedade da família real.
A execução foi da Orquestra Clássica de Espinho criada em 2005 com origem académica, mas de projecto profissional.
O compositor escolhido foi Felix Mendelssohn um pianista do romantismo e a obra escolhida é marcante do século XIX.
Foi uma enorme satisfação ter oportunidade de ver a actuação do violinista Giovanni Gusso o desempenho da Orquestra Clássica de Espinho.
E é também uma enorme satisfação viver numa Freguesia onde o património cultural é preservado pelo interesse público que nele coloca a Junta de Freguesia e o os seus autarcas representados na pessoa do seu Presidente de Junta, Nuno Almeida.
António Borges Regedor
Fui às compras apenas para repor alguma coisa que estava em falta e obviamente mantive o meu critério de escolher preferencialmente português.
Os lacticínios, ovos e iogurte, de empresas portuguesas. O café foi “Delta” uma empresa portuguesa que não me inibe de fazer publicidade, pela consideração que tenho por esta empresa que tem política social. Que nunca trocou a sua origem em localização periférica e paga impostos em Portugal. Chouriço de Barrancos. Um Concelho que conheço razoavelmente. Tem na sua fábrica de enchidos uma das empresas mais empregadoras e grande contributo para a economia do Concelho. Comprei mel de urze e castanheiro da Serra da Malcata. Uma região que importa apoiar contrariando a redução demográfica e económica. Recuso por princípio mel de eucalipto ou de regiões e culturas que degradam o coberto vegetal do país e não respeitam as culturas autóctones com sustentabilidade ambiental. As frutas foram banana da madeira e pera do “oeste”. Da pera a qualidade e a preferência de uma região que depende economicamente do nicho de produção de fruta em que se especializou. Da Madeira por preferir um fruto nacional, de uma região onde essa produção é significativa para muita mão de obra local e porque o fruto é muito, mas muito melhor que os “plátanos” da américa latina produzidos intensivamente. A garrafa de vinho foi do “Douro”. A escolha que recai na memória de infância, na excepcional qualidade dos “vinhos do douro”, no querer o desenvolvimento económico da região, e a justa remuneração aos viticultores locais. Para todos estes produtos tinha opções estrangeiras, de importação, que significava saída de divisas do país. Sem dificuldade fiz uma compra de qualidade, promotora da defesa da economia nacional e que me deixa orgulhoso de uma cidadania consciente.
António Borges Regedor
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