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Interpretando os dados do Recenseamento 2021 em Espinho.
Espinho está a perder população a uma taxa superior à nacional. O Concelho de Espinho nos últimos dez anos perdeu 2,4% da população. É uma perda superior ao valor de referência nacional que foi de 2%. Espinho está a perder população a uma taxa superior à nacional. Portugal está com 10.347.892 de cidadãos. Espinho tem 31.027 residentes à data de 28 Julho de 2021.
O Concelho tem mais agregados familiares a partilhar alojamento. Cerca de metade dos novos agregados familiares partilham alojamento. O fenómeno de partilha de alojamentos está habitualmente relacionado com perda de rendimento. A redução de alojamentos no Concelho é coincidente com a redução do número de edifícios. O número de agregados familiares subiu 4%, enquanto o número de alojamentos aumentou apenas 1,4%.
Espinho verifica o fenómeno de concentração da população. O crescimento de 6% população da Freguesia de Espinho ( de 9.832 em 2011 para 10.418 em 2021), contrasta com a redução de habitantes em todas as outras freguesias. Anta/Guetim recuou 3,3%, (11.766 em 2011para11.383 em 2021 ), Silvalde tem menos 8,5% da sua população (6673 em 2011 para 6106 em 2021)e Paramos perdeu 11,2% dos seus habitantes. (3.515 em 2011 para 3.120 em 2021).
A única freguesia que mantém crescimento lógico é a de Anta/Guetim onde durante estes dez anos se registou aumento de agregados familiares, de alojamentos e de edifícios. Isto apesar de ter reduzido o número de habitantes como já referido. O que não será negativo pois poderá indicar agregados mais pequenos, menos partilha de alojamento e mais habitação.
Dados: INE
António Borges Regedor
Em tempo de pandemia e confinamento dou-me conta que não estou só. Pensando eu que me acompanhava de um livro, eis que o livro me fala da minha companheira de sempre e que eu não conhecia. A microbiota. Segundo (Collen:2016) Só no nosso tubo digestivo vivem 100 biliões de bactérias. E são cerca de quatro mil espécies diferentes no nosso cólon. Os vírus dependem das células dos outros seres para se reproduzirem. Mas não se pense que são apenas os maus da fita. “Os genes dos nossos micróbios… podem desempenhar determinadas funções no corpo humano de forma mais rápida e mais simples.” No estômago há umas enzimas para fazer a digestão e ácido para matar micróbios indesejados. O apêndice é como que um armazém com reserva da flora intestinal. Faz um repovoamento no caso de uma intoxicação alimentar. Fico mesmo sem saber se sou eu que alimento os meus micróbios, enzimas, bactérias, fungos, ou se são eles que constroem o seu mundo e que resulta no que sou.
Fonte: Collen, Alanna - 10% Humanos. Lisboa: Penguim Random House, 2016.
António Borges Regedor
Morreu Otelo Saraiva de Carvalho
(31/08/1936- 25/07/2021)
Não somos eternos. Mas podemos viver enquanto estivermos na memória de alguém.
Otelo será dos que viverá para além da morte, na memória dos Portugueses do seu tempo e na História de Portugal.
Otelo Saraiva de Carvalho foi um dos elementos da direcção do Movimento dos Capitães. Fez o plano de operações e dirigiu a movimentação das tropas que executaram o golpe militar de 25 de Abril, a que se seguiu a revolução popular que colocou Portugal em democracia. A primeira democracia com voto universal na história do país.
Otelo não foi um predestinado. Foi como todos nós fruto das circunstâncias. Na circunstância de um país em ditadura, em guerra colonial, isolado nas Nações Unidas. Otelo, tal como os seus camaradas, teve a coragem de conspirar contra a ditadura. Teve a coragem de organizar um golpe de estado contra a ditadura. Corajoso, voluntarista, ingénuo, generoso, líder.
Otelo estratega do 25 de Abril que deu a liberdade a Portugal.
Assim o lembrará a História.
António Borges Regedor
É evidente a constatação da enorme dependência de energia a que estamos sujeitos.
Estamos actualmente dependentes dos grandes produtores de energia.
Nem sempre foi assim. Até meados do século XX a maior parte da energia consumida era produzida localmente pelos próprios. Quer de forma doméstica quer industrial. A lenha e o carvão consumidos domesticamente ou industrialmente eram a o panorama maioritário. A utilização da água foi também largamente utilizada. Mesmo em pequenas unidades de produção de energia eléctrica, como era o caso das fábricas do Vale do Ale que na sua maioria rinham mini-hídricas próprias.
Até à actualidade verificou-se o processo de monopolização. Todo o poder está nas eléctricas. Tornaram-se políticas de Estado, como se viu no negócio Português da venda da maior produtora. E como se vê nas fabulosas vendas de infra-estruturas produtoras.
A redução da dependência face a estes monopólios dominadores, será a inversão dos modelos descentralizados de produção de energia. A energia eléctrica será cada vez mais presente nos diversos consumos. Doméstico, industrial e mobilidade. Reduzir a dependência dos grandes grupos produtores implica produzir energia à escala das necessidades. À escala doméstica, e à escala de condomínio. à escala empresarial e de pequenas comunidades. Seja por iniciativa individual, em sociedade ou cooperativa.
Este caminho do autoconsumo já começou. Instituições e particulares já produzem a energia que consomem. Reduz a dependência dos monopólios. Aumenta a democratização da produção energética.
Foto: Paineis fotovoltaicos no serviços de águas e energia do Porto.
António Borges Regedor
De Vidago a Vila Pouca de Aguiar
Vila Pouca de Aguiar fica no ponto mais alto da ecovia do Corgo, não contando com a necessidade de transpor o acidente montanhoso de Loivos. Podemos considerar que a ecopista desde Vila Pouca de Aguiar, desce para Chaves, e desce no sentido sul para Vila Real e Régua.
Na nossa metodologia de partir de um ponto e fazer um percurso com regresso, decidimos iniciar numa direcção de subida, para fazer o regresso em descida de forma mais suave.
Partimos de Vidago onde logo à saída a pista segue em terra batida e ligeira subida que vai acompanhando a estrada nº2 em cerca de dois kilómetros. A partir de Oura desvia-se da orientação da estrada para fazer uma das ascensões com maior pendente. A que sobe até Loivos. Se o estado da ecovia até aqui não ajuda a ascenção por má qualidade do piso, daqui em diante torna-se evidente o abandono da ecovia. Despejos de entulho e monos (frigoríficos e outros electrodomésticos) no canal. Daqui em diante a vegetação e silvados invadem a pista. E se isso não fosse já deplorável, a via está apenas com balastro. Retiradas as linhas nenhuma outra intervenção foi feita para a tornar ciclável nem pedestre. O que podia ser um caminho de Santiago ou caminho de Fátima está irremediável comprometido. O que podia ser caminho turístico, é impedimento a tirar potencialidade dessa forma de economia de que o país tanto carece.
O mau estado da ecopista situa-se na território do Concelho de Chaves. Em contraponto o traçado pelas localidades do Concelho de Vila Pouca de Aguiar é de boa ou razoável qualidade, está limpo e com a vegetação lateral aparada. É assim seguro para as práticas de lazer, ciclável ou peregrinação.
Obviamente, retomamos o percurso ciclável na ecopista que vai de Pedras Salgadas a Vila Pouca de Aguiar. Bom percurso feito a descer e muito agradável.
Do percurso Vila Pouca de Aguiar a Vila Real já o descrevemos no capítulo anterior, publicado no BIBVIRTUAL (sapo.pt) a 18 de Julho de 2021.
António Borges Regedor
Percorrendo a Ecovia do Corgo
Segmento de Vila Real a Vila Pouca de Aguiar
Esta ecovia corresponde à desactivada linha de caminho de ferro do Corgo.
Tem o Kilómetro zero na Régua e termina em Chaves ao kilómetro noventa e seis.
Partimos à descoberta desta ecovia. A decisão foi começar pelo troço de Vila Real a Vila Pouca de Aguiar. A metodologia foi o de fazer os percursos nos dois sentidos. Primeiro em subida e depois o regresso em descida voltando ao ponto de partida. Isto a cada dia de percurso.
Vila Real corresponde ao Kilómetro 25 e inicia-se naturalmente na estação. Até Abambres o percurso está a receber obras de valorização. São três kilómetros, que corresponde ao perímetro urbano, onde, pelo que se percebe, está a ser colocado piso e iluminação.
A partir de Abambres o piso é de terra batida e com algumas zonas de gravilha. A principal dificuldade é o perfil permanentemente ascendente. É sempre a subir até Vila Pouca de Aguiar numa extensão de vinte e nove kilómetros. A subida só alivia ligeiramente a partir de Tourencinho ao kilómetro 20. No Concelho de Vila Pouca de Aguiar o piso da ecovia é asfaltado e em muito bom estado. O andamento dos últimos 9 kilómetros faz-se mais facilmente.
Neste troço da ecopista, a partir de Abambres deixa de se encontrar qualquer ponto de apoio de comida ou bebida. A partir daqui tem de se prevenir com água, sumos, energéticos ou comida. O percurso é de travessia de serra e só voltará a encontrar apoio, dezassete quilómetros depois, em Tourencinho. E mesmo aí terá de fazer o desvio até à estrada nº2.
A partir daqui, mais nove kilómetros e chega a Vila Pouca de Aguiar.
António Borges Regedor
Percorrendo a Ecopista do Corgo
A Ecopista do Corgo resulta do canal por onde circulava o comboio da Régua a Chaves.
Esta linha de caminho de ferro foi inaugurada em 1906 até Vila Real e em 1921 chegou a Chaves.
Foi com a política do betão de Cavaco Silva que se desinvestiu na ferrovia. O país foi atirado para a construção de autoestradas. O troço de Vila Real para Chaves foi encerrado em 1990.
Com Sócrates a ligação da Régua para Vila Real foi encerrada para obras e com o Passos Coelho encerrou definitivamente.
O canal é agora uma ecovia e faz parte do caminho de Santiago e Fátima.
Fiz, em bicicleta, o troço de Vila Real a Vila Pouca de Aguiar. A parte urbana de Vila Real está a ser beneficiada (piso, iluminação etc.) Fora da cidade o piso é em terra. Mas a melhor parte do percurso é no Concelho de Vila Pouca. Aqui tem piso asfaltado, as bermas limpas e com corte de silvas.
Tudo muito lindo, mas ainda mais, se o comboio voltasse a circular nesta linha.
António Borges Regedor
Participei pela primeira vez em provas desportivas de orientação
Tinha-o feito durante o serviço militar, em contexto diferente.
Foi-me feito o desafio que aceitei sempre com o meu espírito de aprendizagem e gosto por aventura, desportos radicais e prática desportiva.
Fiquei a saber que há uma enorme comunidade que tem gosto por este tipo de provas, quer seja no campo quer na cidade. E a modalidade é englobante e com vários níveis de participação.
Pode ser muito competitiva e isso implica muito treino, fazer a prova a correr, já que a pontuação é feita com contagem de tempo mais rápido no final de todas as passagem nos controlos. E actualmente a tecnologia facilita imenso essa tarefa. Cada competidor leva um chip que acciona cada uma das passagens que tem de efectuar. O mapa, a ordem de pontos de passagem, a bússula, a lanterna para as provas nocturnas, tudo isto é essencial. Mais ainda a boa leitura dos mapas, a leitura dos códigos de sinalização dos aparelhos marcadores das passagens.
E claro a camaradagem, o convívio e encontrar inesperadamente amigos. (Encontrei um com quem partilho a actividade num grupo de sensibilização ambiental).
Mas há ainda componente lúdica com níveis diferentes de dificuldade. Pode ser feita por toda a família, até por crianças. Há percursos longos, médios e os mais acessíveis.
As provas quer em ambientes de natureza ou urbanos levam-nos a conhecer espaços inesperados. Fiz esta prova urbana no Porto e garanto que passeis por ruas do Porto onde nunca tinha ido. Conheci o belo jardim das águas e energia do Porto que nunca tinha visitado. Andei por zonas da freguesia de Campanhã que me pareciam uma outra cidade de tão estranhos lugares que percorri. Hei-de lá voltar com o mesmo mapa.
António Borges Regedor
Porto City Race 2021
Etapa nocturna concluída. E com bons resultados.
Amanhã será a diurna.
Provas de orientação
São boas para caminhar. Ter noção de leitura de mapas em papel. Contrariar a perda de noção do espaço. O excesso de uso dos equipamentos digitais vai depreciando a competência humana da percepção analógica. Estas provas são importantes para manter estas competências da condição humana.
Essencial para que no dia em que faltar o apoio do GPS, (até pela simples falta de bateria) saber para onde ir lendo os sinais de meio ambiente.
António Borges Regedor
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