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Em meio urbano o prado é mais bonito
A plantação de relvado uniforme, é mais monótono e mais difícil de manter sem a interferência de outras espécies. A sua manutenção fica mais cara.
O prado não é um relvado monótono e admite relva com mistura e diversidade de espécies florais.
Um jardim ou um parque não tem de ser um relvado uniforme.
Nos parques e jardins urbanos, bem como em espaços de condomínios, cada vez mais gosto de ver prado e não apenas relvado.
O prado na floração é mais colorido, favorece a polinização, alimenta as abelhas após o período de carência invernal.
antónio Borges Regedor
António Borges Regedor
Em tempos, um seminário, curso, assembleia, ou mesmo uma reunião obrigavam a deslocação para presença física. Participar numa reunião podia implicar uma saída de madrugada, horas de condução, almoços e por vezes alojamento.
A pandemia levou-nos a encontrar formas alternativas utilizando as tecnologias de que recentemente dispomos.
Demo-nos conta de que podemos reformular e fazer diferente muitas das tarefas que nos ocupavam muito tempo, muitos recursos e muito trabalho.
E o futuro não regredirá. Iremos aproveitar alguma prática passada, mas reformulada. Mas iremos essencialmente inovar e avançar muito nas experiências que iniciamos. Andaremos menos de avião e de carro para ir por vários dias a destinos distantes para uma reunião quando ela se tornar viável, mais económica, mais cómoda e de igual vantagem se for realizada no registo das novas formas de comunicação.
Cada dificuldade promove uma superação
António Borges Regedor
No início do século XX os Republicanos Portugueses alinhavam pela ideia dominante europeia do colonialismo. Na realidade, o colonialismo do século XIX e XX era a consequência lógica do processo de industrialização europeia e da necessidade de matérias primas que se obtinham essencialmente fora do continente europeu e nomeadamente na África ainda virgem das madeiras e carvão, dos minérios e culturas agrícolas.
Mas ao contrário de outros países europeus já na fileira industrial, Portugal tinha perdido muitos anos na guerra civil entre os monárquicos. Os liberais, que queriam o progresso da indústria, da ciência e a ascensão da burguesia urbana contra os conservadores, ligados ao rentismo da terra, à exploração dos “caseiros” e ao domínio da religião.
Dentro dos liberais ganhou a grande burguesia, ligada ao comércio internacional, aos monopólios à finança e cambismo e dependente dos ingleses. E a “Regeneração” e o “Fontismo” acentuaram a dependência à finança inglesa.
No início do século XX o Portugal permanecia, numa agricultura de subsistência, numa ruralidade demográfica, numa ignorância escolar, numa dominação religiosa. E na já referida dependência financeira do exterior e especialmente da Inglaterra.
A permanência na ruralidade e o atraso na industrialização não deixaram de colocar Portugal na repartição das colónias africanas feita na conferência de Berlim. E a dependência financeira à Inglaterra juntamente com a antiga aliança entre os dois países não deixaria de influenciar os acontecimentos da segunda década do século XX.
Não admira que na primeira guerra a opção portuguesa fosse apoiar os ingleses. Logo em 1914, no mês de Setembro foram enviadas tropas para Angola e Moçambique para defender as fronteiras contra os alemães. No ano seguinte, 1915, o Partido Democrático ganha a maioria absoluta para a Câmara dos Deputados e para o Senado. E a 6 de Agosto Bernardino Machado é eleito Presidente da República.
1916 é o ano em que os acontecimentos se precipitam para a guerra. Instigados pelos ingleses, Portugal, a 23 de Fevereiro, aprisiona os barcos Alemães atracados em portos nacionais, aprovando o Decreto 2229 de 24 Fevereiro com as assinaturas de Bernardino Machado, Afonso Costa e Norton de Matos.
Portugal quebra declaradamente a neutralidade. Manda regressar de Berlim o embaixador Sidónio Pais. Permitiu o trânsito de tropas inglesas por Moçambique, autorizou a utilização da Madeira como base inglesa e vendeu-lhe material de guerra.
Obviamente deu todos os argumentos para a Alemanha declarar guerra, o que aconteceu a 9 de Março de 1916.
A partir daí a consequência foi a participação com tropas.
A Julho, em Tancos foram formados trinta mil militares comandados por Norton de Matos. A França é autorizada a utilizar vinte e cinco baterias de artilharia portuguesas. E a 30 de Janeiro de 1917 embarcaram em três navios ingleses o Corpo Expedicionário Português comandado por Gomes da Costa, mas que ficou às ordens do comando inglês.
Portugal a quem a Alemanha declarou guerra directamente, não teve sequer capacidade de projecção de tropas e limitou-se a mandar canhões e homens para ser comandados por ingleses.
O desfecho é conhecido a par de internamente haver muita fome e muito descontentamento como o que ficou conhecido pela “revolta da batata”, e ser necessário a 12 de Julho colocar Lisboa em Estado de Sítio em resposta ao movimento grevista.
Pelo meio ainda aconteceu o milagre de Fátima.
António Borges Regedor
Era o ano de 1979, dia 28 de Março, nos Estados Unidos da América, na Pensilvânia a central nuclear de Three Mile Island teve o maior acidente nuclear ocorrido até então. O Reactor 2 da central derreteu parcialmente.
Nessa altura ainda os defensores da energia nuclear tinham relativa aceitação. As centrais nucleares continuavam a vida que a guerra fria lhes garantia. Lembrar que o objecto principal da fissão nuclear do urânio é o de resultar a produção de plutónio essencial ao fabrico de armamento nuclear. E nesse tempo era já forte a oposição a essa forma de produzir energia. Porque oculta o verdadeiro objectivo, porque continua a produzir subprodutos para a indústria de armamento, porque não assegura a segurança da gestão dos resíduos radioactivos que produz.
António Borges Regedor
No passado dia 11 de Março, fez exactamente 10 anos do terrível acidente nuclear em Fukushima, Japão.
Neste dia participei numa reunião online com diversos ecologista , técnicos, jornalistas e activistas de várias associações ambientalistas. Pessoas que conheço de longa data, desde a luta contra a central de Sayago na fronteira de Miranda do Douro, e outros que conheço mais recentemente.
Seguimos ao longo de tempo a questão da energia nuclear e a sua íntima ligação ao sistema de produção de combustível e componentes de armamento. E continuamos preocupados. E quanto mais tempo passa na vida das centrais nucleares, no seu desgaste, fadiga e aumento de riscos, mais preocupados ficamos.
A reunião permitiu rever várias das questões:
A preocupação com as minas de urânio em Retortilho e a fábrica de processamento a 30 Kilómetros da fronteira portuguesas. Isto quando há excedente de minério e a energia nuclear está em declíneo. Os preços do urânio têm vindo a baixar. O tempo de vida útil das centrais nucleares está a terminar, em algumas, como a de Almaraz junto do rio Tejo, já terminou mas foi prolongado a té 2017. A intenção de aprovar mais uma mina de urânio só se compreende com especulação bolsista e a baixa de preços do urânio só interessa às centrais. O prolongamento da vida útil das centrais só interessa às empresas proprietárias para garantir o máximo de retorno, já que o desmantelamento será suportado pelo Estado. O lucro para os privados. O custo da limpeza para ser pago pelos contribuintes.
Em presença estão dois grupos de interesses que implicam com a segurança e qualidade de vida dos cidadãos. Por um lado o interesse da indústria nuclear, poderosa e influente, e por outro a necessidade de opinião pública consciente, apoiada cientificamente, com preocupação ambiental e na procura do futuro sustentável.
António Borges Regedor
Falar de guerra é um incómodo. Perturba, inquieta, entristece, revolta. Sim, porque a guerra é isso. Tudo isso e ainda muito mais. A guerra é incómodo, inquietação, tristeza, revolta, destruição, opressão, mutilação, violação, morte. Tudo isso e muito mais desumanização.
Por isso a guerra evita-se. E evita-se falar dela. Das suas memórias.
A Conferência de Bruxelas em 1876 repartiu o Reino do Congo em três. O Congo-Léopoldeville para Leopoldo Rei dos Belgas, O Congo Brazzaville para os Franceses e angola para os Portugueses que historicamente já a detinham.
A Conferência de Berlim de 1984 a1985 foi outra repartição colonial da África.
A Europa centro da revolução industrial, necessitava muito das matérias primas da África ainda não explorada.
Mesmo com os acordos a guerra não foi evitada. E no resultado da primeira guerra constituiu-se a Sociedade ou Liga das Nações em 1919.
Mesmo assim não se evitou a segunda guerra. E no final foi a vez de fundar a Organização das Nações Unidas (ONU) em 24 de Agosto de 1945. A ditadura portuguesa pediu para aderir, mas foi vetada pela URSS. A guerra fria só deu oportunidade a Portugal no final de 1955. (Tenho mais anos de idade que Portugal tem de ONU).
Nessa altura já se sentiam os ventos da descolonização africana. Em 1960 dezassete estados africanos ganharam a independência. Inglaterra, Bélgica, França, Espanha descolonizavam. Portugal ia contra o rumo da História.
1960 – 15 Dezembro - A ONU aprova a resolução 1542 considerando os territórios ultramarinos não autónomos.
1961- 22 Janeiro - Assalto ao Navio de Passageiros Sta. Maria. Operação Dulcineia efectuada pelo “Directório Revolucionário Ibérico de Libertação (DRIL). Chefiado pelo Capitão Henrique Galvão em nome da Junta Nacional Independente de Libertação presidida pelo general Humberto Delgado.
Era a frente interna anti salazarista e anti colonial.
1961- 4 Fevereiro- Revolta popular em Luanda com assalto à sede da Polícia Internacional de Defesa do Estado (PIDE) a esquadras de polícia e à cadeia de S. Paulo para libertação de presos políticos. Por iniciativa de católicos posteriormente reivindicada pelo Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA).
A corrente de oposição colonial era já evidente, mas a ditadura de salazar resolvia a questão com as prisões.
15 Março- Massacres cometidos pela União dos Povos Angolanos (UPA) no Norte de Angola.
A UPA foi fundada em 1958 e era sucessora da União dos Povos do Norte de Angola (UPNA) criada em 1955. Tinha contacto com missionários protestantes americanos e recebeu apoio financeiro e armamento dos Estados Unidos da América.
A ditadura portuguesa sabia há muito das movimentações anti-colonialistas. Tinha informações da propaganda e preparação das revoltas. Nada fez. Não reagiu nem ao 4 de Fevereiro nem aos massacres.
1961- 11a13 Abril- Golpe Palaciano do Ministro da Defesa Nacional Botelho Moniz. Apoiado pelos EUA para mudar a política colonial e em dez anos preparar a descolonização. Traído por Kaulza de Arriaga que informou Américo Tomaz e este o Salazar.
14 Abril - Discurso de Salazar a mobilizar para Angola.
Só quase dois meses e meio depois do assalto à Pide e à prisão em Luanda e um mês depois do massacre no Norte de Angola é que Salazar reage.
1961- 20 Abril- É aprovada na ONU mais uma resolução contra Portugal.
9 Junho- Resolução S/4835 do Conselho de Segurança a instar Portugal a “resolver rapidamente a questão de angola”
18 Dezembro- Invasão das colónias de Goa, Damão e Diu na Índia.
19 Dezembro- Pela resolução 1699 a ONU cria um comité para reunir informação para verificar se Portugal respeitava as obrigações da Carta das Nações Unidas neste aspecto da descolonização.
1962- Continuam sistematicamente as resoluções da ONU contra Portugal até ao Abril de 74 dia da Liberdade, Democracia e Descolonização a que se seguiu a Paz.
António Borges Regedor
A partir deste ano de 2021, o dia 11 de Março passa a assinalar o Dia da Rede Nacional de Bibliotecas Públicas. Decorrem 35 anos desde a data da publicação do Despacho 23/86 de 11 de Março da Secretaria de Estado da Cultura que determinou o grupo de trabalho para apresentar uma política de Rede de Bibliotecas Municipais. O despacho foi assinado por Maria Teresa Pinto Basto Gouveia. (Vulgarmente conhecida por Teresa Patrício Gouveia). Também exactamente um ano depois, a 11de Março de 1987 foi publicado o Decreto-Lei 111/87 de 11 de Março decreta uma política de Leitura Pública no quadro da Rede de Bibliotecas Municipais.
Iniciava assim a grande tarefa de construir pela primeira vez na História de Portugal uma política de Leitura Pública com a responsabilidade do Estado Central e participação das autarquias Locais. Tinha já sido tentado com o Liberalismo, com a República e amordaçada na ditadura. (Regedor, António Borges - http://hdl.handle.net/10284/4291 pag. 50 a 92).
Foi em Democracia que passou a haver uma política de Leitura Pública e se construiu uma Rede Nacional de Bibliotecas Públicas. Durante o tempo da ditadura, a única rede de leitura existente no país era privada e pertenceu à iniciativa da Fundação Calouste Gulbenkian.
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