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Quinta-feira, 18 de Fevereiro de 2021

Óptica

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Óptica

Da leitura de “O nome da Rosa” de Umberto Eco,  permanece na minha memória o facto de o Frade William de Baskerville usar óculos para ler e de os esconder na presença de estranhos. A acção passa-se no século XIV. Já no final da Idade Média e Início do Renascimento.

Uma boa parte do trabalho nos mosteiros beneditinos, em que a “regra” era entre outras tarefas o trabalho no scriptorio. A dificuldade em ver, por perda gradual da visão,  deveria ser muito sentida nesse grupo de monges com competências para a leitura e escrita e muito mais para os diversos especialistas nas rubricas, ornamentações, miniaturas.  De alguma forma justifica o tamanho da letra, a que hoje chamamos “fonte”.  Hoje em dia resolvemos o problema com os óculos ou aumentando a fonte quando escrevemos ou lemos no monitor do computador. É coisa que faço normalmente.  Mas devia ser de profunda tristeza o deixar de poder ler aquilo  que o próprio  teria escrito.

O frade William representa o pensamento mais racional,  lógico,  e de  análise da evidência empírica. Esta postura científicas colide com o modelo escolástico do pensamento medieval. Boa razão para William esconder os óculos na presença do seus confrades.

Na Antiguidade a óptica foi tratada por Euclides (ca.  325 a.C. a 265 a. C.), por Heron de Alexandria (ca. 10 d.C. a 70 d.C.) e por Ptolomeu (ca. 90 d.C. a 168 d.C.), que estudou a refracção.

O conhecimento de óptica e de medicina do olho, verificou-se mais desenvolvido no mundo islâmico medieval.   Foram os médicos do mundo islâmico que sistematizaram, preservaram, evoluíram e transmitiram os conhecimentos que vinham da antiguidade clássica de Hipócrates, Galeno.  Dioscórides com a medicina romana,  mesopotâmica, persa e indiana.  E concretamente no campo da visão,tratavam cirurgicamente os doentes que sofriam de cataratas.  

Depois do período greco-romano, o conhecimento  esteve localizado fora da europa. Foi no mundo islâmico que o conhecimento clássico não se perdeu. Pelo contrário, ganhou em síntese com o conhecimento oriental.  Era do conhecimento dos islâmicos o tratamento das cataratas.  Coisa desconhecida na europa medieval.

Segundo  (Ribeiro e outros 2016) Ibn al-Haitham (963–1039), conhecido na Europa como Alhazen, estabeleceu a distinção entre luz e visão. Elaborou também a descrição do funcionamento do olho humano.  No século XIII, destacam-se três figuras na Europa: Robert Grosseteste, Roger Bacon e Vitelo de Silesia. E no século XVII com a emergência da ciência foram inventados o microscópio e o telescópio.  

É nesta época, em 1609, que  Galileu Galilei (1564–1642) construiu o seu próprio telescópio.

Hoje, os óculos já não são apenas um aspecto do estudo da óptica. São instrumento importante na nossa qualidade de vida.  São objectos de estética, acessórios até de colecção. A sua funcionalidade vai do melhorar a visão até à protecção dos olhos com os óculos de sol. Há-os de diversos feitios e para diversas ocasiões e funções. 

Referência bibliográfica:

Ribeiro, Ana Rita;  Coelho, Luís; Bertolami, Orfeu; André Ricardo  - Luz: História, Natureza e Aplicações.  In Gazeta de Física  2016  VOL. 39 - n. 1 / 2  [online] Lisboa: Sociedade Portuguesa de Física,  2016 .  Disponível em     https://www.spf.pt/magazines/GFIS/119/article/982/pdf  

 

António Borges Regedor

 

 

publicado por antonio.regedor às 11:35
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Quinta-feira, 4 de Fevereiro de 2021

Técnicos de Bibliotecas

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Enrique Navas Benito escreve um interessante artigo sobre competências dos técnicos de bibliotecas. É apresentado como se fossem dez mandamentos que me permito traduzir livremente  dando destaque ao que considero mais relevante e fazendo comentários de aplicação a Portugal.  É bom que os técnicos das bibliotecas o saibam, mas que também sejam do conhecimento público para melhor se avaliar da qualidade desses serviços.  

  1. Devem fazer formação adequada. Nota: Infelizmente em Portugal deixou de haver oferta formativa ao nível de técnicos auxiliares, nomeadamente em cursos de técnicos profissionais. Por outro lado a crise financeira iniciada com a falência do Lehman Brothers e de governos nada sensíveis à importância das bibliotecas e arquivos deixaram de exigir para trabalhar em bibliotecas e arquivos  pessoal com competências específicas. A realidade nas bibliotecas e arquivos é a da existência cada vez maior de pessoal sem competências para a tarefa que se lhes deve exigir.
  2. Realizar acções de formação contínua.
  3. Ter noção que o utilizador é o objectivo final do seu trabalho.
  4. Ter competências sociais e inteligência emocional adequadas a quem se relaciona intensamente  com clientes. Ou seja: empatia, paciência, saber escutar.
  5. Conhecer muito bem bem as suas ferramentas de trabalho. Nota: As biblioteca estão hoje muito informatizadas, muito Onde se exige cada vez mais ligações em linha com os utilizadores; Novos métodos de atendimento; Novos serviços, muitos deles online.
  6. Conhecer a colecção e as suas ferramentas de descrição e busca. Conhecer o catálogo informatizado, as suas funcionalidades e Nota: Não apenas isso, mas também, e mais importante,  saber passar essa informação e competência aos utilizadores.  Mesmo que seja necessário realizar sessões de divulgação dessas ferramentas, funcionalidade e potencialidades.
  7. Conhecer as regras de empréstimo e de movimentação na sala. Fundamentalmente saber orientar o utilizador na sala. Nota: não fazer o mais fácil que é dar o documento, mas capacitar o utilizador a encontrá-lo. Seja na estante, no catálogo, num repositório, base de dados ou mesmo ter competência para seleccionar e avaliar o documento em linha.
  8. Conhecer todas as colecções físicas e virtuais de que seja responsável.
  9. Ter noção de conservação e restauro de documentos em vários suportes.
  10. Conhecer bem o tratamento técnico das colecções. Nota: Esta questão deixada para o fim é fundamental. É a que mais demora a prender, a mais necessária, especialmente o tratamento intelectual dos documentos para a sua organização sistemática ou combinatória.

 

O acesso ao original está aqui: https://www.auxiliardebiblioteca.com/los-10-mandamientos-auxiliar-de-biblioteca/

 

António Borges Regedor

publicado por antonio.regedor às 20:27
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Quarta-feira, 3 de Fevereiro de 2021

Projeto Mongol

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Fake news, teorias da conspiração, perfis falsos, robots de replicação de notícias, estão muito longe do sucesso da operação “Projecto Mongol”. Até por ser tão simples, é tão interessante.

Já vão longe os meados do século 20 e a guerra fria. E também 1956, ano do 20º congresso do PCUS,  em que os maoístas se zangaram com os soviéticos e provocaram uma nova corrente no seio do movimento comunista internacional. 

Neste tempo, na Holanda Pieter Boevé recrutado para o BVD (Serviço Secreto Holandês) em 1955 e participa num congresso mundial de estudantes em Moscovo como Chris Petersen.  Aquando da ruptura sino-soviética, a pedido do serviço secreto holandês, aderiu à corrente chinesa.

O Serviço Secreto Holandês forma um partido maoísta (dizia-se na altura marxista-leninista), a que deram o nome de MLPN. Eram uma dúzia de membros que não conheciam a verdade, mas faziam crer que o partido tinha 600 membros.  Boevé/Chris Peterson fez várias viagens à China e foi recebido por Mao Tsé Tung/Mao Zedong e também pelo Albanês Enver Hoxha.  A maior das piada é que Pequim financiava o jornal do partido com o título “De Kommunist” que era inteiramente escrito pelos agentes do serviço secreto holandês.

publicado por antonio.regedor às 12:34
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Terça-feira, 2 de Fevereiro de 2021

História do movimento cristão Prisciliano

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Prisciliano terá nascido na Galécia numa família da aristocracia. Cerca de 370 foi estudar em Burdigala, actual  Bordéus, com o retórico Delphidius com quem fundou uma comunidade cristã rigorista, critica das hierarquias da Igreja que enriquecia com a promiscuidade com o Estado Imperial.  Cerca de 379 começou a predicar com enorme sucesso e o movimento tem um crescimento muito rápido.  

Características do movimento

O movimento prisciliano do ponto de vista teórico incide sobre o estudo das escrituras, na sua interpretação e recusa de leitura literal. Incluem alguns textos apócrifos.

A inspiração de Prisciliano vem da tradição gnóstica e é uma expressão de um cristianismo que rejeita a opulência da hierarquia eclesiástica no século IV é simultaneamente cargo político e religioso.   

Os líderes  do movimento religioso não têm de ser da hierarquia, mas impondo-se como Mestres carismáticos. E onde há uma participação e  lugar importante das mulheres nas leituras da Bíblia.  

Na prática propõe o ascetismo, o celibato e a abstinência de carne e vinho.  Esses hábitos alimentares estariam na base da consagração da eucaristia com leite e uvas. Jejuavam ao domingo e afastavam-se da igreja durante a quaresma. Neste período faziam retiro nas montanhas.   Como característica física usavam os cabelos longos ao contrário do que era habitual na época e andavam descalços.

 

A condenação do Priscilianismo

Já em cerca de  380 reuniu o Concílio de Caesaraugusta, actual Saragoça, condenando as ideias priscilianas.  Em resposta dois dos bispos acusados de priscilianismo nomearam Prisciliano a Bispo de Abula, actual Ávila.

Por influência dos bispos ortodoxos o Imperador Graciano faz um rescrito excomungando Prisciliano e os seus seguidores.

Em 382 Prisciliano vaia a Roma para se defender, mas não é recebido pelo bispo de Roma Dámaso, por este considerar não poder anular o rescrito do Imperador. 

Nesta época o equilíbrio de poderes era muito frágil. Havia rivalidades nos Impérios Romanos do Oriente e do Ocidente, e rivalidades internamente a cada um deles. Ao mesmo tempo o cristianismo sofria da afirmação em confronto das várias interpretações. E no cristianismo eram muitas: arianos, rigoristas, ebionitas, patripassianos, novacianos, nocolaítas, ofitas, maniqueus, homuncionitas, catafrígios, borboritas, e os priscilianos a  que aqui nos referimos.

Nesta amálgama de conflitos, assenta a promiscuidade e as alianças de conveniência entre o poder administrativo e a igreja. Disso resulta a condenação por maniqueísmo e bruxaria, da heresia prisciliana no Concílio de Bordéus e em Tréveris no ano de 385 através de Evódio, prefeito do imperador e acusada das práticas mágicas de danças nocturnas, uso de ervas abortivas e astrologia cabalística.

Prisciliano acaba decapitado juntamente com os seus seguidores mais próximos por ordem do Imperador e numa acção considerada por muitos de justiça secular em questão religiosa. Martinho de Tours, Jerónimo de Estridão em Roma e Ambrósio em Milão foras dos ortodoxos leais a Roma que tiveram esta posição.

Pouco tempo depois, em 388 Máximo foi derrotado pelo Imperador Teodósio do Oriente e até o Bispo Itácio foi excomungado por ter sido o instigador do julgamento secular contra o Bispo Prisciliano.

 Por sua vez o priscilianismo manteve a actividade pelo menos por mais dois séculos como provam o facto de o tema ser tratado em vários concílios.  Ainda no concílio de Toletum no ano de 400 era referido que dos doze bispos da Galécia, apenas um não era priscilianista.

E a partir de 409 com os bárbaros a ocuparem o império, o priscilianismo sobreviveu essencialmente no mundo rural, de tal modo que mais tarde em 561, no concílio de Braga voutou a fazer-se referência ao movimento priscilianista. E no IV concílio de Toledo, em 683,  ainda se condenava a prática priscilianista dos clérigos galegos não cortarem o cabelo.

 

 

A hipótese do túmulo de Santiago de Compostela ser de Prisciliano.

Segundo  Louis Duchesne  será Prisciliano  que estará no túmulo em Santiago de Compostela.  Isto considerando que os seus discípulos trouxeram os seus restos mortais para a sua terra natal. (O próprio Miguel de Unamuno foi difusor desta teoria tornada popular).

O eremita Pelágio encontrou em 813 um sepulcro que atribuiu a Santiago. 

Foi Afonso II que ordenou a construção de uma igreja em honra de Santiago em texto de 829 ou 834. 

Em 893 o rei doa a Igreja de Arcos a Santiago. Começa a haver registo de peregrinos, mas a peregrinação só ganha evidência no século X. E só em 1126 é  que se conclui a Catedral, no tempo do Bispo Gelmires de tão má memória para Portugal. ( Fez Santiago rivalizar com Braga, mais antiga, de onde roubou várias relíquias que levou para Santiago e nunca mais devolveu.)

 

António Borges Regedor

publicado por antonio.regedor às 14:15
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