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Sexta-feira, 29 de Maio de 2020

Autores Portugueses

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Gosto de ler autores portugueses e lusófonos. No entanto as mesas e estantes das livrarias são maioritariamente de livros estrangeiros, o que é natural. O que já não é natural é não ser maior a promoção dos autores da nossa língua. A generalidade dos livros em destaque são estrangeiros e naturalmente os mais vendidos. Pelo contrário, os livros lusófonos são menos procurados, não têm tanto destaque nem promoção, ficam mais desconhecidos e compram-se menos. Fecha-se o círculo vicioso numa espiral que se afunda e que nem o plano nacional de leitura consegue salvar. Seria interessante um pouco de sacrifício na rentabilidade da exposição, as livrarias assumirem um marketing mais incisivo e destacar mais, os autores portugueses, principalmente os novos. Promoverem mais com informação pessoal e académica do autor, livros, prémios e comentários. Sabemos que a promoção não é descurada,, mas é preciso mais. E mais promoção e visibilidade, mais exposição e presença aumentam as vendas. E aumentando as vendas e os leitores. É o círculo vicioso, mas em espiral ascendente que se alarga.

António Borges Regedor

publicado por antonio.regedor às 18:24
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Quinta-feira, 28 de Maio de 2020

Livros e Filmes

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Bons livros dão bons filmes. Talvez não tenham sido feitos filmes de todos os bons livros. Nos últimos tempos o livro não tem que ser uma excepcional obra literária, mas é seguramente um best-seller que passado ao cinema ganha ainda maior dimensão.

Há uma questão que se coloca a quem leu o livro e depois viu o filme. A diferença. Diferença da leitura. Cada leitor lê de modo diferente. Depois de escrito cada leitor faz um livro diferente. Normal que o filme seja também produto de uma leitura diferente e naturalmente um livro diferente. Outra diferença é o da extensão. Obviamente uma narração de noventa minutos não poderá ser tão extensa, ter tanta informação, tantos pormenores como a leitura por trinta , sessenta ou noventa dias. Tenho esse exemplo com o “Nome da Rosa” de Umberto Eco. O livro contem muito mais informação da idade média, nomeadamente na diversidade de correntes monásticas e no disputado terreiro da correcção teológica e filosófica. Aqui reside o elemento estruturante do livro e do filme consequentemente. As mortes são provocadas por perspectivas teológicas diferentes na apreciação das expressões filosóficas. No caso, o Riso em Aristóteles, que trata o tema no seu volume II da “Poética”. O filme pode não dar visibilidade a esta questão, mas é a grande questão que no livro é a causa das mortes. Por isso ler um livro é bem diferente de ver um filme. Independentemente da abstrair do facto de mediação que o filme constitui em relação à ideia original.

Reconheço no entanto que ver um filme que resulte de adaptação é uma possibilidade interessante no contexto da enorme oferta de lazer para além da leitura. Que o cinema, e agora na visualização de cinema em casa, constitui um meio que na classificação de Marshall McLuhan e mais quente, o que significa de menor esforço para o consumidor dessa plataforma de fornecimento de lazer. E há imensa escolha em formato filme e série. Desde os clássicos, até aos best-seller tipo “guerra dos tronos”.

Os bons livros continuarão a dar bons filmes e não será isso que nos privará da nostalgia da leitura em papel, do cheiro a tinta fresca, do tacto das fibras vegetais compactadas mecanicamente à espessura de oitenta gramas o metro quadrado.

António Borges regedor

publicado por antonio.regedor às 20:00
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Quinta-feira, 21 de Maio de 2020

Zenóbia (c.240-depois de 274)

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Temos a ideia das sociedades masculinas da antiguidade sem qualquer papel relevante das mulheres. Mas nem sempre é assim, nem é exactamente assim.

Temos nota da influência da mulheres nos cultos, e até na guerra (com o exemplo das amazonas). Sociedades de mulheres como na ilha de Lesbos ou da influência das mulheres nos homens de poder, muito concretamente na sociedade romana clássica.

Na ciência temos o exemplo bem conhecido de Hypatia de Alexandria (c. 351/3370-415) e um pouco antes dela Zenóbia (c.240-depois de 274) que reinou no Império de Palmira durante o período do Império Romano.Mulher

Palmira é essa cidade no centro da actual Síria que foi destruída pelos terroristas do estado islâmico. Talvez a sua raiva tenha sido tão evidente em Palmira porque Zenóbia ainda é hoje uma heroína nacional da Síria.

Palmira no século III, o tempo de Zenóbia era formalmente subordinada ao Império Romano e fazia parte da província romana da Síria Fenícia.Ordonato o sei rei tinha vários títulos romanos.

Zenóbia reinou por morte do marido e regência do filho menor. Culta , promoveu a cultura na sua Corte de Ciência e Filosofia. Aproveitou o declínio de Atenas de onde os filósofos saíam para outros centros de cultura como Alexandria, e mais tarde Constantinopla. Ela própria falava o aramaico-palmirenho, egípcio, grego e latim. Promoveu a tolerância religiosa e a diversidade cultural numa complexa sociedade de diversas tribos aramaicas e árabes. Os Palmirenhos eram politeistas com Bel por principal Deus, mas Zenóbia acolheu Judeus e Cristãos. Como acolheu todos os outros cultos e assim acolheu os diversos grupos marginalizados pelos Romanos no processo de cristianização. Manteve diplomaticamente boas relações com cristãos influentes de Antioquia que controlava o cristianismo do Oriente. Ajudou mesmo a manter a igreja ao bispo de Antioquia depois de um Sínodo em 268 que o removeu.

Reinava integrada no espaço do Império Romano. O Império defendia os Balcãs contra os germânicos e descuidava as províncias orientais. Isso deu a Zenóbia a oportunidade de se substituir aos romanos , em poder na região e chegar até à anexação do Egipto. Segundo o historiador Jacques Schwartz a sua intenção foi defender os interesses económicos de Palmira. A declaração de secessão de Roma ditou o ataque pelos romanos, o cerco, captura e exílio para Roma onde veio a morrer.

Palmira tinha sido politicamente influenciada pela cultura Grega e foi antes da monarquia governada por um Senado à imagem da Pólis Grega.

O documento mas antigo que comprova Zenóbia como rainha de Palmira é uma inscrição da base de uma estátua datada de Agosto de 271 em que é designada por “rainha mais ilustre e piedosa”. Assumiu o título de Augusta, o mesmo que Imperatriz inscrita em moedas. É descrita montando a cavalo acompanhando o seu exército. A beber som os seus generais e gostando de caçar. Os seus descendentes foram nobres  romanos.

 

publicado por antonio.regedor às 19:05
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Segunda-feira, 18 de Maio de 2020

Tertuliano

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Deixa-me ver se ainda me lembro alguma coisa de Tertuliano.

Quintus Septimius Florens Tertullianus. Este cidadão romano nasceu no norte de África, em Cartago, viveu entre cerca de 160 e 220.

É um apologeta cristão que afirma a filosofia como mãe de todas as heresias.

O tema da heresia é , à época, a principal disputa e preocupação dos diversos grupos de cristãos. Nestes primeiros tempos do cristianismo todos se revêm na figura de Cristo, mas a dispersão dos grupos e os relatos e escritos a que têm acesso são diversos, variados e o corpo teórico e teológico ainda não está naturalmente consolidado. Naturalmente há muitas diferenças, interpretações a acusações mútuas de heresia. Nessa construção doutrinária há “os livros universalmente considerados sagrados, como os evangelhos de Lucas, Mateus, Marcos e João, que são lidos na liturgia; os livros que não reúnem o consenso universal, mas que são lidos , como o apocalípse de Pedro; outros... e finalmente os textos a rejeitar porque são heréticos, como os de Basilides (século II) ou dos marcionistas.” Eco 2010 : 129. De referir que os marcionistas eram também cristãos, e que o próprio Tertuliano que abraçou teses designadas “ montanismo”, tinha esta corrente pontos de contacto com o “marcionismo”.

Estávamos ainda longe do ano de 360 em que se realiza o Sínodo de Laodiceia que no artigo 59 proíbe a leitura de textos não canónicos nas igrejas. A lista dos 27 livros do novo testamento é confirmada no “Sínodo de Hipona (393) e no Sínodo de Cartago (397)” Eco, 2010: 129 . Curiosamente numa das primeiras listas index de livros a não incluir nos canónicos “são também enumeradas as obras de Tertuliano” Eco 2010: 130

Tertuliano é um crítico do Estoicismo, que como sabemos enforma o pensamento do Estado Romano clássico  e que segundo Manzanera  foi com o estoicismo que “la filosofia se convertió en religión”  (Manzanera Salavert 2011: 37)  

Há ainda outros aspectos do pensamento de Tertúliano, nomeadamente a questão Mariológica, mas que poderá ficar para outra vez.

 

Eco, Humberto- Idade Média: Bárbaros, Cristãos e Muçulmanos. Alfragide: D. Quixote. 2010

 

Manzanera Salavert , Miguel – El Periplo de la Razón: El racionalismo Musulman en la Edad Media. Sevilla: Fénix Editora. 2011.

publicado por antonio.regedor às 13:03
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Segunda-feira, 11 de Maio de 2020

A Pressão da praia.

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Como nas outras situações, tais como uso de equipamentos de protecção, utilização de espaços públicos, restaurantes, entre outros, a Direcção Geral de Saúde terá de emitir normas orientadoras do melhor uso da praia em período balnear.
A Norma, terá de ser da Direcção Geral de Saúde, que tem conhecimento científico para o fazer, não de qualquer outra voz interessada ou de um qualquer autarca a pensar com os pés na areia como já se ouviu.
São já vários meses em contexto de pandemia, várias semanas em confinamento e em diversas restrições à vida social. A maior capacitação do Serviço Nacional de Saúde, o abrandamento na progressão da infecção e especialmente o bom tempo e cansaço de estar confinado são um enorme factor de pressão para o uso tradicional da praia.
Mas como a pandemia não terminou, os comportamentos em praia deverão ter essa realidade presente e condicionadora. É natural e necessário reflectir em que condições o uso da praia não prejudicará o esforço de contenção da pandemia.
Desde logo é necessário ter em conta que a grande apetência pela praia decorre da vantagem para o exercício físico e também para o bem estar psicológico.
É importante conhecer os riscos que a praia possa comportar, nomeadamente os riscos de aglomeração. Não parece sensato querer concentrar todos os veraneantes nas praias concessionadas. Conhecemos a realidade e sabemos que a maior parte das pessoas nem se posiciona nesse tipo de praia. Desde logo por serem poucas, pequenas e estarem lotadas. A maioria está fora delas.
Sendo que a recomendação é a de afastamento e que o comportamento dos cidadãos tem dado na sua esmagadora maioria prova de responsabilidade nesse cumprimento, também aqui no uso da praia o princípio deve ser esse. E isso implica que os veraneantes utilizem as praias com menos aglomeração, o mais afastados possível, o que terá necessariamente de comportar a maioria da paria que não é concessionada.
O que se deve pedir é que não se abrande o afastamento social, que não se façam grupos e que mesmo nos membros da família haja cuidados devidos. Deve continuar a pedir-se responsabilidade social e defesa da saúde de todos.
Sendo que parece ser consensual o poder caminhar na praia, e o praticar desporto, não se entende a proibição de apanhar sol numa toalha com afastamento social. Há mais contacto no jogo de bola do que estar numa toalha. Gostaria de ver a explicação científica para o maior risco de apanhar sol numa toalha de praia. Se a razão for apenas a de acautelar a tendência para a permanência, e se querer pela mobilidade reduzir a permanência, então terão de proibir as zonas de permanência fixa nas praias concessionadas. Será bom que a regra seja clara e cientificamente alicerçada.
Ainda não há directiva da Direcção Geral de Saúde, e já pelo menos um autarca em bicos de pés anunciou a atitude autoritária e repressiva de colocar grades e drones a vigiar. É um indivíduo já conhecido por tendências securitárias e de contornos fora da lei com intervenção tida já noutra ocasião.
Seria mau se esta questão menor, viesse estragar a paz social existente num período tão difícil e que demonstrou enorme maturidade cívica.
 
António Borges Regedor
publicado por antonio.regedor às 19:12
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Sexta-feira, 8 de Maio de 2020

Bicicleta no combate ao Covid-19

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A presença do vírus SARS-CoV-2 e da doença Covid- 19 obrigou-nos a um período de confinamento e colocou-nos a necessidade de cuidados no relacionamento social. Os cuidados de afastamento deverão manter-se até pelo menos encontrar-se uma vacina que geralmente dura cerca de ano e meio até se tornar aplicável. Até lá temos de manter o afastamento social enquanto haverá necessidade de retomar a actividade económica, o trabalho, e as deslocações inerentes a essas actividades. Os transportes públicos são um risco acrescido e que deverá tanto quanto possível ser evitado. Deve reduzir-se a pressão sobre os transportes públicos. Não é pensável transferir as necessidade de transporte para o veículo privado e muito menos de um só passageiro. O momento é o ideal para mudar o paradigma de mobilidade e optar fortemente por um meio de transporte individual, de mobilidade suave, que não congestiona o trânsito, que se estaciona facilmente e ainda promove a saúde e forma física do cidadão. É obviamente a bicicleta.

A bicicleta já vinha a ser promovida como o transporte do futuro. As cidades tinham iniciado a sua adequação a este modo de transporte seguro, limpo e saudável. É agora, em contexto Covid-19, a oportunidade de reforçar as condições urbanas e interurbanas de promoção desta mobilidade com todas as vantagens que se lhe reconhece.

Nos países nórdicos são de há muito tempo, desde o primeiro choque petrolífero, as medidas de promoção da bicicleta. Com a realidade Covid-19 também países como a Espanha, França e Itália se adaptam.

O mesmo deve acontecer em Portugal com as vantagens económicas, de saúde e de sustentabilidade e planeamento urbano.

A MUBI- associação pela mobilidade urbana em bicicleta, afirma que “ A utilização da bicicleta durante a pandemia permite manter o distanciamento para evitar o risco de contágio e contribui para reduzir a poluição do ar, factor associado a taxas mais elevadas de mortalidade por COVID-19. Ajuda, ainda, a descongestionar os transportes públicos, deixando-os mais livres para quem efectivamente precisa deles. A utilização da bicicleta e o caminhar proporcionam actividade física, contribuem para o reforço do sistema imunitário e reduzem os risco de várias doenças, como diabetes e obesidade. A OMS recomenda, sempre que possível, o seu uso nas deslocações necessárias durante a pandemia.”

Entre outras medidas poderão e deverão ser criados aquilo que a MUBI designa de corredores de saúde. Ou seja, facho de algumas ruas ao trânsito motorizado ou supressão de vias de trânsito a favor da criação de ciclovias ou alargamento de passeios para maior distanciamento físico. Redução do limite de velocidade em algumas zonas do meio urbano para 30 km/h.

A superação desta dificuldade social, por via da resolução da pandemia, deve constituir oportunidade para mudar de mobilidade para a promoção da bicicleta, da saúde , do ambiente e das cidades mais sustentáveis, humanas e agradáveis.

António Borges Regedor

publicado por antonio.regedor às 08:04
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Quarta-feira, 6 de Maio de 2020

LIBERALISMO e INDUSTRIALIZAÇÃO

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O liberalismo resulta do crescimento de um novo grupo social. A burguesia capitalista e ilustrada. Burguesia porque efectivamente se trata de gente da cidade ligada ao comércio e indústria, e também ilustrada porque se trata da profissões liberais e funcionários da administração. Burguesia em contraponto aos rentistas agrários da nobreza ou da aristocracia terra-tenente. Para além dos três estados, há agora um novo grupo social que quer ver reflectida na política a sua influência social, a sua importância económica . Quer fazer as leis que os protejam e favoreçam, quer executar as políticas económicas da industria e do comércio.Quer que os deixem produzir, comerciar e enriquecer livremente. Querem ver-se livres das velhas políticas aristocráticas, da nobreza ligada aos privilégios da terra e à subordinação dos camponeses que são a base do seu sustento e riqueza. Querem utilizar os bens livres, o ar e a água e explorar as matérias primas do subsolo. E para fazer tudo isso terão de chegar ao poder. O liberalismo responde ao desenvolvimento industrial, ao livre comércio e ao surgimento de uma novo grupo de interesse social. É uma nova visão do mundo. Constitui-se numa ideologia, ou seja, numa nova percepção do mundo.

Os liberais, não são necessariamente anti-monárquicos. O liberalismo desenvolve-se nas diferentes formas de monarquia. Tanto nas parlamentares como nas absolutas. Dá-se relativamente bem com o parlamentarismo inglês e provoca uma guerra civil em Portugal. É anti-absolutista na filosofia. Esta pretende afirmar que a soberania está no Povo e não no Rei. O Parlamento representa o Povo e daí o Rei ter de se submeter ao Parlamento representante do Povo, ou seja da soberania. É interessante esta "nuance" filosófica na questão da soberania. Daí os conflitos do antigo com o novo Regime na administração do Estado. Daí que Nações diferentes possam criar Estados distintos. É o caso da independência do Brasil liderada por um Liberal e Maçon. Refiro aqui marginalmente a Maçonaria por se tratar do pensamento que dá base teórica para a política que questiona a soberania e que lhe dá expressão nos princípios da Revolução Francesa: Liberdade, Igualdade, Fraternidade.

Os liberais, ou burguesia industrial tinha necessidade de explorar as matérias primas muito para além das existentes nos seus territórios metropolitanos. Daí a corrida ás colónias, e aos territórios ainda não claramente reconhecidos por fronteiras nacionais. Verificam-se os episódios das explorações continentais, nomeadamente em África que conhecemos dos exploradores portugueses. Francisco José de Lacerda e Almeida percorreu o Brasil demarcando a fronteira, e tentou igualmente atravessar a África. E os mais conhecidos Hermenegildo Carlos de Brito Capelo e Roberto Ivans na exploração africana conhecida pela travessia de Angola a Moçambique. Acção que cortaria o continente africano a meio colocando-o na influência portuguesa o que contrariava os interesses ingleses cujo interesse ia do Egipto à África do Sul. O tal cruzamento de interesses que culminou no ultimato inglês a Portugal.

É esta questão da delimitação e posse de territórios abastecedores de matérias-primas que leva as potências industriais à conferência de Berlim para dividir as influências. O colonialismo é uma consequência da política da burguesia liberal para dar resposta à industrialização na obtenção das matérias –primas.

Desta questão está arredada a antiga aristocracia que vive das rendas que a terra lhes dá. É um grupo social que vai empobrecendo e perdendo prestígio social comparado com a burguesia ascendente. Quer manter privilégios sociais e políticos e naturalmente opõe-se reagindo à ascensão da burguesia. A maior parte do clero, ele também de alguma forma ligado ás rendas e às formas de exploração social da terra, depende da população ligada à terra o que os leva a ficar do lado da velha aristocracia e reagindo igualmente à mudança social. Contra as ideias liberais, acantonam-se no autoritarismo absolutista do “antigo regime”.

É daí que se percebe o maior ataque que a história regista contra o poder, os privilégios, o património e até algumas formas de existência da igreja que foi feito pelos liberais. Os liberais atacam a igreja naquilo que ela representa no modelo económico da posse da terra, e das rendas. Ou seja, a extinção dos mosteiros e conventos, passando esse património para a posse do Estado. Politicamente os liberais, através da criação da freguesias, assumem a gestão das paróquias onde o clero detinha o controlo do registo dos nascimentos, casamentos e mortes. Ou seja, detinha o controlo da população e o conhecimento dos seu património e consequentemente da sua capacidade fiscal. O liberalismo de uma só assentada elimina o património da igreja e a administração que esta tinha sobre a população.

O Estado Liberal , expressão política da ascensão económica e social da burguesia industrial, tinha necessariamente que destruir o poder dos monárquicos ligados à terra e da igreja que com eles se identificava.

E por aqui se ficavam os liberais. Politicamente constituíam uma nova elite. O poder passava a ser escolhido entre os possuidores de património, os que pagavam acima de um determinado valor de contribuição, e dos instruídos. A democracia não fazia parte da preocupação Liberal. Do voto, e portanto da escolha democrática, ficam excluídos os analfabetos e todos os que não tinham rendimentos consideráveis. Ou seja, a soberania em nome do povo, mas sem o povo.

António Borges Regedor

publicado por antonio.regedor às 13:26
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Terça-feira, 5 de Maio de 2020

Dia Mundial da Língua Portuguesa

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A UNESCO declarou o dia 5 de Maio, como o Dia Mundial da Língua Portuguesa.

E bem. Uma das línguas falada em todos os continentes. A mais falada no hemisfério sul. Estando o país de origem da língua no hemisfério norte, este facto é bem significativo da influência das navegações portuguesas, da sua influência comercial, económica, militar, política e social. Muito foi perdido, mas a língua mantém-se.

A língua portuguesa une em todo o mundo, povos e culturas distintas que se exprimem com o mesmo instrumento de comunicação. Calcula-se em 260 Milhões de falantes, constituindo a quarta língua mais falada no mundo.

António Borges Regedor

publicado por antonio.regedor às 16:43
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