Ciência da Informação Contributos para o seu Estudo (ポルトガル語) - – 2012/1/1
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Baixo risco de contágio por Covid -19 no Golfe
O Golfe tem poda a potencialidade de vir a ser uma prática desportiva, lúdica e social a voltar à normalidade com maior redução de riscos e com maior possibilidade de recuperação física e psicológica dos cidadãos.
Isto principalmente por duas razões: Ser praticado em espaço aberto e não ter contacto físico entre os participantes. Naturalmente poderá ter ainda mais segurança com algumas alterações na prática do jogo.
É necessário voltar à pratica do exercício físico como condição de manutenção da saúde e bem estar dos cidadãos. O Golfe tem essa vantagem. É praticado em espaços não poluídos, esteticamente agradáveis, onde o esforço é doseado de acordo coma condição física e melhora com a rotina. Permite o distanciamento social, podendo reduzir-se as formações a apenas dois elementos. Do ponto de vista da saúde mental, o sentimento de liberdade, o campo, os elementos da natureza, a paisagem, o desafio próprio da característica técnica do jogo são elementos importantes ao bem estar psicológico da pessoa.
O golfe é por essência uma pratica desportiva e de lazer de característica singular por não implicar o contacto físico.
O golfista podendo jogar acompanhado, não joga contra o seu parceiro de partida. Joga essencialmente para melhorar o seu desempenho e baixar o seu handicap de jogo em relação à exigência da dificuldade do campo. Ou seja, em cada jogo o golfista quer melhorar o seu jogo e fica satisfeito que os seus companheiros melhorem igualmente os seus respectivos desempenhos. Por isso desejam no início “bom jogo” também aos seus adversários.
No golfe não não se cria obstáculo ao adversário, não há drible. O golfe é desempenho individual, cooperação e cordialidade.
No golfe ambos os jogadores cumprem as regras e registam as suas pancadas e pontos não necessitando de outros como árbitros. É um jogo de honestidade e clareza de procedimentos.
Cada jogador joga com a sua bola, os seus ferros e os seus aparelhos de colocar a bola, reparar greens. Não há partilha de materiais de jogo. Por isso oferece mais segurança.
Poderão e deverão, no entanto, ser ainda reforçados os procedimentos de segurança quanto a eventual contaminação derivada ao vírus covid-19.
- Redução dos contactos administrativos de pagamentos de gren fee idênticos ao de take away.
- Inibição de partilha de equipamento como buggies, trolleys, ferros e bolas.
- Treino em zonas de jogo apenas com material próprio ( zona de putting gren, e zona de treino de pitching e de bunker)
- Treino de Driving Range limitado à capacidade de lavagem e desinfecção das bolas.
- Inibição de Utilização dos Serviços comuns. Salas de sócios, reuniões, ginásios, balneários piscinas. Refeições só take away.
O Jogo deverá ser individual ou no máximo de duas pessoas por formação
As cortesias devem limitar-se a um cumprimento à distância com um descobrir a cabeça ou cordial vénia.
A manutenção da distância deve corresponder ao afastamento necessário ao movimento das pancadas com segurança, o que no golfe corresponde a cerca de 4 ou 5 metros.
Nas bolas procuradas a recuperação só deverá ser feita pelo jogador da respectiva bola.
Em todos os buracos haverá dispositivos para lavagem ou desinfecção das mãos como já acontece para as bolas.
No green não haverá bandeira
O buraco deve ser elevado com uma esponja para o copo não ser tocado.
A areia dos bunkers deixa de ser reposta com ancinho, limitando-se ao alisamento com o pé.
É permitido outros meios de protecção, como uma segunda luva ou máscara.
Este conjunto de medidas para além daquela que a etiqueta do golfe já contempla permitirá jogar golfe com mais confiança e poder com este desporto cuidar da sua saúde física e psíquica.
António Borges Regedor
Não a ajudas às empresas que pagam os impostos no estrangeiro. (os tais do PSI-20), os que estão sediados em paraísos fiscais (os offshore) ou os que distribuem dividendos ( ganhos egoístas e anti-sociais)
Uma sociedade não é uma selva onde cada um se safa por si.
A humanidade construiu sociedades para se defender da selva.
A sociedade é um contrato entre humanos que firmam entre si padrões de liberdade (até onde cada um pode agir sem anular a liberdade do outro), igualdade (o direito aplica-se a todos por igual, independentemente da origem social, da riqueza ou instrução) , justiça (os conflitos de interesses são redimidos no sentido do equilíbrio dos prejuízos causados) , solidariedade (impede a ruptura social por incapacidade de qualquer uma das partes) e previdência ( prevê adversidades futuras ) e fraternidade (pressupõe paz, harmonia, cooperação, desenvolvimento pessoal e social).
É nestes princípios que se fundamentam as democracias sociais, humanas, morais e éticas.
Pelo contrato social, democrático, todos estão obrigados a contribuir (imposto) para um orçamento conjunto que atenda ás necessidades colectivas (defesa e segurança, saúde e previdência, instrução e cultura, trabalho e justiça).
Quem se escusa aos impostos, as empresas portuguesas que pagam os impostos no estrangeiros excluem-se do contrato social, excluem-se da comunidade, excluem-se da solidariedade. Esses não podem vir agora pedir ajudas, apoios, reduções, compensações. Se os querem, terão de os pedir aos países onde pagaram os impostos.
Quem tem alimentado os paraísos fiscais e com isso fugido aos impostos em Portugal, agora está na hora de os utilizar. Para esses e essas empresas sediadas em paraísos fiscais não poderá, em nome da coesão social, haver qualquer apoio.
Quem em tempo de dificuldade colectiva por imponderáveis da natureza, em que mais se justifica a solidariedade, e se aproveita dos ganhos para interesse egoísta e os divide por poucos em vez de corresponder à responsabilidade social para com a comunidade que lhes proporcionou os lucros, esses, não podem em nome da justiça vir reclamar apoios. Já os têm e da forma mais egoísta e anti-social.
As empresas na sua actividade que visa o lucro, repercutem nos preços o retorno do investimento, o custo do produto e o risco dos imponderáveis. Por isso fazem as amortizações, os pagamentos e as reservas de capital para assegurar imponderáveis. E quando se coloca a dúvida sobre tempos futuros e o dilema é fazer reservas para fortalecer a empresa ou distribuir dividendos debilitando a sua capacidade de resposta, a solução é a a da constituição de reservas, os accionistas agradecem continuar a ter empresa e não matar a galinha. Pois se não o fazem, deviam fazer. Em tempos de crise como a que vivemos, não é tempo de distribuir lucros. É tempo de acautelar a saúde também da empresa. Quem distribui lucros , não pode ao mesmo tempo vir dizer que está em dificuldades. Não pode ter apoio.
É nestes momentos que se vê se a governação defende a Nação, o Estado Social, ou se cede ao mais vil egoísmo.
Se a governação é capaz de resistir ás pressões e aos lobbies.
Se a governação está à altura do Estado Social.
Quem tem sede em offshore, quem paga impostos a estados estrangeiros, quem distribui dividendos, não pode agora vir pedir ajuda dos impostos dos cidadãos.
Não pode ser de outra forma sob risco de destruição social.
António Borges Regedor
Hoje Dia Mundial do Livro estou a iniciar a leitura do livro “Horizontes da Ética: Para uma cidadania responsável” do meu amigo João Baptista Magalhães. É uma edição da Afrontamento em 2010. Justifica-se até pela proximidade com a data em que a ética venceu a barbárie. A comemoração do 25 de Abril de 1974.
Também hoje iniciei com o meu neto um conto a quatro mãos inspirados no tempo presente de covid.
Apesar de tempos adversos a Ciência da Informação mantém relevante produção científica. Só na base de dados “Academia” aparecem 2,667 papers on Academia discuss "Information Science".
Ainda bem que a área mantém vitalidade.
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Almodóvar e cinema em tempo de dor.
É tempo de pandemia, de confinamento, de trabalho em isolamento e principalmente de trabalho presente, activo, difícil, perigoso, extenuante, silencioso, dos agentes de saúde e protecção civil.
Paradoxalmente o tempo que não se pode ter, dá tempo para o lazer. Lazer do cinema como companhia ao isolamento. Não o cinema espaço físico social de grandes ou pequenas salas de ecrãs gigantes . O cinema do confinamento, dos pequenos ecrãs pessoais que as tecnologias consentem.
E neste momento a oportunidade de ver um filme recente. Filme de 2019 de Almodóvar com o título : “Dor e Glória”.
“Que quieres? – Vivir” é uma das falas do filme. Um filme que aborda a ruína da glória que a dor droga provoca. Um filme de afectos, de sentimentos. A criança que ensina o adulto a escrever, amigos que se ajudam, namorados que se reencontram. Mas também de sofrimento. A pobreza familiar, o recurso à caridade, o sofrimento da doença, a dependência da droga.
“Las noches que coincidem con várias dolores, essas noches creo en Dios e las rezo, nos dias em que se lo padezco en un tipo de dolor soy ateu.”
Como sempre Almodóvar dá-nos grandes filmes. Este, com Banderas e Penélope, é mais um dos seus excelentes filmes a não perder.
António Borges Regedor
Morreu o autor de “O velho que lia romances de amor”. Enquanto o livro era lido em Oviedo aquando da atribuição do “Prémio Tigre Juan” na Amazónia era assassinado Chico Mendes, a quem Luís Sepúlveda dedicou o livro.
Começou a ser reconhecido pela escrita em 1970 quando venceu o “Prémio Casa das Américas” pelo seu primeiro livro “Crónicas de Pedro Nadie” escrito no ano anterior.
Luís Sepúlveda era Chileno, socialmente empenhado na causa pública e na identidade do seu país. Estava no Palácio da La Moneda no grupo mais próximo do Presidente Salvador Allende aquando do golpe de estado americano montado pela CIA e realizado por Pinochet. Desde aí sempre viveu exilado.
Além dos dois livros premiados que já referi, lembro também “Patagónia Express” em 1995. “Encontro de Amor num País em Guerra de 1977. “Diário de um Killer Sentimental em 1998. “As Rosas se Atacama” em 2000. O fabuloso texto “ História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar”, escrito em 2008. “A Lâmpada de Aladino” em 2008. “Crónicas do Sul” em 2011. “História de um gato e de um rato que se tornaram amigos” escrito em 2012. “História do caracol que descobriu a importância da lentidão” de 2013. E a “História de um cão chamado Leal” em 2015. “O fim da história” é de 2016 e o fim da sua vida e de 2020 e termina depois de regressar de Itália, ao passar pelas “Correntes de Escrita realizadas em por Vila do Conde, ter adoecido pela pandemia do Covid-19, acabando por falecer em Oviedo.
Pode ter acabado a escrita, não acabou a leitura deste fabuloso autor.
António Borges Regedor
Orhan Pamuk foi Prémio Nobel da Literatura em 2006. O livro que acabei de ler, “A mulher de cabelo ruivo” o protagonista é dominado de principio ao fim pelos dramas do parricídio e do filicídio. Cruza a lenda do Rei Édipo com a de Shahnameh, o poema épico nacional Iraniano em que Rostam chora pelo filho Sohrab que acabou de matar . Cruza a mentalidade da sociedade conservadora com a laica e faz referências ao golpe militar. O cruzamento da mentalidade oriental e ocidental de Sófocles e de Freud. O cruzamento da cultura Otomana com a cultura Persa. Dá conta do enorme intrincado do mosaico cultural deste enorme território onde se cruzam Otomanos, Curdos, Persas, porque os Arménios sofreram genocídio. Quando visitei Istambul confrontei-me com a preservação de uma praça antigo hipódromo que conserva um obelisco romano. Uma das maiores mesquitas da Turquia, a mesquita azul em frente à igreja cristã de Santa Sofia. Bairros de ruas estreitas e bazar tipicamente oriental com a praça Taksim. O Hotel onde bebemos vinho com uma turca ocidentalizada mas que detestava os Curdos, em contraste com um guia turístico a debitar discurso religioso aos ocidentais. Um restaurante que se recusou a servir qualquer tipo de bebida alcoolica e a noite de ramadão com os seus excessos de comida, divertimento, folia. O livro dá conta de um tempo de crescimento da cidade de Istambul da cidade a devorar os antigos bairros periféricos com identidade onde agora os centros comerciais os tornam indistintos. Este aspecto torna-se mais interessante para quem já visitou a cidade. Estive em locais referidos no texto e isso é sempre agradável ao leitor e motivo extra de adesão ao livro.
António Borges Regedor
O Iluminismo, expressão científica da visão do mundo, corrigiu o modelo obscurantista. O Liberalismo, expressão da burguesia ascendente, alterou o modelo terra-tenente da aristocracia rentista. O Republicanismo, expressão da liberdade, igualdade e fraternidade mudou o estatuto de súbdito para o de cidadão. No pós segunda guerra as democracias, expressão do bem estar social, do estado previdência e intervenção do estado nos sectores estratégicos corrigiram o liberalismo. No final do século vinte o neoliberalismo destruiu a social democracia herdeira do período de paz. É agora perante uma pandemia que percebermos que é fundamental o sector estratégico da economia estar na mão do Estado (que somos nós todos), que é fundamental a saúde, o ensino, a defesa, segurança e comunicações e transportes serem do estado. Ou seja, serem de nós todos.
Porque claramente vemos a mentira dos liberais que queriam menos estado. Banqueiros, Industriais, Concessionárias de serviços públicos como auto-estradas por exemplo, com lucros privados por deterem serviços públicos, reclamam hoje pelo estado. Para esses vampiros liberais o estado é hoje o que fizeram dele: mínimo, pobre, sem poder de os ajudar. É caso para dizer a frase de que os liberais tanto gostam: É o mercado seus estúpidos.
António Borges Regedor
Fomos jovens nos anos sessenta. Origens humildes. Habitações pouco confortáveis. Dificuldades económicas. Mas vencemos. Estudamos numa escola que o não era. Era a adaptação de uma casa rural a escola. Mas vencemos. Fomos homens com a ameaça da guerra. Uma guerra com um inimigo difuso, que emboscava. Um guerrilheiro desconhecido e em lugar ignorado, invisível, como agora. Mas vencemos. Aqui estamos. Fizemos uma revolução que mudou regime, política, costumes que já experimentávamos desde o tempo hippie. E vencemos. Continuamos a progredir nos respectivos empregos, estudamos ainda mais e vencemos. Apanhamos o início do século vinte e um numa crise de deflação. Esse nome com que nos assustavam nas aulas de economia política. Crise, deflação, desvalorização bolsista, desinvestimento, falência, desemprego. O cenário teórico aprendido nas aulas, apresentado ao vivo e em gráficos a preto na preta da vida. Mas vencemos. Agora confinados como reclusos, com medo de outro inimigo invisível, com saídas precárias furtivas como quem vai fazer golpe de mão ao supermercado, desviando-se dos outros como quem se desvia do inimigo, falando à distância com medo de granada, pisando o caminho com a cautela de quem evita a mina. Fechados no abrigo. Sabendo que desta vez, com mais de 65 anos, em caso de queda o nosso resgate não contará com o heli que nos ventile. Mas venceremos.
António Borges Regedor
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