Quarta-feira, 31 de Julho de 2019
A Leitura Digital aumenta significativamente em Espanha.
Um mail de Enrique Navas Benito do grupo INFODOC que subscrevo levou-me a um artigo do El País assinado por Peio H. Riaño que dá conta de uma medida do governo espanhol de 2014 que com a “eBiblio” passou a emprestar livros digitais através das bibliotecas públicas.
O resultado foi o incremento de leitores todos os anos. Só no último ano foi registado o aumento foi de 101,4 %.
O serviço de empréstimo está acessível 24 horas por dia, 365 dias por ano e empresta livros, audiolivros, jornais e revistas. Apenas precisa de estar ligado à internet e ter um cartão de utilizador da biblioteca pública local.
A oferta de leitura digital é também entendida como uma forma de reduzir a pirataria e garantir direitos de autor. O que se compreende. Ninguém precisa de piratear se o produto estiver disponível de forma legal e de fácil acesso e gratuito.
É ainda interessante referir que a Federação do Grémio de Editores de Espanha regista uma maior venda de livros digitais em ensaio do que em ficção.
Fonte: https://elpais.com/cultura/2019/07/15/actualidad/1563212282_704245.html
Quarta-feira, 24 de Julho de 2019
Tempo quente, muito vento. Abriu a época dos incêndios. Como se fosse a caça ou a pesca, ou a mudança de casa para o Algarve. Fica tudo para trás. O jornalismo de sarjeta deixa tudo para se dedicar a jornalismo de agulheta. E é ver a rapaziada dos recibos verdes a ficar ofuscada pelo vermelho fogo e a não ver mais nada que o escuro do fumo onde se embrenham na ânsia de ocultar o país. País onde realmente os cidadãos continuam a trabalhar, a produzir riqueza e a acontecer coisas boas. E só não aparecem as boas notícias porque interesses ocultos as querem ocultar com o fumo dos incêndios.
Hoje, quarta-feira, dia 24 a Agência de Gestão da Tesouraria e Dívida Pública (IGCP), trocou 797 Milhões de euros de obrigações do tesouro. Este ano já trocou 2.858 Milhões de dívida pública. Deste modo alarga os prazos de maturidade, baixa os picos de pagamentos e beneficia de taxas de juro mais baixas, aproveitando a oportunidade do mercado estar com mínimos históricos. A taxa média para emissão de dívida desceu para 1,4%. As obrigações do tesouro a 10 anos estão a 0, 43%. (fonte: Jornal de negócios e economia online).
No entanto a comunicação social comprometida com os projectos anti-sociais de rapina do país, continua a martelar no inferno dos incêndios criminosamente ateados pelas forças do terrorismo.
António Regedor
Sexta-feira, 5 de Julho de 2019
A designação foi referida pela primeira vez, em 2001 por um economista do banco Goldman Sachs, para se referir ao significativo crescimento das economias do Brasil, Rússia, Índia e China.
Correspondia a uma parte significativa da população mundial, da economia mundial e cada vez mais uma entidade forte nas áreas da economia, comércio internacional, ciência, saúde, educação, segurança, e obviamente financeira, diplomática e política.
Formava-se um novo bloco geo-estratégico com 25% da área terrestre e 40% da população mundial. Um grupo político de fazer tremer a potência dominante da 2ª guerra.
Já não bastava aos Estados Unidos o bloco da União Europeia. Este relativamente controlado e onde a acção desestabilizadora dos USA se faz permanentemente através do fomento de conflitos na Europa, ou à sua volta, de modo a manter a União Europeia ocupada no seu interior. Capturada desde a segunda guerra muidial. Submissa e a pagar tributo á grande potência americana.
O grupo chegou a integrar a África do Sul. O Banco Goldman Cachs estimou que até 2050 as economias BRIC podiam superar as economias dos países mais ricos do mundo. Mas perante o novo grupo de interesses e a possibilidade do seu crescimento e influência, os Estados Unidos trataram de o minar. Começaram pelo que lhes está mais próximo e onde tradicionalmente mantêm influência e poder. Conseguiram tirar o Brasil da influência do grupo BRIC.
Com o Brasil perdido e capturado pela influência dos estados unidos, realizou-se recentemente em Osaca uma cimeira entre Rússia, Índia e China. Foram acordadas posições quanto ao comércio mundial e a formas de pagamento sem utilização do dólar, a questões militares também. Estamos agora em presença do grupo RIC.
António Borges Regedor
Quinta-feira, 4 de Julho de 2019
Os deputados do partido do brexit viraram as costas ao Parlamento Europeu, repetindo o mesmo que os deputados do partido nazi fizeram no Bundstag, o parlamento alemão. Em ambos os casos é o desprezo pela democracia, pelo parlamento como espaço da representação democrática. Sabiam o que estavam a fazer e o que isso significa. Se no acto houve ignorância, também é grave que sejam estes ignorantes a representar os interesses dos eleitores.
O dirigente deste partido é Nigel Farage, um indivíduo que em muito se assemelha ao Trump e que com ele partilha ideias neoliberais, antidemocráticas e perigosas.
Os Estados Unidos da América têm sistematicamente tomado posições que prejudicam a Europa, que criam focos de tensão e de instabilidade, e que procura apoiar dentro da Europa um conjunto de países contra a união e de inspiração totalitária. (Desde a interferência no Kosovo e Ukrania, à permanente instabilidade no Báltico e colocação de bases entre a Europa e a Rússia, até as posições de comércio e embargos comerciais). Steve Banon um dos ideólogos do trumpismo tenta criar na Europa um grupo de partidos de extrema-direita que seja o embrião da destruição da Europa de paz, solidariedade e desenvolvimento. Nigel Farage é o testa de ferro de trump na Europa e o seu partido o seu instrumento.
As forças que criaram o brexit são opositoras da Europa e fazem o jogo do poder económico concorrente. A Europa continua refém dos Estados Unidos e praticamente obrigada a pagar-lhes um tributo de 2% do seu PIB em compra de armamento.
Há quem queira na Inglaterra e na Europa do grupo Italiano de Salvino mais o de Visegrado ser o Cavalo de Tróia de interesses do neoliberalismo, do fascismo, e contra a Paz, Democracia, Solidariedade e Desenvolvimento Económico da Europa, da Comunidade Europeia e do Euro.
António Borges Regedor
Terça-feira, 2 de Julho de 2019
Os países de Visegrado são uma organização com origem no século XIV. Surgiram por interesse em assegurar rotas comerciais. O mundo dá muitas voltas, e acabaram no século XX sob influência da URSS. Poderão ter muita queixa, e raiva, da URSS, mas esta já não existe. Passaram totalmente para uma outra influência mantendo a postura oportunista da sua génese. Desde 1991 fizeram lobby para entrar para a União Europeia, não por espírito de construção europeu, de solidariedade, de paz e de bem estar social, mas apenas para aproveitar a oportunidade de receber os euros com que a europa a mando dos estados unidos os quis comprar. Nem tinham espírito de construção europeia, nem democracias consolidadas, nem desenvolvimento económico e social para contribuir para o projecto europeu, seja lá qual for. Apenas os motivou os oportunismos de rapina. São hoje governados por partidos da extrema direita, partidos xenófobos, autoritários, socialmente agressivos e antieuropeistas. São hoje o elemento mais activo da destruição da europa.