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Frequentemente se fala da ADSE, sem haver uma noção exacta do que se trata, e de quem financia este subsistema de saúde.
A "ADSE" é hoje um subsistema de saúde inteiramente suportado pelos funcionários públicos, tanto no ativo como aposentados. É um instituto público de gestão participada, que tem dupla tutela nos ministérios das Finanças e da Saúde. Tem elementos indicados pelas tutelas e pelos beneficiários, e ainda pelos sindicatos mais representativos e associações dos reformados e aposentados da Administração Pública.
Surgiu em 1963. Em 1979 os feneficiários pasaram a descontar 0,5% do salário. Dois anos depois o desconto aumentou para 1%. Em 2007, com o Governo de José Sócrates, a taxa de desconto sobe para 1,5% . Para os aposentados, começam em 1% até aos 1,5%.
Durante a troika em 2013 para os funcionários e os aposentados subiu para 2,25%, e no ano seguinte para os 3,5%, valor que está em vigor.
A ADSE tem com os prestadores de serviço com dois regimes.
No regime convencionado em que os beneficiários podem ir aos prestadores que têm acordos de convenção com a ADSE e pagam parte dos procedimentos. O restante é pago pela ADSE de acordo com uma tebela de preços.
No regime livre o beneficiário vai a qualquer prestador que não tenha convenção, paga a totalidade e posteriormente é reembolsado pela ADSE.
Cerca de dois terços dos beneficiários opta pelo sistema de convenção. Os pretadores são mais de 1600.
A ADSE tem tido um saldo orçamental positivo, principalmente devido ao aumento das contribuições dos beneficiários.
A ADSE pretende que os funcionários públicos com contrato individual se tornem também beneficiários e para isso já fez proposta ao governo.
Verificamos, assim, que a ADSE não recebe nada do Orçamento de Estado, não tem custos para os contribuintes, não recebe nada do Serviço Nacional de Saúde.
É financiada integralmente pelos seus aderentes, e paga os custos de saúde dos seus sócios quer aos privados quer ao serviço nacional de saúde quando deles necessita.
António Borges Regedor
O Jornal de Notícias deu a notícia. E é uma boa notícia. A “LEGO” terá no início do próximo ano peças com inscrições em braille (números e letras). Quem conhece a linguagem braille poderá jogar com elas. Quem não tem problemas de visão terá oportunidade de aprender braille e melhor interagir com as pessoas com essa dificuldade de visão. Já usei o lego para ensinar matemática. Será interessante , agora, aprender mais facilmente a forma como os invisuais lêem o mundo. Não é nada discriminatório. É até bem integrador. As peças conjugam-se com as outras do sistema lego.
Haverá como se diz, 1001 maneiras de fazer bacalhau. Mas a família dos Gadídeos, a que pertence o bacalhau, tem mais de duzentas espécies. Este habitante de águas frias que vive junto ao fundo do mar tem seis espécies principais na actividade da pesca. São o bacalhau-do-atlântico, o escamudo, o badejo, o badejo-preto, a pescada-branca e o bacalhau-do-pacífico. São ainda da família do bacalhau o bacalhau-da-gronelândia, a abrótea, a maruca, a juliana, o arinca, o zarbo e a faneca. Enquanto os juvenis se encontram junto da costa entre 10 a 30 metros, os animais adultos, andam por águas mais frias e entre 100 a 200 metros de profundidade. Reproduzem-se entre o Inverno e a Primavera escolhendo leitos de desova mais quentes. A fêmea pode produzir nove milhões de óvulos.
Imagem: Aquário de bacalhaus do Museu Marítimo de Ílhavo
António Borges Regedor
Vindos de Miragaia, dessa praia onde tantos estaleiros construíram os diversos tipos de embarçações que formaram a maior parte da armada que conquistou Ceuta e deu início aos descobrimentos, entrava-se no Porto pela Porta Nobre.
Esta porta situava-se na muralha Fernandina, vindo como se disse do lado de Miragaia, passava uma ponte por cima do rio da vila. Este rio está hoje encanado e o seu curso final corresponde a actual Rua de Mouzinho da Silveira e Rua de S. João.
A imagem da imponente Sé do Porto corresponde ao que veriam os que dela se aproximavam, na Idade Média, quando escolhiam por entrada a Porta Nobre das muralhas Fernandinas.
António Borges Regedor
Da Casa de Mateus, fixei-me no espelho de água. É um dos ex-libris da casa. Uma das suas imagens de marca. Talvez o aspecto mais divulgado e conhecido da casa. É o que aparece em mais referências, mais ilustrações. O espelho de água foi desenhado por Ribeiro Teles nos anos sessenta do século XX. Por essa altura era eu criança que cumpria a tradição na procissão do Senhor do Calvário, vestido de Franciscano em honra da Ordem da minha Pia Baptismal. O Barroco de Nazoni teria menos impacto, seria menos perceptível sem o seu reflexo, por inteiro, enquadrado, nítido e simétrico na imagem produzida por Ribeiro Teles, no espelho de água.
António Regedor
É um dos que produz mais impacto ao visitante. A região é maravilhosa. Possui ainda grande diversidade biológica. O Rio é límpido, com muito peixe. Comporta várias práticas desportivas e de lazer.
Para chegar, tomando a direcção de Arouca, deve seguir a partir daí pela Estrada ER 326-1.
O percurso total do passadiço têm a extensão de 8 650 metros na sua maioria em madeira, e com pequenas ligações em caminho de terra. Tem uma parte fracamente mais difícil. A do Areinho até ao Vau por ser mais acidentada e menos protegida por vegetação. Pasado esse troço mais difícil, é sempre a descer, ao longo do rio, pela margem muito arborizada, o que lhe confere frescura e agradável sensação de passeio na natureza.
Recomendo começar pelo Areino. É uma pequena praia fluvial. Arborizada. O primeiro kilómetro é plano em terra batida até ao sopé da encosta que será subida em escadaria. Não se entusiasmem. Subam lentamente, aumentando o ritmo cardíaco lentamente. Aproveitem a paisagem, tirem fotografias, conversem. A subida será tanto mais agradável quanto mais lenta. No cimo sentirão uma sensação de vitória, satisfação pelo que já percorreram e domínio da paisagem. Aí verão a construção da ponte pedonal na zona da Cascata das Aguieiras. Tal como na subida, agora é outra escadaria a descer a encosta até uma cota próximo do leito de cheia desse maravilhoso rio Paiva. A partir daí, o percurso vai sempre a descer dando a sensação de plano. Acompanha o curso do rio. Sensivelmente a meio há outra praia fluvial. A do Vau. Com apoios para refeição ligeira, sanitários e muita frescura para os dias de calor. Recompostos à medida que se aproxima o fim do passadiço, na Espiunca, fica a vontade de fazer mais. Divirtam-se.
António Borges Regedor
É dia 3 de Junho de 2019. Morreu Agustina.
Cruzei-me com a sua escrita indirectamente. Foi através da adaptação, ao cinema, que Manoel de Oliveira fez do seu romance Vele Abraão. O romance e a sua adaptação ao cinema são o retomar do tema de Gustave Flaubert, “Madame Bovary”. Com o realista Flaubert, o tema do adultério levo-o ao tribunal, pelo arrojo. Com Agustina as coisas foram mais pacíficas. Eram outros tempos. Emma de Flaubert, é Ema em Vale Abraão. E o filme de Manuel de Oliveira destaca o romance de Agustina, enobrece o Douro e faz brilhar Leonor Silveira no papel de Ema.
António Borges Regedor
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