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Analista da CIA na intrincada teia da infiltração, que tem por missão identificar infiltrados. “Podem chamar-me paranóica, ou apenas uma analista de contra-espionagemda CIA” p. 17 A descoberta de partes do caminho do labirinto. “Dedos de gelo apertam-me o coração e nos meus ouvidos o sangue pulsa num turbilhão” p. 24. “ Por que razão senti a necessidade de o esconder?” p. 25. E quando a verdade é insuportável, “”Gostaria que tudo desaparecesse” p76. Pode der apenas uma parte do labirinto.
Karen Cleveland - Tenho de saber. Lisboa: Planeta. 2018.
António Regedor
Bibliotecas Espanholas têm novo plano estratégico para cinco anos (2019-2023)
Dia 20 3 21 de Fevereiro deste ano (2019) reuniu o Conselho de Cooperação Bibliotecária.
A reunião é organizada pela Dirección General del Libro y Fomento de la Lectura del Ministerio de Cultura y Deporte
Este conselho reune o organismo de coordenação bibliotecária do Ministério da Cultura e Desporto, Comunidades Autónomas, Federação Espanhola de Municípios e Províncias, e Conferência de Reitores das Universidades Espanholas através da Rede de Bibliotecas Universitárias,
Antónuio Regedor
Em Julho do ano passado abordei este assunto aqui no meu blogue bibvirtual https://bibvirtual.blogs.sapo.pt/
O comité do Parlamento Europeu para os Assuntos Europeus aprovou alterações à legislação dos direitos do autor. A intenção é que a legislação venha a obrigar a que empresas como a Google ou a Microsoft sejam obrigadas a instalar filtros para prevenir que os utilizadores consigam usar material que está protegido pelos direitos de autor.
O pretexto de se querer regular os direitos de autor num espaço publico como é a internet, o que pretende é efectivamente que as grandes empresas coloquem filtros de conteúdos que vai permitir o controlo e a censura do que se publica.
A internet é hoje o espaço público, livre, onde está colocada muita informação geral, boa ou má, com mais ou menos ruído, mas também muita da informação científica, bibliográfica, histórica, e muita outra a que os cientistas, investigadores, académicos, estudantes, estudiosos recorrem livremente.
A incidência da directiva é obviamente a internet que actualmente é o meio que nos permite a maior informação possível. Permite aceder às mais diversas fontes de informação, estabelecer contactos pessoais e profissionais, aceder a música, imagens e outros grafismos. Trabalhar em linha e muita outra coisa.
O que a Comissão Europeia propões é permitir que as grandes empresas controlem o que fazemos na internet. Controlar o nosso acesso à diversidade de informação por razões mercantilistas é inaceitável.
Mesmo com o argumento do mau uso ou da sonegação dos direitos de autor, não é a internet a causa disso. Mau uso e abuso de direitos acontecem em todo o espaço público, não apenas na internet.
Esta preocupação foi agora objecto de comunicado da Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas (BAD).
A BAD refere-se ao artigo 11º que taxa as hiperligações de jornais digitais. E o artigo 13º que se refere à partilha de conteúdos, e à consequente instalação de filtros pelas grandes empresas de servidores.
Quanto a mim, este assunto é muitíssimo grave. Desde logo é uma matéria muito sensível para a investigação, produção científica e académica. Parece apresentar incompatibilidade com a citação e referência bibliográfica. Há que possibilitar a citação e o acesso ao conteúdo referindo a fonte e indicando o link para posterior confronto ou pesquisa complementar. A partilha de conteúdos é também uma outra barreira à investigação e trabalho científico e académico.
Numa altura em que a linha de orientação da ciência é a de colocar em acesso aberto quer os resultados de investigação, quer os próprios dados, esta medidas de limitação do espaço aberto da internet são um profundo retrocesso que só pode ser explicado pela ganância de montar mais um negócio cavalgando a internet como espaço público gratuito e universal.
António Regedor
Hoje é dia de passar pela biblioteca e voltar a ler “O Nome da Rosa” de Humberto Ecco.
Faz hoje três anos que morreu Humberto Ecco. Volta-me à memória o livro de enorme riqueza informativa sobre a idade média, a vida monástica, as várias correntes do clero regular, as suas diversas visões do mundo e interpretação das escrituras e a sua relação com os textos filosóficos da tradição Helenística. No final da Idade Média em que a ciência ainda oprimida se tenta libertar do pensamento religioso e afirmar o raciocínio lógico. Não se trata do simplismo entre o bem e o mal, mas entre logos e mito, razão e fé, ciência e religião, teologismo e humanismo. Tempo de lembrar o Ecco e voltar a lê-lo.
António Regedor
Interessante colecção de bicos de diversos tipos de aves. Não são, no entanto, os únicos.
Durante um período da minha vida estudei e observei avifauna que de alguma forma estava relacionada com as “wetlands”, ou seja as “zonas húmidas” protegidas pela concensão de Ramsar (1975). E também outras convenções como a de Berna (1979) para a conservação da vida silvestre, ou ainda a de Bona(1979) para a conservação das espécies migratórias.
Dentro de cada um dos grupos de bicos representados no cartaz, há ainda uma mior diversidade. No caso do bico que se apresenta como servindo para retirar invertebrados do lodo, corresponde à espécie recurvirostra avosetta, conhecido por alfaiate. Mas em pernaltas como esta e que se alimenta no mesmo habitat, há um bico também lonfo e direito. O do himantopus himantopus. O conhecido perna-longa que foi adoptado como o símbolo da reserva natural da Ria Formosa, e que é naturalmente visto por muita gente no algarve. Ou ainda com o bico virado para baixo no caso do numenius arquata, ou seja maçarico-real.
Tudo isto é fascinante.
António Regedor
A Organização das Nações Unidas declarou o ano de 2019 como o Ano Internacional da Tabela Periódica.
A tabela periódica é uma forma de organizar e apresentar algumas informações sobre todos elementos químicos que existem.
É organizada com base na ordem crescente do número atómico (número de protons no átomo); Na configuração electrónica dos átomos dos elementos; E facilita o entendimento de propriedades químicas semelhantes.
É designada de periódica porque mostra a repetição de algumas propriedades que alguns elementos tem em comum.
O aspecto com que se apresenta resulta da padronização feita pela IUPAC (União Internacional de Química Pura e Aplicada).
As linhas da tabela são denominadas períodos; as colunas são denominadas grupos
Em geral, dentro de uma linha (período) os elementos são metálicos na esquerda e não-metálicos na direita.
Em 1789, Antoine Lavoisier publicou uma lista de 33 elementos químicos
Em 1829, Johann Wolfgang Döbereiner observou que muitos dos elementos poderiam ser agrupados em tríades (grupos de três) com base nas suas propriedades químicas.
Em 1869, o químico alemão Julius Lothar Meyer publicou uma tabela com os 49 elementos conhecidos organizados pela valência, conceito desenvolvido por August Kekulé seis anos antes.
A primeira versão da tabela foi publicada em 1869 por Dmitri Mendeleiev
Tanto Juius Lothar Meyer como Dmitri Ivanovivich Mendeleiev publicaram de forma independente as suas tabelas periódicas.
O sucesso da tabela de Mendeleiev surgiu a partir de duas decisões que ele tomou: a primeira foi a de deixar lacunas na tabela quando parecia que o elemento correspondente ainda não tinha sido descoberto.
Desde então a tabela de Mendeleev tem sido expandida e refinada com a descoberta ou sínteses de novos elementos e o desenvolvimento de modelos teóricos para explicar o comportamento químico.
Com o desenvolvimento das teorias de estrutura atómica, tornou-se aparente que Mendeleiev tinha, inadvertidamente, listado os elementos por ordem crescente de número atómico.
Os primeiros 94 elementos existem naturalmente, embora alguns sejam encontrados somente em quantidades de tracções e foram sintetizados em laboratório antes de serem encontrados na natureza
Os Elementos com o número atómico de 95 ao 118 foram somente sintetizados em laboratório ou reactores nucleares.
António Regedor
Nas minhas caminhadas pelos passadiços, encontrei este moinho de água. Recuperado, a funcionar bem, estava a moer milho, o que mais se produz naquele lugar. Uma levada conduz a água a quatro entradas, cada uma delas fazendo mover uma mó. Há muito que não pensava encontrar um moinho a funcionar. Imagino como seria colocar toda aquela força motriz a produzir energia eléctrica descentralizada e para consumo indeendente. Consolidei a minha certeza quanto ao desperdício energético e quanto estamos dependentes da produção monopolista.
António Regedor
O BE na preocupação de mostrar serviço diz qualquer coisa que lhe vem à cabeça.
Não pára para pensar, nem pergunta a quem pensa.
Querem que os jovens tenham acesso à imprensa escrita? Então façam uma coisa muito mais útil e mais universal. Subsidiem as 308 bibliotecas públicas e mais as escolares onde todos, mas todos, tenham acesso à imprensa escrita e já agora, também à, digital, não apenas portuguesa mas também internacional, a maioria dos alunos do secundário lê inglês e os outros que optam por francês ou espanhol também têm direito. Voltem a procurar consenso para aprovar uma lei da bibliotecas públicas que consagre obrigatoriamente uma parte dos orçamentos municipais para as colecções das bibliotecas públicas. Criem a figura da direcção da biblioteca por especialista da área com autonomia de gestão, para os políticos de capela deixaram de politizar e de se intrometer na missão da biblioteca pública.
Se o BE conseguisse isso, já fazia muito pela literacia dos cidadãos deste país.
Carlos Vale Ferraz, lançou em 1983 a ficção “Nó Cego”. Para mim, é a leitura deste autor, mas no sentido contrário do cronológico. Aqui dei conta em 4 de abril do ano passado, do seu mais recente romance “A Última Viúva de África (2017)”.
Este autor que também foi militar em Moçambique, coloca a acção em finais de 1969 no planalto dos Macondes, Mueda. Nome terrível para muitos portugueses. O jovem que “sentia a curiosidade dos gatos por tudo o que o rodeava e que desconhecia. De facto, jamais pensara em seguir a carreira militar.” p.28 Como tantos outros aqui estava, milicianos ou não, de arma na mão. Em pleno teatro de guerra. O nome do romance traz-me à memória a operação Nó Gordio no mesmo local. Ea história como na realidade começa antes com gente que queria ser diferente. O enfermeiro Cardoso queria ser pintor. Um dia “o professor foi levado mais uma vez para Caxias e o João Cardoso viu-se no meio da sala da mansarda, com tudo o que restava dos seus bens comuns desfeito e espalhado pelo soalho a seus pés”p. 45. É agora o enfermeiro da companhia.
“O clínico militar, um alferes miliciano mobilizado mal acabou a especialização...entrou na sala trazendo atrás de si o brigadeiro e o tenente-coronel que vinham em visita de inspecção.(...)Acendeu a luz amareladae deixou-se a fitr a cara do brigadeiro, a empalidecer enquanto observava o interior do cubículo negro. Apontou com o dedo musculado de cirurgião, sem uma termura: - Aquilo que está dentro daquele caixote, embrulhado no pano de tenda, era, ou é, já nem sei, o corpo dum daqueles a quem o senhor chama “soldadesca”.”p. 81.
“E ali estava ele só, o dólman do camuflado ainda sujo da viagem, sentado num monte de pedras como se carregasse o peso de todas as canseiras, apensar nela, a entender os poetas e a poesia – “essa pieguice”, como ela lhe dissera um dia, quando, deitados numa prais de areia fina no Algarve, ela lhe lera um poema”. p. 241
E entretanto, na cidade, longe das operações de cerco e assalto, o “Azevedo Melo tinha o programa previsto para o dia completo de cruzeiro no mar dos seus convidados, que passava por uma experiência de pesca ao corripo.” p. 258
E assim vai correndo a ficção do “Nó Cego” ou Nó Gordio, como preferirem, o desempate da guerra que não aparece, nem na ficção nem na realidade.
Abtónio Regedor
Já aqui no bibvirtual tive oportuidade de referir “A Última Viúva de África” de Carlos Vale Ferraz. Foi a 4 de Abril de 2018. No final desse mesmo ano, este livro recebeu o prémio “Fernando Namora”.
Deixo aqui uma recente entrevista após a atribuição do prémio. Uma excelente entrevista que recomendo seja ouvida. É extensa, mas mostra bem como é importante a reflexão para a compreensão dos fenómenos.
https://www.rtp.pt/play/p5299/e387293/mar-de-letras
António Regedor
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