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Era já adulto quando contactei com “Lego”, e fiquei entusiasmado. Ofereci à minha filha vários “Legos”. No mercado havia para além das bases standart, carros, casas, muitas delas com grandes pormenores de jardins, flores, mobília e bonecos de várias profissões. Mas nunca encontrei nenhuma biblioteca ou bibliotecário ou bibliotecária. Talvez por isso tenha prestado maior atenção ao post de Julián Marquina que aqui vos deixo em link https://www.julianmarquina.es/12-bibliotecas-con-piezas-de-lego-que-te-encantaria-tener-en-casa/
António Borges Regedor
A Organização Internacional das Associações de Bibliotecas e Bibliotecários (IFLA) é o roganismo que internacionalmente estebelece os concensos sobre orientações, normas, boas práticas na actividade de gestão da informação em bibliotecas.
Aqui fica uma compilação da sua produção.
Conceptual models
Digital format codes
Rules for resource description
Guidelines
Guidelines
Management Prospects and Challenges of Library Associations in Africa: the case for Uganda Library Association and the library and Information Association of South Africa[PDF]
by Dick Kawooya. This article was originally published in “World Libraries,” Vol. 11, Numbers 1 & 2, Spring and Fall 2001, pp. 39-55.
Library Associations [PDF]
by Narayanan Rakunathan, InfoProducts, National Library Board, Singapore
Guidelines for the Organizational Structure of Associations
Association Programs and Services
Developing Policies and Procedures for the Library Association
Guidelines for Financial Management of Library Associations
Guidelines for Governing and Leading Library Associations
Guidelines for Library Association Operations
Expanding Advocacy in the Library Community – A Guide for Developing a Government Relations without Borders
Faleceu um cidadão a quem me habituei a olhar com enorme consideração.
Sempre que me cruzei com ele, foi de enorme cordialidade e cativante simpatia.
A memória perdura para além da matéria.
Recentemente a Organização Mundial de Saúde debateu uma resolução com o propósito encorajar a amamentação.
A resolução tem por base décadas de investigação e dezenas de estudos científicos.
Na resolução era feita a apologia do leite materno como sendo o alimento mais saudável para os bebés nos primeiros meses de vida. A Organização Mundial de Saúde recomendava ainda que os países deviam procurar limitar a comercialização enganosa de complementos e de substitutos do leite materno.
A delegação norte-americana saiu em defesa da indústria do leite em pó para bebés e sugeriu alterações radicais ao texto. Tentou fazer o mundo “refém” da indústria alimentar dos Estados Unidos. Tentou dominar a ciência com leite em pó.
De acordo com fontes diplomáticas citadas pelo “The New York Times”, os delegados norte-americanos chegaram a insinuar que os Estados Unidos poderão cortar o financiamento à Organização Mundial de Saúde. Mas não se ficaram por aí. Ameaçaram vários países com medidas de retaliação caso dessem luz verde ao documento, avança o “The New York Times”. Ao Equador ameaçaram com o fim da cooperação na área militar e pela imposição de penalizações de natureza comercial. O mesmo fizeram a mais de uma dezena de outras nações que foram alvo de pressões similares da parte da delegação norte-americana.
O golpe na Organização Mundial de Saúde só não resultou, porque a recomendação acabou por passar depois de uma intervenção da Rússia.
António Borges Regedor
Os Estados Unidos impuseram na NATO a despesa aplicada aos parceiros de 2% do PIB. Como todos os estados aliados da Nato usam armamento essencialmente americano. Estamos mesmo a ver quem beneficia com este imposto.
A propósito desta forma de cobrança de imposto a favor do império, refiro o livro “ A civilização Grega” de André Bonnard.
Na guerra contra a Pérsia, (Século V antes de cristo) as cidades gregas fizeram uma confederação com sede em Delos. No entanto, devido à maior força da sua frota de barcos, “Atenas gozava de privilégios particulares no seio da Confederação, devido à força única da sua frota. Tinha o comando das operações militares, donde resultava livre disposição das finanças”. (Como hoje é tão parecido). “...algumas das cidades aliadas, cujos barcos não eram do tipo moderno” forneciam uma contribuição em dinheiro. Só três cidades pagavam em barcos, as restantes pagavam em impostos. O resultado natural dessa supremacia foi Péricles transferir o tesouro da confederação para Atenas. E diz Bonnard “Em teoria, todos os aliados são cidades autónomas e têm direitos iguais, De facto, existe um desiquilibrio entre o poder de Atenas, senhora das operações militares e das finanças, e a fraqueza relativa das cidades aliadas.” (Bonnard: 1980, p.190) (mais uma vez o paralelismo com os dias de hoje). Quando se evidenciavam discórdias, as cidades discordantes eram subjugadas e tornadas súbditas. Atenas fixava o seu tributo anual. “Outras vêem os seus oligarcas expulsos e “democratizado” o governo”...”Instala em diversos lugares governos que lhe são dedicados.” (Bonnard: 1980, p.190) . ( sempre a repetição). É pelos tribunais de Atenas que são julgadas as desavenças de Atenas com os seus súbditos...”. “A Confederação de Delos tornou-se Império de Atenas” (Bonnard: 1980, p.191) .
Felizmente, tem mostrado a história ser ingrata aos impérios. Todos foram perecendo, como é já evidente com o actual império americano. Também este fenecerá, como é da história. Resta-nos a nós súbditos querer ou não erguer a cabeça. Para já, António Costa disse que não seria 2%, mas apenas 1,98%, e não apenas com o novo Fundo Europeu de Defesa, mas também com o futuro Horizonte Europa, destinado à inovação e investigação. E quanto a este último fundo europeu, repete-se a história. Os súbditos não constroem barcos, pagam tributo de cabeça baixa.
A civilização grega / André Bonnard. Lisboa : Edições 70. 1980.
Recentemente o Parlamento Europeu recusou a “Proposta de DIRETIVA DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO relativa aos direitos de autor no mercado único digital”
Uma proposta que visa essencialmente proporcionar às empresas de distribuição dos conteúdos a possibilidade de criar filtros orientados por critérios comerciais. Essa disposição está no artigo 13, que é o que causa o essencial da controvérsia.
Claro que as justificações são as clássicas para convencer a aceitação da directiva. A conversa do costume da defesa dos consumidores. Para logo de seguida afirmar no texto a sua real intenção: “Os editores de imprensa estão a ter dificuldades em conceder licenças sobre as suas publicações em linha e em obter uma parte equitativa do valor que produzem.”
A incidência da directiva é obviamente a internet que actualmente é o meio que nos permite a maior informação possível. Permite aceder às mais diversas fontes de informação, estabelecer contactos pessoais e profissionais, aceder a música, imagens e outros grafismos. Trabalhar em linha e muita outra coisa.
O que a Comissão Europeia propões é permitir que as grandes empresas controlem o que fazemos na internet. Controlar o nosso acesso à diversidade de informação por razões mercantilistas é inaceitável. vez
Desta vez não foi aprovada, mas voltará ao Parlamento Europeu.
O que acontecerá caso seja aprovada essa directiva, é que cada um de nós para aceder aos mais diversos conteúdos, seja caricatura, fotógrafia, documento, música, dança, blogue, jornal, o que quer que seja, irá ficar dependente de pagamento de direitos para ter esses conteúdos em linha e passar os filtros de direitos que essas empressas queiram estabelecer.
António Borges Regedor
As orientações académicas de publicação da informação científica são também, e naturalmente, influênciadas pelos paradigmas vigentes e consequentemente sujeitos ás ideologias que os suportam. É natural que assim seja. Os pensamentos dominantes formam tendências, corentes de opinião, e num determinado momento tudo parece natural, certo e bem encaminhado. Até que no novo paradigma surjam problemas que o tornem não capaz das melhores soluções e práticas.
Assim foi nas políticas de edição científica. Influênciadas por paradigmas assentes ideológicamente em correntes neoliberais, levaram à passagem da edição científica para a iniciativa privada.
Desde a fundação das Academias de Ciência, a legitimação da ciência é feita pela apresentação aos pares da produção científica. Modernamente e dada a dimensão e dispersão (globalização) da comunidade científica, a a apresentação e discussão da produção científica é feita pela publicação.
Aquilo que era prática das instituições académicas de produção científica, publicarem as investigações por si financiadas deixou de o ser. A publicação científica foi , por influência do paradigma neo-liberal, gradualmente passando para as mãos de editores privados.
E também, naturalmente em mercado neo-liberal, as pequenas editoras foram canibalizadas por grandes fundos de investimento que encontraram nesse segmento de mercado enorme vantagem económica. A publicação científica é essencial, todas as instituições académicas precisam dessa matérias prima para os seus investigadores. Ora aqui está um dos melhores negócios. O investigador tem de publicar. Mas também precisa de comprar a informação que se produz, so pena de ficar desactualizado. As instituições pagam aos seus nvestigadores, mas também pagam para comprar a informação de que eles necessitam. Ou seja, pagam duas vezes. E com a edição em regime privado e de monopólio quem faz os preços do custo da informação científica são os editores. Mas mais, é que a empresa editora que também tem os instrumentos de avaliação, determina quais os investigadores que têm mais citações, e quais as revistas que devem ser compradas pelo factor de impacto que são eles próprios a determinar.
Em resumo, tudo gira à volta de um império editorial global, monopolista , autoritário e sem controlo.
Assim se fez a a Elsevier, uma das maiores editoras de publicações científicas.
Neste novo paradigma de informação científica que tem de ser paga para ser acedida, é por si mesmo limitação à informação.
A resposta tem vindo a ser feita pela publicação aberta para . A Necessidade de informação aberta levou á criação de repositórios de acesso livre. As academias têm vindo a criar repositórios de acesso aberto, e os Estados têm vindo a criar repositórios nacionais. Hoje o movimento pela acesso livre à informação científica não se limita aos artigos, mas também ao dados científicos. Nesta nova linha de orientação a própria Comissão europeia tem por objectivo o Acesso Aberto de todas as publicações científicas até 2020. Para isso desenvolve a Plataforma Científica Open Cloud Europeia e Open Science Policy. De notar que o Comissário Europeu para Pesquisa, Inovação e Ciência, é o português Carlos Moedas que se diz adepto da Open Sicence. Para este objectivo a Comissão Europeia contratou um Monitor do Opena Science para lhe fornecer os dados de desenvolvimento do programa.
Até aqui tudo bem. Pretender desenvolver a Ciência Aberta, criar programas para o efeito e monitorizar esses mesmos programas. Mas eis que o Carlos Moedas decide escolher para monitorizar o programa, exactamente a entidade que assenta toda a sua política editorial contra o princípio da ciência aberta, que sempre se opôs ao princípio e á filosofia e que conspira contra ela. Carlos Moedas coloca a decidir da evolução da ciência aberta, a entidade que por definição é contra aquilo que vai opinar. Jon Tennant num artigo no The Guardian diz mesmo que a Elsevier corrompe o opens science na europa https://www.theguardian.com/science/political-science/2018/jun/29/elsevier-are-corrupting-open-science-in-europe?CMP=share_btn_fb
São produtos e serviços da Elsevier, como como o Scopus, o Mendeley e o Plum Analytics. Que fornecem as métricas de citações e de factores de impacto das revistas científicas.
Em 2004, a Elsevier dirigiu-se ao Comitê de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Comuns do Reino Unido argumentando que viam riscos associados ao Acesso Aberto, como ameaças à integridade científica e à qualidade da pesquisa.
Em 2007, a Elsevier fazia parte de uma campanha de relações públicas procurando pressionar o Congresso dos EUA contra o acesso aberto. Nos EUA, a Elsevier apoiou uma série de projetos de lei incluindo o Research Works Act (RWA), para o qual fizeram inúmeras contribuições financeiras aos membros da Câmara dos Representantes.
Tudo isto para impedir o crescimento dos repositórios de Open Science.
Ao mesmo tempo a prática da Elsevier era de encarecimentos das edições e publicação. A Restrição do acesso, para ganhar o máximo com o fornecimento das suas revistas ás bibliotecas universitárias, agravado por se tratar de um mercado editorial onde praticamente eliminaram a concorrência.
O monitorizador, que deveria ser independente dos agentes em presença no mercado editorial, é afinal um interessado e vai monitorizar, opinar e propor desenvolvimentos em causa própria.
Todos nós que estudamos bibliometria sabemos que os factores de impacto, as contagens de citações e os índice “h”, resultam dos lotes de revistas que fazem parte das contagens. Que os indexadores sendo predominantemente do universo anglo-saxónico, revertem para este a prevalência e importância e liderança. Tomemos então o exemplo bem mais elementar: a Springer Nature, concorrente da Elsevier ficará muito provavelmente arredada dos mais significativos factores de impacto nas métricas da CiteScore que é propriedade da Elsevier.
É péssimo quando as coisas começam mal. Tarde ou nunca se endireitam.
Na foto: S. Bento. Folha do Gradual – Santoral de Santa Maria degli Angeli. Lisboa, Museu Calouste Gulbenkian, M 35. Itália – Florença, século XIV (finais); iluminura de Don Silvestro dei Gherarducci. Pergaminho, 379x305 (324) mm, fl.56
O actual Arquivista e Bibliotecário do Arquivo Secreto do Vaticano (ASV) é Português. Mas o nome deste arquivo lança muita confusão e preocupação. É arquivo, mas não é secreto como o nome parece indicar. O termo secreto tem origem em meados do século XVII e resulta do termo privado. Tão só como isso. Arquivo privado.
Na verdade, não é mais do que um arquivo de uma instituição. Foi-se constituindo pela custódia de todo o tipo de documentos que resultam do desempenho da actividade do Vaticano. Não é portanto, secreto como o nome parece indicar. Como todos os arquivos tem regras de acesso, que podem ser mais ou menos restritas. Na realidade permaneceu sem acesso público até ao final do século XVIII. Actualmente pode ser consultado.
Até ao século XVII estava integrado na Biblioteca do Vaticano. A 23 de julho de 1630 Urban VIII estabelece a autonomia do Arquivo Secreto Vaticano da Biblioteca Apostólica.
O documento mais antigo em depósito neste arquivo parece ser apenas do século VIII. São oito séculos sem arquivo desta instituição. Podia ser um pormenor apenas. Mas não o é. Os arquivos espelham a actividade das organizações que os produzem. E os documentos que o constituem têm antes de mais, valor probatório. Quer dizer que são a fonte de verdade. Só depois ganham ou não valor histórico. Sendo que não há história sem esses documentos fonte.
O segundo período da história da igreja é o da escassez documental que se estende até ao século XII, mais concretamente até 1198.
Daí em diante o arquivo é mais digno do nome e função.
Foi a partir de 1881, no tempo de Leão XIII, que os arquivos passaram a a poder ser consultados e estudados por não clericais. A reserva de confidencialidade é actualmente de 75 anos para o ASV. A partir daí é possível a consulta a investigadores sem restrição de país ou religião.
Por curiosidade o 'Archivum Vetus - continuará a preservar os documentos mais antigos e preciosos da Santa Sé, armazenados em armários de madeira e classificados por áreas geográficas. E como também é natural nos arquivos, o seu crescimento dita a necessidade de novos depósitos que no ASV foram inaugurados por João Paulo II em 1980 e se denominam “Bunker”. De resto há salas mais antigas também com denominações. O Piano Nobile, os salões de Chigiane e as salas evocativas da Torre dei Venti.
É calculado que o ASV acolha anualmente cerca de 1.500 académicos de mais de 60 países, fornecendo-lhes quatro Salas de Estudo, todas equipadas com tomadas de energia para computadores pessoais: uma sala para consulta de documentos originais, duas salas para consulta de material impresso e visualização de reproduções digitais de documentos e uma sala para consulta de inventários e outras ferramentas de pesquisa.
Como em qualquer arquivo, o percurso de investigação inicia-se nos índices, que no ASV a “Sala Indici” tem o nome de “Leone XIII”, entre outros mais modernos, naturalmente, os investigadores podem ainda satisfazer a sua curiosidade acedendo ao seu mais antigo instrumento de pesquisa. O Calendário Garampi", datado de 1881. A sala de leitura denomina-se “Pio XI”. As referências estão numa sala denominada “Sisto V”.
Os depósitos são vários e localizados em vários edifícios, o que resulta naturalmente do seu crescimento.Como não podia deixar de ser num arquivo de grande qualidade têm espaços específicos para os diversos suportes documentais e em condições adequadas de temperatura e humidade relativa, sistema de termo-ventilação, sistema de combate a incêndios e um sistema de iluminação de emergência.
Mas o ASV não se limita apenas à sua função primordial de custódia da documentação grada pelo Vaticano. Tem também uma escola de paleografia e crítica aplicada (Diplomática) com mais de cem anos. Fundada por Leão XIII em 1884. Três anos após se iniciar o primeiro índice do ASV. Essa Escola Vaticana de Paleografia, Diplomática e Arquivo pode ser visitada.
A pesquisa no Arquivo Secreto do Vaticano é gratuita e aberta a académicos qualificados, que têm interesse em realizar investigações científicas. O requisito necessário é a posse de grau universitário. A obtenção da autorização implica a apresentação de documentos da instituição de investigação a que se pertence e a carta de motivação da pesquisa e uma carta de recomendação de académico qualificado no âmbito da pesquisa. Cada pedido de consulta tem a duração máxima de três meses. Pode ser feita electronicamente e numa semana tem a resposta
Fonte:
http://asv.vatican.va/content/archiviosegretovaticano/it.html
António Borges Regedor
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