. A linha do Vouga voltou a...
. Mosteiro de São Salvador ...
. ...
. IFLA e Lei de Bibliotecas...
. Manifesto 2022 para as Bi...
. Boavista
. O Porto ainda a meio do s...
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
No passado dia 25 de Março, a Biblioteca Pública de Évora fez 213 anos. A sua origem relaciona-se com a morte, em 1800, de Frei Joaquim Xavier Botelho de Lima que deixou no Paço Metropolitano um vasto e valioso núcleo de livros encadernados. É nomeado para Arcebispo de Évora D. Frei Manuel do Cenáculo. Foi com essas obras que estabeleceu o fundo original da futura biblioteca.
A crescente influência das correntes culturais do Iluminismo no nosso país e os progressos no comércio, indústria e, principalmente, do ensino que marcam este período do século XVIII tardio, contribuem para a paulatina mudança de mentalidades. Datam igualmente do século XVIII importantes e decisivas iniciativas no âmbito científico e educativo, de entre as quais destacamos, nomeadamente: a fundação da Real Academia de História (1720), a fundação do Real Colégio dos Nobres (1761), a instituição da já referida Real Mesa Censória (1768), a formação da Imprensa Régia (1772), a reforma da universidade e a promulgação dos estatutos (1772), a lei relativa à organização do ensino primário (1772) e, finalmente, a fundação da Academia Real das Ciências (1779).
É ainda neste período do ministério do Marquês de Pombal que se lançam as bases de uma profunda e radical mudança em todos os níveis de ensino. (1)
Segundo (Vaz, 2006) “A biblioteca como espaço público, ou seja, como local frequentado por categorias sociais diversas e incluindo os grupos populares, é uma invenção do século das Luzes. A abertura de bibliotecas ao público, bem como a sua multiplicação, integra-se no contexto cultural de finais do século XVIII...” (2)
Em 1802 D. Frei Manuel do Cenáculo foi nomeado arcebispo de Évora. Logo no ano seguinte iniciou a adaptação para biblioteca, do Pavilhão do lado Oeste do Paço Episcopal. As obras duraram cerca de dois anos e quando terminaram, a 25 de Março de 1805, Cenáculo quis por sua mão iniciar a instalação da biblioteca. Ainda numa concepção de biblioteca privada. E de ideia e obra muito própria, escreveu no seu diário: “ Fui pôr o primeiro livro nas estantes da minha livraria; foi o primeiro tomo da Polyglota de Ximenes; fui com o vigário geral, capellães e pessoas da família. Mandei abrir um caixote e o primeiro livro que deparei foi a 'Évora Glorioza', o que me pareceu coisa de reflectir". (3)
Os Estatutos foram publicados em 21 de Setembro de 1811, e foram asseguradas a favor da biblioteca, as rendas provenientes da Mitra e da Fábrica da Sé.
Cenáculo tinha ainda uma concepção de Biblioteca –Museu e dessa forma foram constituídas as colecções da Biblioteca, como se pode verificar por um relatório de
1845 em que constavam : "25.000 volumes singelos, 5.000 volumes dobrados, 1800 códices manuscritos, 6.000 e tantas medalhas; 300 e tantos painéis, um pequeno museu de productos naturais; outro de raridades, monumentos da antiguidade, lapidas, inscrições, etc."
Passou ainda pela vicissitude de ter sido saqueada aquando da Guerra Peninsular, ter sofrido um forte revés dado pelo Miguelista D. Frei Fortunato de São Boaventura.
Permitiu a vitória liberal que fosse enriquecida com incorporação de fundos de conventos extintos e ao longo do tempo fosse igualmente beneficiando de doacões e aquisições.
A República, em 1916, anexa à Biblioteca o Arquivo Distrital, situação que se manteve até ao Decreto –Lei nº 60 de 1997.
Entretanto o Estado Novo garante-lhe o acesso a toda a bibliografia produzida no país, a parir de 1931, através do expediente do Depósito Legal. Dez anos depois inaugura a hemeroteca.
A Biblioteca de Évora é ainda um caso particular no sistema nacional de bibliotecas públicas, porque pelo Decreto-Lei 92/2007 de 29 de Março passou a integrar a Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas, e desde 2012 integra a Biblioteca Nacional de Portugal.
Bibliografia
(1) Regedor, António B. - Bibliotecas, Informação, Cidadania. Políticas Bibliotecárias em Portugal. Séculos XIX-XX. Porto: Universidade Fernando Pessoa. 2014. http://hdl.handle.net/10284/4291 p.45
(2) Vaz, Francisco António Lourenço (2006) – “A Fundação da Biblioteca Pública de Évora”, in: Vaz, Francisco A. Lourenço e Calixto, José António, Frei Manuel do Cenáculo, Construtor de Bibliotecas, Casal de Cambra: Caleidoscópio, p. 57
(3) Biblioteca pública de Évora . Wikipedia https://pt.wikipedia.org/wiki/Biblioteca_P%C3%BAblica_de_%C3%89vora consultado em 7Abril 2018
NOTA SOBRE A FOTOGRAFIA
Com esta foto do depósito pretendo mostrar que uma biblioteca não é apens estantes, mesas e cadeiras.
É um infinito de trabalho, informação, potencialidade.
António Regedor
20 de Abril de 2018 no ISCAP.
O XII Encontro CTDI apresenta-se como um fórum de reflexão sobre o papel dos Big Datas enquanto novas fontes de informação e conhecimento a decorrer no dia 20 de Abril de 2018 no ISCAP.
Este ano o tema centra-se nos grandes conjuntos de dados que se encontram armazenados um pouco por todo o mundo – Big Data. Esta expressão (Big Data) associa-se aos 5 V: velocidade, volume, variedade, veracidade e valor. Efetivamente, a informação é, hoje o pilar da atual sociedade, no entanto, dado a quantidade de informação armazenada e disponível para posterior consulta, podemos identificar alguns dos desafios que se colocam atualmente e que se centram na análise, recolha, gestão e manutenção, pesquisa, partilha, armazenamento, transferência, visualização e, por fim, a privacidade dos dados. Facilmente se percebe que os desafios se centram ora nas questões físicas, ora nas questões virtuais associadas aos dados mas ainda nas questões legais e de privacidade de dados bem como na falta de profissionais com competências para lidar com a informação.
Comissão Científica:
Agostinho Sousa Pinto
Ana Isabel Azevedo
Ana Lúcia Terra
Ana Paula Camarinha
Anabela Serrano
António José Abreu
Luís Silva Rodrigues
Manuela Cardoso
Maria Inês Braga
Mariana Malta
Milena Carvalho
Paulo José Trigueiros
Rosalina Babo
Rui Humberto Pereira
Susana Martins
Temas
Ciência da Informação
Business Process Management
Ensino e Investigação em Ciência da Informação
Ciência da Informação em saúde e da saúde digital
Gestão de Sistemas de Informação
Gestão do Conhecimento
Governação de Sistemas de Informação
Inovação e Modelos Abertos
Open Data
Open Science
Modelação de Dados e de Sistemas de Informação
Sistemas de Apoio à Decisão
Sistemas de Informação nas Organizações e na Sociedade
Antigos colegas, ex-alunos, amigos, fazem-me chegar, naturalmente, muitas e variadas notícias da actividade das Bibliotecas Públicas. O que agradeço que continuem a enviar. Não apenas das portuguesas. Mas para o caso, interessam as nacionais. Muito resulta da actividade regular. Algumas actividades são já entendidas como fazendo parte da tradição e por isso não deixam de ser feitas. Umas incidem mais na promoção clássica do livro, outras da actividade cultural para além do livro e da leitura. Outras têm carácter inovador, procuram estar atentas à evolução social e tecnológica, procuram novos públicos, e nova inserção social. Não se isolam. Com parcerias atingem maior inserção, reconhecimento e imagem. Muitas bibliotecas públicas apresentam bons produtos.
Já, aqui no bibvirtual, relatei alguns bons outputs de bibliotecas, e isso deixa-me a vontade de iniciar uma rubrica com o que se faz nas bibliotecas, pela promoção do livro, da leitura, das literacias; pela qualidade, inovação e criatividade; pela informação, cultura e cidadania, num panorama nacional que ainda é pobre em políticas culturais, de informação e de cidadania.
São muitos os exemplos. Irão sendo dados ao longo do tempo.
António Regedor
A Biblioteca Pública de Évora tem mais uma iniciativa na sua missão, que lhe reforça a componente de preocupação social, e que em muito pode contribuir para melhorar a qualidade de vida de uma parte da população.
É uma iniciativa de livros ao domicílio.
É umprojecto de parceria da Biblioteca Pública de Évora com a Junta de Freguesia do Centro Histórico.
Consiste na entrega ao domicílio, a cidadãos com dificuldade de locomoção ou horário, que os impede de acesso à biblioteca.
Esta iniciativa tem igualmente a preocupação de se enquadrar na mobilidade suave. Utiliza a bibicleta. Um meio de transporte económico, ambientalmente amigo, saudável. Uma preocupação que tem vindo a crescer e que poderá vir a dar ás cidades um ambiente mais agradável, sustentável, humano
António Regedor
. Livros que falam de livro...
. Dança
. Rebooting Public Librarie...