. A linha do Vouga voltou a...
. Mosteiro de São Salvador ...
. ...
. IFLA e Lei de Bibliotecas...
. Manifesto 2022 para as Bi...
. Boavista
. O Porto ainda a meio do s...
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
Tempos houve que se faziam pubicações de sumários de artigos científicos, para depois comprar a revista onde o artigo era publicado. Imaginam o que era aceder à fonte primária nesse contexto, e o tempo e custo que implicava. Com o digital passou a ser corrente disponibilizar de imediato o full text. Os repositórios em fonte aberta vieram faclitar ainda mais a pesquisa dos artigos científicos. Estamos agora a passar à fase que não são apenas os artigos que se disponibilizam, mas também os dados dos estudos que conduziram a esses artigos. Em pouco tempo, grande saltos dá a forma de produzir ciência
António Borges Regedor
José Eduardo Agualusa continua a produzir imenso.
Está para breve, mais um livro.
“O paraíso e outros infernos “ é o próximo. Editado pela Quetzal.
"..."Sonhei contigo."
"Sim, eu sei", respondi. "Estávamos ambos num imenso jardim cheio de borboletas.""
A biblioteca tem uma vasta gama de actividades de intervenção social dirigida ao público adulto.
Uma das oficinas é de desenhar livros. A proposta parte da origem comum de desenho e escrita. É gratuito, e fácil de inscrição que pode ser feita por telefone ou email.
O cuidado de se dirigir a público adulto, é que se se realiza aos sábados.
Uma outra iniciativa é o das "Tecnologia para viver melhor” e as matérias a bordar são: “Gmail; noções básicas de pesquisas e segurança na internet; Administração e governo electrónico; leitura digital; Whatsapp; conhecer nosso smartphone; música e fotografia digital; Facebook E Twitter ou criar um canal do youtube” É sem dúvida uma oferta diversificada que pode ser feita no todo ou apenas em cada um dos assuntos que interesse ás pessoas.
Isto de ser uma biblioteca interventiva e socialmente útil, parece não carecer de muita imaginação nem investimento. Basta não se estar acomodado ás velhas práticas que apenas se dirigem às crianças escolarizadas e que hoje são uma redundância, face ás boas condições e até maior quantidade de bibliografia adequada e disponível das bibliotecas escolares.
António Borges Regedor
SEIA
Não sendo tão rápido como gostaríamos, nem com os recussos decisórios e financeiros da Administração Central, a Rede Nacional de Bibliotecas Públicas vai sendo construída.
Naturalmente, e por vontades e empenhamento diversos,as bibliotecas públicas vão-se ligando pela proximidade que forma a rede fina do que se pretende nacional. O isolamento não é a melhor opção. Uma biblioteca por si é pouco. Por muito bem que desenvolva a sua missão, Em colaboração ganha maior dimensão, visibilidade e recussos.
A Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, a Câmara Municipal de Seia e a Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela organizam, no próximo dia 5 de Junho, em Seia, o 1º Encontro das Redes Intermunicipais de Bibliotecas Públicas.
“Trinta e dois anos nos distanciam da assinatura do despacho de criação da Rede Nacional de Bibliotecas Públicas que colocou ao serviço do país instituições únicas no acesso ao conhecimento, equipamentos culturais de proximidade, que possibilitam o acesso gratuito à informação a milhares de pessoas. Uma revolução considerada silenciosa, alteradora dos equilíbrios sociais, essencial para o desenvolvimento social, cultural e educativo dos territórios.
A Direção-Geral dos Livros, Arquivos e Bibliotecas tem vindo a desenvolver uma estratégia de criação de redes intermunicipais de bibliotecas públicas municipais assente num contacto direto e de proximidade com os Municípios e os bibliotecários que pretende servir de base a um novo tipo de programa de requalificação de serviços, com uma visão inclusiva e diversificada no panorama biblioteconómico nacional.
É neste contexto que começam a nascer os Grupos de Trabalhos no seio das Comunidades Intermunicipais (aprovadas pela Lei 75/2013 de 12 de setembro), promovendo trabalho em rede descentralizado, de âmbito regional que, ganhando escala, tem fomentado o conhecimento mútuo e reforçado a identidade territorial.
Em pleno Século XXI, este é o momento de mudança de paradigma, tendo sempre como pano de fundo, a defesa do serviço das bibliotecas públicas, fomentando a cooperação e o trabalho em rede entre bibliotecas, numa lógica de partilha de recursos e serviços”.
O Encontro terá lugar na Casa Municipal da Cultura de Seia. O Programa estará disponível em breve.
Quero aqui expressar os meus parabéns à Dra. Teresa Rua, amiga, colega há muito anos, que reconheço como competente, interessada, boa pessoa.
Email: casacultura@cm-seia.pt
António Regedor
A Biblioteca Municipal Almeida Garrett (BMAG), no Palácio de Cistal, Porto oferece excelentes condições para sábados em família. Das coisas que mais me agrada é ver pais, mães e filhos a usarem de forma livre e diversa os espaços da biblioteca e partilhá-los com os restantes espaços do Plácio de Cristal, seja a aventura da descoberta do contíguo jardim romântico da quinta da macieirinha, ou do parque infantil deste espaço público da cidade do Porto.
No sábado passado a BMAG teve um ainiciativa que podemos clasificar nas novas tendências de utilidade social da biblioteca pública. Destiva-se a um segmento de público que não tem sido o principal alvo da maioria das bibliotecas. O público adulto e já fora do sistema escolar. Claramente o público que pode constituir o principal segmento no futuro das bibliotecas.
A iniciativa da BMAG assume grande importância do ponto de vista da saúde de todos nós.
Trata-se de das a conhecer o portal do serviço nacional de saúde
António Regedor
15 de Abril de 1972
Em Portugal, vivia-se o Marcelismo.
Salazar, o ditador, já tinha morrido. Caiu da cadeira, nomearam um novo chefe de governo. Marcelo Caetano, e mantiveram o Salazar a pensar que continuava a ser o Presidente do Conselho de Ministros (como ele dizia). Os ultras da ditadura até ao chefe mentiam. De tal maneira que, já com o governo de Marcelo em funções, alguns ministros davam-se à farsa de irem ter com Salazar, simular que iam a despacho na cama do hospital.
Dou esta nota trágica, de cómica que se torna agora à distância, e que tem muito de kinestésica e merecia a risada num espectáculo de comédia.
Mas apesar da comédia, o terror da ditadura nada mudou, desde a morte de Salazar em 1970. A polícia política apenas tinha mudado de nome, a censura continuava. A guerra colonial agravava-se. A fome, a mortalidade infantil, a fuga para o estrangeiro eram o visível quotidiano de 1972.
Nesse ano a 15 de Abril, foi convocada uma manifestação para a baixa do Porto. Hora de saída dos empregos. Ponto de passagem para a estação de S. Bento e da Trindade. Terminal dos transportes colectivos, corredor de circulação para Gaia pelo tabuleiro inferior da ponte Luíz I. Centro nevrálgico da cidade, mas também de enorme valor simbólico. Praça da Liberdade, em torno da estátua equestre de D. Pedro IV, O liberal que segura na sua mão a carta constitucional. A estátua está no lugar onde as tropas liberais chegaram um dia depois de desembarcaram na praia do Mindelo, Leça, onde hoje se pode ver o obelisco da memória. Tropas que sofreram o cerco do Porto pelos absolutistas, mas que resistiram. Por isso o Porto se reclama de invicta.
A Avenida dos Aliados fica na contiguidade da Praça da Liberdade e sem que se note onde está o limite. Apesar do regime se posicionar no eixo Nazi, a Avenida dos Aliados é igualmente de grande valor simbólico para agregar os que se aliaram contra o nazismo e agora se pretendiam manifestar contra o regime da ditadura e resquício desses tempos.
Como era habitual, nos dias 1º de Maio, a Praça, a Avenida, Ruas e locais circundantes tinham mais gente. E também como habitual, a zona era cercada de polícia e infiltrada de pides e legionários à paisana. A determinado momento os transportes passavam os términos para o Largo do Carmo e Praça da Trindade, e com cargas de bastonadas toda a zona desde o passeio das Cardosas ao edifício da Câmara era varrida de populares.
Eu já tinha visto cargas policiais, policias à civil a colocarem braçadeiras e a puxarem de cassetetes, legionários que desocultavam fitas dos bolsos dos casacos e batiam desalmadamente quem iam apanhando na sua proximidade. Tinha já pontos de fuga pensados, por entre o avanço da polícia. Já tinha ficado encurralado na sequência de manifestações estudantis, mas sem consequências. Uma vez numa cervejaria da baixa, mas tinha subido para o primeiro andar, uma outra vez na rua de Cedofeita e sido abrigado numa casa comercial que logo de seguida fechou as portas à polícia.
No 15 de Abril estava praticamente entre a Praça e a Avenida, não muito afastado da rua de Sampaio Bruno, que seria um dos pontos de fuga. Tinha-se concentrado mais gente que habitualmente no primeiro de maio. O caminho para a Praça da Liberdade era de reconhecer o posicionamento da polícia. Como habitualmente o dispositivo consistia em colocar várias carrinhas cheias de policia atrás da Câmara Municipal, Na Praça D. João I, em frente à estação de S. Bento, Largo dos Lóios, e Praça Filipa de Lencastre. A zona literalmente cercada, ficando quatro ruas estreitas, e muito pouco tempo por onde fugir. A Praça, em volta da estátua de D. Pedro IV estava literalmente pejada de gente. Alguns rostos conhecidos. Movimentos comprometidos, olhares instintivos, ouvidos alerta. Desta vez, do lado norte da estátua equestre, ergue-se uma bandeira nacional e o desfile inicia-se. Arranca quase de imediato o avanço da polícia, as correrias e a agitação dos agentes da pide e legionários que infiltrados iniciam as bastonadas e fazem prisões. A manifestação só teve tempo de avançar até ao início da Avenida , até junto à estátua da menina despida. Mas esse tempo de percurso tão curto e tão rápido, foi demasiado para a fuga planeada. Desta vez, pela rua estrita de S. Paio Bruno também avançou a polícia. Estava encurralado e havia que voltar para trás, para o café sport. O mais para o fundo possível. E fechar a porta à polícia. O café parecia ter ficado vazio dado o espaço que mediava o ajuntamento ao fundo do café e a porta. Não havia conversa. O tempo foi suspenso, em silêncio. Aguardar o nada. Com mais silêncio e sem mais correrias. A polícia aparece na frente do café, mandando abrir a porta. A ordem foi evacuar o café. A saída foi em fila indiana, encostados à parede e a caminho da Rua Sampaio Bruno. Ficava a incógnita. Era só medida de evacuação ou encaminhamento para a cadeia? Numa barreira a meio da rua um polícia mandava para trás. Mas a informação de que estávamos no café e um chefe nos tinha mandado sair exactamente por ali, deixou continuar a fila indiana. O truque da serenidade resultou. A retirado foi por Sá da Bandeira. Mas pelo menos não fora preso.
António Borges Regedor
Para início desta rubrica , aqui no blog, tive necessariamente por optar pelo tema das itinerantes. Elas fazem parte do imaginário da maioria da população que viveu o século XX em Portugal. Um ano depois do início das emissões de televisão, a Fundação Calouste Gulbenkian concorre com essa nova forma de ver o mundo e envia pelo país bibliotecas cheias de livros para leitura pública. Hoje com uma rede de bibliotecas municipais, os bibliobus são um prolongamento daquelas.
Inevitavelmente a entrevista teria de ser feita a um bibliotecário que dá o rosto pelos bibliobus. Nuno Miguel Cardoso Marçal. Conheci-o em Portalegre, apresentado por um ex-aluno e amigo Norberto Lopes.
Onde decorreu a tua formação em ciência da informação?
No Curso de Especialização em Ciências Documentais (variante Bibliotecas) na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias e ao volante da Bibliomóvel a percorrer estradas, terras e Pessoas de Proença-a-Nova.
Em 1998 estava a concluir a licenciatura em Sociologia e reflectia qual seria o futuro profissional que esse curso podia trazer no regresso a Castelo Branco. Resolvi apostar na especialização, num final de tarde sentado na esplanada da Faculdade reparei nuns folhetos de divulgação e entre eles estava o de Ciências Documentais. Não foi amor à primeira vista, mas ao longo destes anos aprendi a respeitar esta profissão e a amar tudo o que com ela está relacionada, principalmente neste campo das Bibliotecas Itinerantes.
Em 2006 houve uma reorganização funcional nos serviços da Biblioteca Municipal de Proença-a-Nova, simultaneamente o projecto da Bibliomóvel foi aprovado, financiado e concretizado. 26 de Junho de 2006 lá estava eu sentado ao volante de uma Biblioteca Itinerante(Bibliomóvel) a fazer aquela que seria a primeira de muitas andanças a ir,levar,estar e dar Biblioteca Pública sobre rodas.
Que outros serviços são prestados pela autarquia, aproveitando o bibliomóvel?
Sempre tive uma obsessão pela Utilidade da Biblioteca, creio que que está aqui a chave para a reconquista da relevância social e até da sua sobrevivência. Desde o início procurei trazer o máximo de funcionalidades e utilidades que pudessem abranger as mais diversas áreas, sempre com o intuito de ser mais útil, de fazer mais e tentar fazer melhor indo ao encontro das necessidades daqueles que todos os dias passam, entram e usam aquilo que somos, levamos e damos. Para além dos habituais e “normais” serviços prestados por qualquer Biblioteca, na Bibliomóvel possuímos também o Balcão Móvel do Município, onde se prestam alguns serviços relacionados com o preenchimento e entrega (via electrónica) de requerimentos e formulários disponíveis no Balcão Único do Município. Existe também a possibilidade de efectuar pagamentos e carregamentos de telemóvel com referencias multibanco, através de um ATM portátil.
Em 2017 iniciamos uma parceria com a Unidade Móvel de Saúde do Município, levando dentro da Bibliomóvel o seu técnico e com equipamento básico fazemos rastreios dos níveis de colesterol, glicemias e tensão arterial.
Achas ainda poder introduzir novos serviços? Tempo de comunicação com familiares tipo “skype” ?
Esse serviço esteve sempre presente quase desde o início deste projecto. Quando a internet foi instalada na Bibliomóvel, automaticamente ela foi usada por familiares para contactar com os seus que estão espalhados um pouco por toda a Europa, primeiro via chat e depois com a instalação de uma webcam juntamos as palavras com a imagem.
Hoje em dia com a proliferação de smartphones, a utilização deste meio de comunicação diminuiu no entanto como possuímos rede wi-fi, ela continua a ser usada para estabelecer contactos.
Mais que novos serviços pretendo consolidar os existentes, tentando sempre melhorando aquilo que já fazemos, prova disso é a instalação de um leitor de cartão do cidadão e a ajuda na criação e uso da Chave Móvel Digital.
A regressão demográfica não te preocupa?
Muito!
Nestes doze anos vi partir muita gente(demasiada), quer pela ordem natural da vida quer pela desordem desta realidade nacional que divide o nosso país entre um país de oportunidades e um outro onde o abandono, o envelhecimento da população são doenças, com curas anunciadas mas apenas com alguns paliativos receitados.
Quero e gosto de acreditar que podemos tentar fazer acontecer a diferença no quotidiano destas Pessoas e com esse espirito que todos os dias nos fazemos à estrada. Sou um optimista/realista e ainda tenho esperança num país mais equilibrado e igual no acesso a oportunidades de desenvolvimento sustentável. Ainda tenho esperança!
O CV do Nuno Marçal
Nome: Nuno Miguel Cardoso Marçal
Data de Nascimento: 20/09/1974 em Castelo Branco
2 – FORMAÇÃO ACADÉMICA
2001 – Curso de especialização em Ciências Documentais, variante de Bibliotecas concluída na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias.
1999 – Licenciatura em Sociologia concluída, na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias.
3 – EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL
4 – PUBLICAÇÕES
5 – DISTINÇÕES/REFERÊNCIAS
Nota Biográfica
Nuno Marçal
Nasceu em Castelo Branco a 20 de Setembro de 1974.
É bibliotecário, por paixão na Biblioteca Municipal de Proença-a-Nova desde o ano 2002.
No ano de 2006 iniciou as funções de Bibliotecário-
Ambulante, onde tenta conciliar a Razão e a Paixão ao volante da Bibliomóvel, projecto itinerante de biblioteca, que se desloca pelas povoações das quatro freguesias do concelho de Proença-a-Nova com o intuito de divulgar o livro a leitura e sempre algo mais...
Editor do blogue: http://opapalagui.blogspot.com/ onde retrata e relata as andanças da Bibliomóvel por terras e gentes de Proença-a-Nova.
A Biblioteca Pública de Almeirim promove, no programa escritor do mês, Paul Auster, um escritor ainda vivo e a produzir, nascido em 1947 em Newark , uma cidade americana com muita população portuguesa. Autor de Leviathan (1997) reeditado no ano passado; Lulu on the Bridge (1999); A trilogia de Nova Iorque (2002); As loucuras de Brooklun (2006); A História da Minha Máquina de Escrever(2006); O livro das Ilusões (2009); Sunset Park (2010); Diário de Inverno (2012); 4 3 2 1 (2017), entre outros.
Comemora o dia do Livro e o dia Internacional do Livro Infantil, faz contos para bebés e para crianças, cinema para séniores. Tem uma sessão temática denominada Clientes da Cultura e ainda realiza uma Feira de Livro Usado.
António Regedor
. Livros que falam de livro...
. Dança
. Rebooting Public Librarie...