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Também se comemora o dia da escrita à mão.
Escrever à mão, parece já se praticar desde o paleolítico. Na evolução da escrita, pouco importa se é ideográfica ou fonética. O que importa é que se escrevia à mão. Apesar de utilizar diferentes instrumentos a escrita é sempre feita à mão. Estilete na escrita cuneiforme, pincel de cana no papiro e pena fendida no pergaminho. A escrita cursiva aumenta a rapidez de execução.
“A tradição helénica também atribui aos Fenícios a invenção da escrita.”( McMurtrie 1965).
A escrita fenícia era feita da direita para a esquerda. Os gregos utilizaram um processo de escrever alternadamente linhas da direita para a esquerda e em sentido oposto da esquerda para a direita. Chamavam a esta escrita, bustrofedon. A cursiva romana tinha a característica de arredondar os traços direitos e a de estender os traços para cima e para baixo da linha de escrita.
É a partir do século IV que se verifica a influência da cursiva com o tamanho de polegada e a que se designa de “uncial”. É o estilo que mostra o início da minúsculas. Por exemplo: a letra “E” arredondou-se para a forma “e”. O traço do “G” curvou-se para cima e formou o “g”. As linhas rectas do “M”, passaram a curvas “m”.
Depois evoluiu para as semi-unciais que possibilitavam a ligação entre as letras e que foi desenvolvido nos mosteiros da Irlanda. O “Livro de Kells” hoje depositado na biblioteca do Trinity Colege, em Dublin é a sua expressão. Até ao século VIII em que a uncial entra em declínio.
Passou-se ao tempo das minúsculas. Com particularidades locais. Cada centro a desenvolver o seu próprio estilo. Até Carlos Magno criar a escola de Tours que espalhou o novo estilo, a minúscula carolina, por toda a Europa.
No decurso ainda haverá a gótica, até chegar à escrita humanística do século XV semelhante aos tipos romanos actuais. Este estilo alonga as letras para a direita.
E mesmo com a tipografia, “apesar da rápida expansão da arte de Gutenberg, as necessidades quotidianas de documentos da mais variada natureza, a correspondência, as diversas aplicações nos sectores económico, mercantis, jurídico, cultural, etc, exigiam um recurso constante à escrita feita à mão, mais expedita e consentânea com as necessidades da vida diária.” (Marques: 2002,p. 12)
Estas escrita tinham padrão e instrumentos standard. Ainda não há muito tempo, para além da aprendizagem da caligrafia padrão, havia o ensino de caligrafia em vários estilos. Com vários tipos de canetas. E também variados tipos de formatos e de tamanhos de aparos adequados a cada tipo de letra. Caneta e aparo para cursivo inglesa. Aparo cortado de vários tamanhos para a letra francesa e também para gótica. Antes dos gravadores havia uma técnica de abreviaturas para escrita rápida. A máquina de escrever já retirou muito do espaço da escrita à mão. O computador apenas prolongou esse impulso inicial. Mas também a passagem da caneta de aparo, para a caneta de espera iniciou o processo de desregulação da caligrafia padrão. E o facto de cada vez se escrever menos e mais rápido, leva a que cada um se distancie de um padrão. E a escrita à mão é, actualmente, cada vez mais imperceptível de uns para os outros. O desenho das letras, perde-se pela falta do seu exercício. Resta-nos o desenho, e as efemérides do dia da escrita à mão.
Marques, José (2002) Práticas paleográficas em Portugal no século XV. Porto: Ciências e técnicas do património. http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/artigo3501.pdf
Mc Murtrie, Douglas C. (1965) O livro. Lisboa: Fundação Clouste Gulbenkian.
António Regedor
O trabalho científico, pode não ter resultados imediatos. Com o tempo a repercussão do trabalho vai chegando.
Dear António Regedor,
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António Regedor
Para casa de cidade era bastante grande. Na imagem está a escadaria da fachada principal. A posterior dava para um amplo socalco com jardim e várias árvores. Havia um outro socalco inferior, bastante maior que o do jardim. Este poderia ter sido, em tempos, cultivado. Limitava com o Passeio das Fontainhas. O muro terminava em abertuas e em cada uma das ombreiras havia um banco.
Voltando à casa, ela era complementada de lado da esquerda, o lado da escadaria, com um bloco alinhado a voventa graus e de ligação interior. As salas do piso térreo eram grandes. Talvez tivessem servdo em tempos para armazenamento. Uma delas, rebaixada, tinha um pé direito mais elevado e sem ligação pelo interior ao piso superior.
Ao piso de cima, o sobrado, acedia-se pela escadaria em pedra com corrimão também em granito. A escadaria apresentava-se em estilo barroco, no que era acompanhada por alguns outros elementos dispersos pelo conjunto edificado. As salas deste piso superios eram de mais reduzidas dimensões, mesmo assim amplas. Era este piso que ligava ao bloco de canto qe tinha uma escada interior de acesso ao piso térreo e também a um outro piso superor. Corredores largos e grande número de janelas davam-lhe um ar solarengo.
António Regedor
A Biblioteca Municipal Almeida Garrett tem um programa de literacia informacional.
As bibliotecas públicas têm potencial para ser mais que um depósito de livros, e o seu foco deverá orientar-se para prestar serviços onde socialmente se verificam várias lacunas. O que não é sustentável, nem acrescenta valor, nem lhes dá futuro é continuarem a insistir em replicar actividades que outros fazem, e em muitos casos melhor. Os públicos infantis são servidos pelos infantários, os públicos escolarizados têm cada vez melhores bibliotecas escolares, os públicos universitários apresentarão cada vez mais exigências ao nível da ciência aberta e disponibilizada em digital. Há no entanto faixas da população onde a biblioteca ainda não sensibiliza. E estas faixas de população adulta necessita de formação ao longo da vida, que responda ás mudança rápidas de paradigmas, quer tecnológicos quer sociológicos. E esse tem sido a incapacidade de resposta das bibliotecas.
António Regedor
Praça da Batalha. A grande praça interface de eléctricos, autocarros e camionetas de longo curso. A praça do S. João, teatro das óperas, concertos e representações líricas ou dramáticas. Dos cinemas e Hotéis. Também dos cafés com salões de bilhares e tascas de presunto e tinto. Daí em diante, era a pé até à capela dos alfaiates, na porta do sol. Aí a rua estreita, e ensombra. A altura das casas oculta o sol e dá à rua um tom mais húmido que a noite envolve os seres em vultos indefinidos. Corrida a escura rua, e já quase no seu término, em frente a um bar de alterne, abre-se um portão recuado na defesa de um muro em meia lua. Passada a barreira e com os raios de luz pela frente, o caminho avança ladeado por dois socalcos e cortina verde. Caminha até ao lago ao centro do pátio e entrada da casa. Aí, o caloiro, passará a sua primeira prova enfrentando um veterano tribunal formando duas alas que terá de transpor. No final, desfraldado pelos impactos, ainda terá de proferir o discurso da pulga. Perceberá que há um novo código de vida. Desvinculando-se da ignorância entrará na casa de aprendizagem e iniciará a construção do seu próprio conhecimento. Será parte de um grupo especialmente treinado. Terá a vinculação que o reconhecerá por qualquer dos seus pares quando enuncia Escola Comercial Oliveira Martins.
António Regedor
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Este o Pina das prolongadas conversas no orfinho, e dos gambosinos, a associação cultural a que ambos pertencemos.
A luta contra o nuclear em Portugal começou há quarenta anos . Foi em 1978. Em Ferrel. Caldas da Raínha.
No entanto a opção nuclear tinha começado muitos anos antes, no rescaldo da guerra, em meados do século XX. No final da primeira metade do século XX passou a haver grande procura de urânio. Estados Unidos da América e Inglaterra eram os maiores compradores. Para as bombas nucleares, era necessário cindir Urânio em centrais nucleares. O resultado era a produção em larga escala de Plutónio necessário às bombas. Iniciou-se o paradigma da produção de electricidade pela nuclear.
Facilitava a Portugal ter minas de urânio e em 1947 ser o terceiro produtor mundial.
Em 1952 o Instituto de Alta Cultura (IAC) iniciou os estudos de energia nuclear em Portugal. Seguiu-se-lhe a Junta de Energia Nuclear (JEN) criada pelo Decreto-Lei n.º 39580, de 29 de março de 1954 e que ficou na dependência directa da Presidência do Conselho, ou seja, do ditador Salazar. Tal seria a importância que se lhe dava, por razões de estratégia militar , claro. Daí que na sua direcção viesse a estar o General Kaúlza de Arriaga e para um dos departamentos um Coronel.
Com um plano de construção aprovado em 1955, entrou em funcionamento no ano de 1961 o Laboratório de Física e Engenharia Nucleares.
Em 1971 um estudo previa que em 1978/1978 fosse instalado um primeiros grupo nuclear de 400MW ou de 600MW, seguindo-se um novo grupo de 2 em 2 anos ou de 3 em 3 anos.” (Redol, 2017). Um dos locais de instalação de grupos nucleares era O Guadiana. O primeiro grupo previa ser instalado em Ferrel.
No entanto a contestação à nuclear já tinha começado e era protagonizada por ambientalistas e mesmo por técnicos nucleares, “com base na perigosidade das radiações nucleares durante todo o ciclo do combustível, na possibilidade de fuga de produtos radioactivos para os meios líquidos (rios e mares) e o meio aéreo, nos problemas do armazenamento dos resíduos radioactivos e do desmantelamento dos grupos em fim de vida, agravada pela ocorrência de situações concretas, de casos de encobrimento de problemas graves verificados, de utilização abusiva de trabalhadores nas centrais e nas diferentes instalações do ciclo de combustível.” (Redol, 2017) Esta contestação já se fez sentir em 1975 no Encontro Nacional de Política Energética, realizada no Porto. Acresce ainda que o investimento é tão grande que o país ficaria na mão das entidades financiadores. Ficaria ainda dependente do fornecimento do combustível que só poucos países podem enriquecer, e ainda a “incapacidade das estruturas nacionais para licenciar, gerir e fiscalizar a construção e o funcionamento dos grupos nucleares.” (Redol, 2017). Além disso, a indústria nacional não estava em condições de contribuir para este programa.
O inevitável aconteceu. Em 1978 realizou-se nas Caldas da Rainha e em Ferrel, com Forum de discussão entre técnicos, ecologistas e população. Actividades lúdicas para as crianças, feira-mercado. Marcha ao local indicado para a construção da central nuclear, e aí plantação simbólica de batatas, piquenic e animação.
A construção ficou definitivamente afastada com a publicação nesse mesmo ano do Livro Branco Sobre a Energia Nuclear, a pedido do Governo, em que se concluía não haver vantagem da nuclear.
A Junta de Energia Nuclear (JEN) acabou por ser extinta em 1979, no ano do Acidente da Central Nuclear Three Mile Island nos Estados Unidos.
Em 1981, Portugal volta a mobilizar-se contra a nuclear. Agora é conta a construção em Sayago. Uma central projectada em 1973 que tinha iniciado as obras. Portugal, que tinha rejeitado a nuclear, via-se agora com uma central na sua fronteira norte, a escassos kilómetros de Miranda do Douro e a utilizar a água do rio Douro. “Percebemos o impacto que isso poderia causar nas populações. O impacto que teria no Rio, na economia, na imagem da região duriense e vinhateira”. (Regedor, 2017) A mobilização levou o protesto a Miranda do Douro onde se realizou um festival contra a central. A população não reconhecia qualquer vantagem em ter na vizinhança uma central nuclear. “ A cobertura mediática e nomeadamente com as imagens de televisão, o meio de maior impacto à época, ampliaram para todo o país o sucesso do protesto.a opinião pública nacional e o impacto internacional foi conseguido. A expressão da populações ficou expressa. O governo fez o seu trabalho respaldado na opinião e mobilização dos cidadãos. A central nuclear de Sayago não se construiu.” (Regedor, 2017). Parou definitivamente em 1984 ano em que o Plano Energético Nacional (PEN 84) e a Moratória Nuclear em Espanha afastaram de vez essa construção.
Em 1986 deu-se o desastre de Chernobil, e em 2011 o de Fukushima, dando razão aos técnicos nucleares e aos ecologistas.
A nuclear está definitivamente enterrada. As energias renováveis são o futuro.
Redol, António Mota 2017. Uma auto(alter)biografia nuclear. In Eloy, António 2017. Almaraz e outras coisas más. Caldas da Rainha: Cooperativa Editorial Caldense. P.43-54
Regedor, António José 2017. Sayago na luta contra o Nuclear. In Eloy, António 2017. Almaraz e outras coisas más. Caldas da Rainha: Cooperativa Editorial Caldense. P. 40-43
António Regedor
A partir de hoje , 15 de Janeiro de 2018, O SNS (Serviço Nacional de Saúde ) passa a comparticipar o equipamento para medição da glicemia, Freestyle Libre, sem necessidade de picar os dedos. É um equipamento que melhora substancialmente a qualidade de vida das pessoas com diabetes, e conduz, consequentemente à diminuição das complicações imediatas e tardias da doença.
Lançado em Portugal à cerca de um ano, este dipositivo tinha um custo mensal de 120€, condicionando a possibilidade de aquisição por parte de muitas pessoas com diabetes.
Acaba o pesadelo e desconforto doloroso do picar os dedos para a medição glicémica varias vezes ao dia, para dessa forma poderem tomar decisões importantes na gestão da doença.
Todas as pessoas com diabetes, tipo 1 e as tipo 2 em regime intensivo de administração de insulina, têm agora a possibilidade de adquirir este equipamento comparticipado em 85%.
O Serviço Nacional de Saúde está mais reforçado. Presta mais um importante serviço no sentido da melhoria da saúde dos cidadãos deste País.
António Regedor
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