Quarta-feira, 20 de Dezembro de 2017

A propósito de uma notícia de que a Biblioteca da Universidade de Indiana na Pensilvânia, está a fazer um expurgo de quase metade dos seus livros que não foram emprestados desde o ano 2000.
Se nunca tinham feito expurgo, é natural que agora tenham esse valor que pode parecer grande, mas não o é.
O processo científico torna muita da informação desactualizada. Calcula-se que actualmente, em média, a cada cinco anos metade do conhecimento científico esteja desactualizado. Há sectores onde a desactualização é muito rápida, a informática por exemplo, e outros em que é bastante mais lenta. Mas em média, é isto que se passa. O conhecimento renova-se a cada dez anos.
Por esta razão o expurgo, para quem o faz, actualiza em cerca de 10% todos os anos. Claro que nem tudo o que é desactualizado é expurgado. Há matérias que apesar de desactualizadas continuam a ser referidas, até para termo de comparação ou produção de diacronias. E assim, o expurgo incide essencialmente no critério de documento não consultado. Mas não deixa de estar no valor aproximado dos 10%. O que refaz o equilíbrio de actualização da colecção de forma permanente.
Mesmo para as bibliotecas de leitura pública, é este o padrão. No programa de análise de bibliotecas (PAB) ,em que participei no ano 2000 a 2002, uma parceria entre a Fundação Calouste Gulbenkian e a Fundación Bertelsmann da Catalunha, fizemos a contagem dos documentos não emprestados e era sensivelmente esse o valor que encontrávamos.
Isto deve ser tido em atenção dos gestores e técnicos de biblioteca, para demonstrar a necessidade de investimento regular na colecção. Não a deixar degradar, porque a desactualização da colecção leva à redução do uso e consequentemente à redução dos utilizadores, e em espiral à redução da visibilidade e utilidade da biblioteca, à sua nulidade ou utilização residual ou mesmo ao desvio para outros fins e actividades que não a sua missão e necessidade essencial e prioritária.
António Regedor
Domingo, 17 de Dezembro de 2017

A Comissão Executiva da Federação Internacional de Associações de Bibliotecas (IFLA) fez no passado dia 5 de Dezembro uma declaração em que se se diz preocupada com o anúncio da destruição de 140 000 livros em bibliotecas da Turquia. https://www.ifla.org/node/18602 .
Segundo o Daily News http://www.hurriyetdailynews.com/140-000-books-collected-from-turkish-libraries-over-gulenist-propaganda-120738
São livros considerados de propaganda a Fethullah Gülen refugiado nos USA e a publicações de editoras fechadas na sequência do golpe de estado falhado.
A IFLA , reafirma que as decisões sobre a selecção e disponibilidade de materiais e serviços da biblioteca devem ser orientados por considerações profissionais e não por pontos de vista políticos, morais ou religiosos. Reafirma que o direito à liberdade de acesso à informação deve ser garantido em todas as circunstâncias.
A IFLA também lamenta a exclusão e a destituição de bibliotecários que trabalham nos estabelecimentos de ensino superior que foram fechados.
No entender da IFLA estas medidas enfraquecem a democracia.
Quinta-feira, 14 de Dezembro de 2017

Na sequência da revolução industrial, a mecanização criou muita revolta. Entendia-se que as máquinas iriam substituir a mão de obra, e isso dispensaria o trabalho humano e promoveria o desemprego, a pobreza e a fome. Foram muitas as acções que de forma primária, pulsional, irreflectida, se lançaram a destruir máquinas. O Anarquismo como visão do mundo, construção ideológica e expressão política deu corpo a essa fase de contestação. Um misto de idealismo do homem bom, com um voluntarismo organizacional da sociedade enformava essa insatisfação com a vontade de mudar socialmente. Uma Arquê não suportada na moral, mas na ética.
A teorização da sociedade capitalista, de classe, produziu uma ideologia. O marxismo. A luta era agora comandada pela razão, contra a revolta espontânea, contra a religião. Já não contra as máquinas, mas contra o capital detentor das máquinas, os meios de produção. A raiz idealista herdada do método dialéctico Hegeliano fazia osmose com o materialismo social. Novo afastamento da moral religiosa por via do seu carácter estático cimentador do poder instituído, como é da sua génese. Afirma-se a ética da igualdade radical da cidadania, da mudança social pela superação individual. Uma ética do homem novo. Mais livre, mais solidário, mais igualitário. De alguma forma uma renovação dos valores da revolução francesa.
A percepção do fracasso do resultado prático dessa aplicação teórica da luta de classes, deixou um enorme espaço vazio de racionalidade e de ideologia. Uma certa desvalorização da racionalidade, da idealidade, da humanidade. Da liberdade foi um passo para o liberal. A liberdade inclui o outro como ser livre. O liberal interessa-se por ser livrar de incluir o outro. A igualdade resvalou facilmente para a concorrência. E a solidariedade passou a individualismo senão mesmo a egoismo. Este vazio da ética social, da Arethê traduzida como Excelência ou Virtude civilizacional, vai sendo ocupado pela religião como instrumento ideológico. E desta vez, não como revolta resultado de uma pulsão, não como luta ideológica de classe contra classe, mas do pensamento monolítico e da força bruta. Contra a razão e contra a vida. Contra a cidadania e contra a humanidade. Contra a compreensão e contra a diferença. Luta irracional e terrorista. É esta nova moral que produz os Daesh do islamismo, do judaísmo ou do cristianismo. Porque encontramos os mesmos fundamentalismos, os mesmos extremismos, as mesmas intolerâncias, as mesmas violências, em todas as expressões religiosas. Não por mau uso ou má interpretação, mas porque todas elas são por essência exclusivas, repulsivas das outras, ortodoxas no pensamento e irracionais na opinião
António Regedor
Terça-feira, 12 de Dezembro de 2017

A Produção científica e a sua condição que é ser publicada, resulta na produção bibliográfica.
Outra característica da produção científica é partir do conhecimento já existente para evoluir, produzir mais e novo conhecimento, inovar e melhorar, produzir novo e inovador “nova et nove”. Acrescentar implica fazer a revisão bibliográfica do já existente, ou como também se diz, mostrar o estado da arte.
O resultado é sempre apresentar a bibliografia das fontes utilizadas. E as fontes podem ser diversas: arquivos, livros, jornais, filmes, manuscritos, pautas musicais, imagens, e muitas outras. Vamos buscar estes documentos a lugares onde os agrupavam e mantinham. Arquivos, Bibliotecas, Centros de documentação, casas paroquiais, casas particulares, associações, e muitos outros lugares. Actualmente o recurso à web, onde estes e outros documentos estão acessíveis e são mantidos, porque foram digitalizados, ou daí já são nativos e muito vulgar. Para a Web já foram descarregados arquivos, livros, discos, filmes, imagens, jornais e muitos outros suportes físicos de informação. A Web não passa e um modo diferente de suporte de informação.
A pesquisa na Web tem hoje mais ocorrências, por ser mais cómoda. Bem mais do que ter de se deslocar fisicamente à fonte. Jornal, biblioteca ou arquivo. É mais rápida, mais versátil. Posso copiar, transferir, formatar e fazer umas tantas outras coisas que fisicamente tem mais trabalho e até custo. Mas os documentos são os mesmos do espaço físico, a web é apenas mais uma ferramenta. E comporta riscos acrescidos de erro e de validade, de verdade e credibilidade.
As regras de publicação, citação e referência de fonte, para a actividade académica ou escolar, para a investigação ou pesquisa destinada a trabalhos escolares com o fim de realizar aprendizagens, não mudaram. Nem o uso de uma ferramenta diferente muda o nome do trabalho.
O termo bibliografia é como já afirmamos, o termo usado para a descrição das fontes utilizadas na elaboração de uma nova pesquisa, reflexão e publicação. Não faz sentido alguém que apenas pesquisou em jornais, afirmasse que tinha feito uma "efémerografia", ou no caso de documentação legislativa dissesse que tinha feito uma "legisgrafia", ou até mais caricato de alguém que tivesse só consultado manuscritos, viesse a referir uma "manusgrafia".
Daqui se infere que o termo "webgrafia" não faz sentido. É inútil como neologismo. É errado como signo, ou seja, não corresponde ao seu significante. A web é apenas o local onde se depositam os recursos informativos. Livros, revistas, jornais, etc. Seria o mesmo que dizer "bibliotecografia". Ou também "arquivografia" só porque um determinado documento estaria num arquivo.
Ainda há dias no bibvirtual dava nota de como citar os vários tipos de documentos, e também os electrónicos. http://bibvirtual.blogs.sapo.pt/172259.html e http://bibvirtual.blogs.sapo.pt/citar-ou-nao-173071
Também tenho visto muita falta de rigor na aplicação da Norma Portuguesa NP 405-4 que trata da referência para documentos electrónicos. Aplica-se a livros electrónicos, bases de dados, programas, revistas, artigos e outras publicações electrónicas, a news groups, listas de discussão e mensagens. Enfim, a todos os que preferencialmente usam a web para pesquisar os seus estudos e trabalhos.
Há, no entanto, para estudos específicos de bibliometria, o estudo específico que visa apenas a produção científica publicada na web e que assume a designação de webmetria, ou o estudo quantificado do ponto de vista social da informação (âmbito específico da ciência da informação) veiculada apenas nesse meio específico e que se tem designado por infometria. Mas isso é outra coisa, e para isso se justifica um outro post.
António Regedor

A UNESCO designou a cidade de Atenas como a capital do Livro para 2018. Decisão que contou com a participação da União Internacional de Editores (UIE-IPA), Federação Internacional de Associações de Bibliotecarios (IFLA) e Federação Internacional de Livreiros (IFB).
O dis Mundial do Livro comemora-se desde 1996. E a UNESCO atribui o título de capital Mundial do Livro desde 2001. É o reconhecimento que as cidades recebem pela sua actividade na promoção do livro.
O objectivo é promover a leitura e a acessibilidade do livro.
António Regedor
Segunda-feira, 11 de Dezembro de 2017

Não resisto a continuar a seguir a caricatura social de Eça, em "a tragédia da Rua das Flores" Lisboa: Fernando Pereira Editor [1980?]. E mais não é registado na Edição, que do ponto de vista formal é um atentado à dignidade da função de editor.
Novo jantar e nova recomendação: “- Pr’a jantar aqui, tudo menos aquela gente da soirée; nada de académicos caturras, nem de poetas pelémicos; nem de velhas de turbante. Quero gente lavada, com toilette e com graça.”
“a mesa brilhava de luz viva de um lustre de gás; as facas novas reluziam ao pé dos pratos de ostras; em torno de dois vasos de flores, estava disposta a sobremesa;”
E João da Maia, então, para divertir as senhoras, contou uma conspiração de que tinha feito parte para proclamar a República. ... O plano era simples: era reunir 6000 operários; compravam armas , atacavam o castelo de S. Jorge, e depois, de lá, desciam para a Baixa da cidade...depois instituía-se o tribunal revolucionário; tínhamos a lista das vítimas: na frente, a família real,depois... “ “O padre Milho, tinha dado os nomes de todos os bispos; eu dei o nome dos meus credores, já se vê. E a coisa gorou, porque faltou o dinheiro para as armas; nunca reunimos mais de 7200 [reis]... Por fim, o padre Milho desapareceu com o cofre...”
_ ... Estava, enfim, tudo, o melhor dos sumos, e que ouvi dizer ao abade de la Chermare, um santo, que, em caso de doença, se podia tomara água de Nª Sª de Lourdes, com um dedo de vinho de Espanha.
...
Houve um silêncio discreto; pareciam saborear aquela revelação de uma verdade santa e João da Maia pensava, baixo: “Que grandes pândegas! Que patusca espécie de mulheres!” “
António Regedor
Domingo, 10 de Dezembro de 2017

Bem ao gosto de Eça de Queiroz, é apresentada nesta terceira versão de “A tragédia da Rua das Flores” um retrato duro, cruel e caricato da sociedade de Lisboa dos finais do século XIX.
A Madame de Molineux pretendia realizar uma soirée em sua casa e “Um capricho! Um diabo dum capricho: Imagina tu. Diz que para esta primeira soirée queria ter de todas as classes: deu-me uma lista: militares, jornalistas, poetas, membros da Academia, diplomatas, cantores”. E a festa fez-se, Vitor viu “um velho cuja cabeça calva, com repas grisalhas repuxadas para as fontes, se enterrava na alta gola de veludo dum enorme casacão escuro”. Publicara um livro de fábulas de Esopo, outro de madrigais originais; vivia duma pensão do Estado. Pertencia à Academia Real das Ciências”.
“Ao pé duma mesinha de jogo...estava um grupo...uma era chamada a Pia de Tolomeu,... era nova, muito alta, com um penteado riçado...tinha na toilette um ar trapalhão e enxovalhado”... “ a outra era uma quarentona, de aspecto solteirão, grossa, quadrada, trigueirada, com um buço...” .
“Um dos sujeitos estendeu-lhe a mão: - Era o Carvalhosa- que fora seu contemporâneo em Coimbra, onde era conhecido pela sua porcaria e ilustre pelos seus vícios. Agora era deputado...”
“O ilustre Fonseca, com a cabeça no ar, o olhar errante, por trás dos óculos que reluziam à luz, passeava as pontas polpudas dos seus dedos de merceeiro, ao de leve, sobre o teclado sonoro... e ao lado, de pé, o poeta lírico passava, um pouco trémulo, a mão pela barba... E de repente disse: - contemplação...visão - É o título do poema.”
“O Sarrotini, de pé no meio da sala, fazia sortes de prestidigitação. Com as mangas do casaco arregaçadas, pedindo, a todo o momento, um ovo, um limão.”
Era assim O Eça. E que mais se pode fazer em dia de chuva, frio e vento?
António Regedor
Quarta-feira, 6 de Dezembro de 2017

Citação da fonte. Porquê e para quê.
O conhecimento é construído avançando sempre para além do anterior. Ninguém parte do nada. Há sempre uma fonte de conhecimento anterior. Para quem faz uma pesquisa, citar a fonte que se pesquisou tem várias vantagens. Dá credibilidade e autoridade ao que se afirma. Citar um autor, dá força e estatuto a quem cita.
Por outro lado, o conhecimento científico valida-se pela apresentação aos pares. Isso implica concorda ou discordar nomeando os autores. Implica igualmente sujeita-se a receber opiniões e contributos ao que estudou e divulga.
No fundamental citar interessa principalmente a quem está a citar.A citação respeita o conhecimento já adquirido e indica o ponto ou pontos de partida. Deve ser completa para a fonte se verificável.
A citação no texto pode ser feita de mais que uma forma, de acordo com alguns exemplos dados:
As políticas culturais, tal como as conhecemos actualmente, têm origem no século XX. Bouzada Fernandéz (2007) situa a sua origem das políticas culturais no período compreendido entre os anos trinta e sessenta do século XX.
Como se verifica nesta citação, o autor faz uma citação para reforçar a sua tese.
Para Garcia Martinez (2005), a política bibliotecária engloba a noção de política de informação, entendida.....
Aqui o investigador apresenta a perspectiva de um autor como ponto de partida para a sua reflexão.
Desta corrente, como é natural, resultam os estudos de comportamento informacional dos cientistas , as pesquisas dos fluxos e transferências de informação, entre outros de menor peso e dimensão (Gasque e Costa, 2010: 23)
As citações retiradas do texto original (paráfrases) devem ser apresentadas da seguinte forma:
Fez aprovar o “maior conjunto de providências destinadas a impulsionar o ensino em Portugal, em todos os seus graus” (Carvalho, 1986: 560)
Sendo de evitar, há no entanto alguns casos em que se pode justifica a citação indirecta. Citar alguém que já foi citado por outro. Como no exemplo:
“todas as noites, à hora determinada pela Direcção, se servirá chá com fatias e biscoitos” (Bernardo, 1992 cit. In Rebelo, 2002: 77).
Como se pode verificar, a citação permite o acesso à fonte, remete para os autores, aumentando a possibilidade de alargamento do conhecimento, interpretação e confronto de opinião. Valoriza quem cita e quem é citado. E, fundamental, credibiliza a produção de conhecimento que se apresenta.
António Regedor
Segunda-feira, 4 de Dezembro de 2017

No dia 7 de Dezembro, entre as 19 e as 21 horas, será o lançamento nacional será na Fábrica do Braço de Prata em Lisboa.
Um livro com depoimentos de mais de trinta colaboradores que narram as diversas situações de recusa do nuclear em Potugal e algumas interferências nas intenções Espanholas.
António Regedor
Domingo, 3 de Dezembro de 2017

Por esta altura do 1º de Dezembro, é normal que surjam as habituais referências ao golpe de estado de 1640 contra o Rei Filipe de Espanha e Portugal, desencadeado em por cerca de 120 nacionalistas sendo quarenta deles o núcleo principal que se reunia já há algum tempo num anexo do palácio de Antão Vaz de Almada, um dos conspiradores.
A unificação da península tinha sido conseguida em 1493 com a capitulação da Taifa de Granada, mas os mouriscos ( islâmicos convertidos) só foram expulsos em 1614, já bem perto desta data da restauração de Portugal.
A perda de independência de Portugal, também só foi conseguida porque o Rei Filipe II de Espanha soube aliciar uns quantos nobres portugueses favoráveis a Castela e traidores à independência de Portugal. Com Filipe II e III de Espanha manteve-se a autonomia da administração portuguesa, até ser quebrada com Filipe IV. Com este rei, a governação foi entregue a nobres castelhanos, vendo-se os nobres portugueses afastados da corte e retirados para a província.
Em 1628 deu-se no Porto um motim contra o imposto do linho fiado. Na década de 1630, a corte de Madrid, lançou um novo imposto. E em Agosto de 1637 há revoltas em Évora também na sequência do anúncio de novos impostos. Esta revolta alastra no Alentejo e Algarve, vindo a ser reprimida por mais de 10 mil mil soldados espanhóis.
Em 1639 deu-se uma revolta na Andaluzia, e outra na Catalunha já em Junho de 1640.
Em portugal com o povo em espírito de revolta, a nobreza fora da influência e acção governativa, os burgueses empobrecidos, e as revoltas na Andaluzia e Catalunha para onde as tropas de Castela foram agora deslocadas, constituíam condições favoráveis à conspiração que haveria de realizar-se já em Dezembro quando a maior parte dos nobre se tinha retirado para passar o natal em Espanha.
E assim a 1 de Dezembro 120 conjurados defenestram Miguel de Vasconcelos, o traidor, ordenam o cerco à guarnição militar do Castelo de S. Jorge, apreendem os navios espanhóis no Porto de Lisboa e recebem a declaração de fidelidade das praças militares do resto do país.
Seguem-se mais de 20 anos de guerra com Castela.
Em 1661, ainda a Santa Sé não tinha reconhecido a independência de Portugal e Espanha estava a preparar uma grande invasão a Portugal.
Portugal negociou com Inglaterra o apoio na guerra com Castela através do casamento de Catarina de Bragança com o Rei de Inglaterra, Carlos II. Mas ficou caro. O dote foi de dois milhões de cruzados. Até a Rainha Leonor de Gusmão teve de vender as jóias. Empenharam-se pratas, jóias e outros tesouros de conventos e Igrejas Portugueses.
E durante dois anos foi necessário dobrar o pagamento das sisas. Foram para a posse inglesa Tânger, em Marrocos, e Bombaim, na Índia.