Domingo, 25 de Junho de 2017
E a provar que com os livros, ficamos a saber mais, até dos segredos de foruns onde se fala da morte dos livros e da morte da liberdade.
Noticia o jornal expresso: “Umberto Eco, falecido em fevereiro do ano passado, fez esta afirmação numa conversa com o argumentista e encenador francês Jean-Claude Carrière, moderada pelo jornalista e escritor Jean-Philippe de Tonnac, editada este mês pela Gradiva, sob o título "Umberto Eco-Jean-Claude Carrière. Não contem com o fim dos livros", numa tradução de Joana Chaves.”
E a propósito do fim dos livros ficamos também a saber que nesse mesmo forum de Davos se falou da água e da sua privatização. Bem sabemos que é assunto preferido de grandes multinacionais. Oum dos presidentes da Néstlé teve mesmo o descaramento de dizer grosso modo que a água devia de ser para quem a pudesse pagar. Quando ouvimos estas coisas ficamos com a certeza que os Daesh económicos existem e os Daesh religiosos são seus instrumentos.
Fonte: http://expresso.sapo.pt/cultura/2017-06-25-A-ultima-conversa-de-Umberto-Eco-Nao-contem-com-o-fim-dos-livros
Sábado, 24 de Junho de 2017
Acabei de ler as últims páginas de “Sedução” de José Marmelo e Silva. A seguir , ao almoço, abri um branco “Evel” produzido pela Real Companhia Velha. Eu que até sou mais apreciador dos tintos, e por isso tão apreciador do “Evel” de 2014 premiado pela Wine Spectator com a apreciação dos melhores vinhos de 2014. O Branco é igualmente digno de referência. Provei um mais recente, do ano passado. Produzido com Viosinho, Rabigato, Fernão Pires e Moscatel Galego Branco. São castas tradicionais do planalto de Alijó.
António Regedor
Sexta-feira, 23 de Junho de 2017
Na sequência da grande depressão, foram criadas as brigadas de bibliotecárias a cavalo, no Kentucky. Esta foi uma região fortemente atingida pela depressão onde as populações viviam muito isoladas.
Era feito o serviço de empréstimo às zonas mais isoladas e as bibliotecárias possibilitavam através da transmissão de informação, reduzir o isolamento com o exterior das comunidades.
A população servida era de cerca de 100 000 habitantes. O programa só acabou em 1943. Foi substutído pelos bibliobus.
ALEJANDRO GAMERO — 28/05/2017 em http://lapiedradesisifo.com/2017/05/28/la-brigada-de-bibliotecarios-que-hacia-su-trabajo-caballo/
Fonte; http://archiveproject.com/the-horseback-librarians-of-eastern-kentucky-10-photos
Quinta-feira, 22 de Junho de 2017
Uma Biblioteca Pública a trabalhar bem.
A pensar nos desafios que se colocam às bibliotecas e na procura de saídas com futuro.
O painel de intervenções dá toda a garantia de qualidade. É constituído por colegas e amigos de longa data.
Segunda-feira, 5 de Junho de 2017
“Irmãos de Armas” é um livro de ficção da autoria de António Brito. Foi apresentado, na Biblioteca Municipal de Espinho “José Marmelo e Silva”, pelo Coronel David Martelo, ele próprio historiador e autor de “O Exército Português na Fronteira do Futuro”(1997), “As Mágoas do Império”(1998), “A Espada de Dois Gumes”, “1974 – Cessar-Fogo em África”(2001), “O Cerco do Porto”(2001), “A Dinastia de Avis e a construção da União Ibérica”(2005) e “Os Caçadores”(2008). Origens da Grande Guerra –Rumo às trincheiras. Percurso político-militar (1871-1914)”(2013). A Imprevidência Estratégica de Salazar-Timor (1941)-Angola (1961). Para as Edições Sílabo, traduziu e prefaciou as três principais obras de Maquiavel (“O Príncipe”, “Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio” e “A Arte da Guerra”) e a “História da Guerra do Peloponeso”, de Tucídides. É membro efectivo do Conselho Científico da Comissão Portuguesa de História Militar. De 2007 a 2012, foi membro do Comité Bibliográfico da Comissão Internacional de História Militar.
O autor, António Brito, alistou-se nos Pára-quedistas, e combateu na guerra colonial, em Moçambique. Escreveu para jornais. Licenciou-se em Direito. Tem publicado os romances “Olhos de Caçador” (2007), “O céu não pode esperar”(2009), Sagal-Um herói feito em África” (2012), e “Sagal- O profeta do Fim”(2012).
O livro agora apresentado não é de história militar, nem mesmo romance histórico. É ficção. É um romance. Não será documento para a produão científica da história, mas é seguramente um contributo para o estudo psicológico do fenómeno da guerra, e sobretudo para o estudo de comportamento dos ex-combatentes e da sua inserção social, nomeadamente dos combatentes da guerra colonial.
A História, e a história militar, tem de ser feita, essencialmente com base na produção documental. Firmada no documento para a sua análise e interpretação.
Estes textos de ficção, bem como a bibliografia de memórias, crónicas de guerra, diários, são importantes para pontear situações, acontecimentos e vivências. Passá-los a escrito faz parte da catarse, do esforço de arrumação do turbilhão de emoções que acometeram os ex-combatentes. E as sesões de apresentação destes livros, como a que decorreu na Bibliotecas de Espinho “José Marmelo e Silva”, são muito importantes, não apenas pelo contexto literário, estético, histórico, mas também pela oportunidade que dá à libertação de exercícios de memória e emoções, constituindo espaços de catarse tão necessária a quem experimentou o contexto psicológico do tempo de guerra prolongado em espaço longíncuo e hostil.
No avançar da leitura, que nos prende logo nas primeiras páginas, percebe-se que o romance tem na guerra o pretexto para contar histórias de homens (e também mulheres) que se formam na dificuldade da vida, se encontram no mundo da guerra e se perdem no infortúnio do mundo.