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A propósito do recentemente denominado discurso da "pós-verdade", devia ler-se Michel Foucault.
Mais uma vez Foucault é útil para a compreensão deste de poder social. E das relações entre poder, saber e linguagem (discurso).
António Regedor
Os diversos conflitos já vêm de tempos passados, mas a primeira metade do século XX é extremamente dolorosa par a Europa. Guerras em todo o território europeu com repercussões fora do continente, a revolução russa e a sua importância para a europa e o mundo, mais os efeitos da grande depressão, e ainda a sanguinária guerra civil espanhola, e as ditaduras nos estados do sul. Uma geração pós 2º guerra, pensa numa vivência diferente na europa. Estão na geração que pensa na europa de forma pacífica, democrática, próspera, os políticos Konrad Adenauer, Jean Monet, Robert Schuman, entre muitos outros.
Três anos após o final da guerra O Tratado de Bruxelas abre caminho à formação da NATO. Segue-se em 1952 a fundação da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA). Nesta altura ainda se falou da questão energética, nomeadamente do nuclear, mas a Comunidade Europeia da Energia Atómica (CEEA/ EURATOM) veio a ter organização própria.
O Tratado de Roma, em 1957, institui a Comunidade Económica Europeia (CEE) ou Mercado Comum.
Fica claro verificar que a principal razão que une a Europa é a questão económica. Primeiro as necessidades energéticas no tempo do carvão e de transição para o petróleo. Neste tempo o nuclear era ainda percebido claramente como instrumento de guerra. Era um tempo de um grande mercado consumidor com dimensão aproximada do norte americano. E nesta época histórica de saída da guerra as necessidades energéticas eram fundamentais para o desenvolvimento da indústria europeia. O resto, as questões sociais e políticas foram uma necessidade de arranjo justificativo, como aliás, é hoje tão claro.
As razões económicas mostraram-se acertadas à época. Abriu um longo período de crescimento em que a comunidade foi atractiva, desejável e modelar. E foi-se alargando, aumentando as estruturas e cristalizando poderes que se foram afastando dos povos que a constituem.
Ao crescimento seguiu-se o Euro como moeda única, mas que não convenceu todos os pares. O Reino Unido nunca chegou a adoptar a nova moeda. Com o EURO passou a haver duas comunidades e três europas. Na sequência do fim da URSS e da queda do muro de Berlim, teve o maior aumento de sempre. Foi em 2004, ano em que também se tentou aprovar uma Constituição Europeia, que ficou bloqueada pela não aprovação em alguns referendos.
Mais uma vez, a política foi encravando, enquanto a economia, por via do crescimento ia em rédia solta, e cada vez mais ao ritmo do neoliberalismo americano.
Os alargamento foram-se sucedendo enquanto processo de crescimento enquanto a europa se mostrava ponto de atracção. Hoje é mais ponto de repulsão.
O fim do crescimento na europa, foi ditado pela crise financeira provocada nos Estados Unidos pela falência do gigantesco banco “ Lehman Brothers” que se propagou a todo o sistema financeiro e que tem vindo a ser paga com os orçamentos dos contribuintes de países mais pequenos do ponto de vista financeiro. A política neoliberal do crescimento alicerçada no endividamento e da emissão de moeda sem contrapartidas reais na economia, faliu.
A europa, é hoje, o resultado dessa falência desastrosa que incide mais , nos mais pequenos. A europa neoliberal está em desagregação. Portugal está, , neste momento , em recuperação, porque pratica uma política contrária à vontade da comissão europeia, contrária à vontade do banco central europeu e contrária ao querer do fundo monetário internacional. Apesar de todos eles já terem reconhecido a falência das suas políticas.
António Regedor
Conheci Mértola alguns anos depois de 1974, quando decidi conhecer o Alentejo. Foi num Jeep UMM Cournil. O mesmo que equipava o exército português na fase final da guerra colonial. Um carro que me levou a todos os sítios do País. Entre eles ao famoso pulo do lobo, e onde não faltou a minha visita à Unidade Cooperativa de Produção “Esquerda Vencerá”, resultado da reforma agrária desencadeada nesse período histórico pós 15 de Abril. Mas o que mais me impressionou positivamente foi Mértola. A nota mais impressiva foi a visita à igreja que anteriormente foi mesquita construída na segunda metade do século XII, e antes disso foi algum anterior edifício como o comprova dois capitéis ainda existentes. Parecendo quadrada, a igreja/mesquita é trapezoidal porque a nave central é um pouco mais larga e a meridional um pouco mais estreita. Isto vim a saber mais tarde, quando procurei saber mais sobre o que me tinha impressionado. Só recentemente tive a oportunidade de ver o “mirab”. Da primeira vez que visitei a igreja, estava ocultado por uma parede.
A última vez que visitei Mértola, foi no âmbito da apresentação do resultado da organização da biblioteca pessoal de José Mattoso doada ao Campo Arqueológico de Mértola (CAM). Compreendi ainda melhor a importância da cidade que é um laboratório de estudo arqueológico do período islâmico do Andaluz. Claudio Torres foi o pioneiro no estudo e o real rsponsável na excepcionaldimensão e dinãmica do CAM. Hoje Mértola recebe igualmente a atenção da Universidade de Évora, a Universidade Nove de Lisboa e a Universidade do Algarve.
António Regedor
Ontem, num jantar de alunos e professores de um curso de Comunicação (Mkt; RP, Pub) da Escola Profissional de Espinho (ESPE) dei-me conta que ao longo da vida tenho tido o fado de ser professor de novos cursos e até inovadores.
Aconteceu na Escola Secundária Filipa de Vilhena, onde iniciei um novo curso de Biblioteca, Arquivo e Documentação. Foi meu colega o Paulo Bento, já amigo do tempo de faculdade e filho também de uma boa amiga, a Marcela Torres, irmã do Claúdio que vim a conhecer mais recentemente em Mértola. Este curso teve o impulso decisivo do Joaquim Azevedo que à época dirigia o GETAP (Gabinete deo Ensino Técnico, Artístico e Profissional) do Ministério da Educação. Mais tarde Viria a ser secretário de estado. Os alunos, pioneiros neste modelo de ensino, tiveram enorme sucesso. A empregabilidade foi total, e a maioria continuou estudos. Fui mais tarde professor de alguns na licenciatura e até em pós-graduação e Mestrado.
O outro pioneirismo foi com esta turma que se reuniu agora em jantar de memória. São hoje pais e mães, profissionais com sucesso, espíritos positivos, bem dispostos. E sobretudo, cuidadores dos valores da amizade, solidariedade e da areté (a tal excelência da cultura grega clássica que nos faz senir bem, quand sabemos que todos os outros da nossa comunidade estão bem.
O terceiro caso foi há 21 anos ter iniciado a leccionar na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico do Porto um novo curso de Gestão do Património. E mais uma vez, alunos pioneiros de um curso tiveram enorme sucesso. Também vários alunos deste curso vieram a ser meus alunos de Mestrado. E o mais curioso é que pelo menos duas alunas deste primeiro curso são hoje professoras no curso.
Fui de seguida também contratado para o início de um curso de Ciências e Tecnologias da Documentação e Informação na Escola Superior de Estudos Industriais e de Gestão do IPP que à época se situava em Vila do Conde. Outro caso de sucesso, com os alunos a conseguirem boas empregabilidades. E mais uma vez vários alunos a prosseguirem o percurso académico.
Na Universidade Fernando Pessoa entrei também para iniciar uma pós-graduação em Ciências da Informação e da Documentação, onde lancei a ideia bem acolhida de alargar o currículo aos estudos editoriais, à análise e avaliação de bibliotecas, e aos estudos de biliometria e cienciometria, inovações à época em que foram implementadas e que vieram posteriormente a ser objecto de estudo ao nível de Mestrado e etá Doutoramento.
E em todos esses primeiro cursos a maioria dos alunos teve enorme sucesso.
E acabo de me dar conta que, em todo o meu percurso lectivo, andei sempre a desbravar.
António Regedor
“Falta-te, é verdade, ó nobre e histórica rua de Sant’Ana, falta-te já aquele teu respeitável e devoto arco, precioso monumento da religião de nossos antepassados, e que, certo é, mais te vedava a pouca luz do céu “material” que tuas augustas dimensões deixam penetrar, mas era ele em sim mesmo, foco da espiritual luz de devoção que ardia no bendito nicho consagrado à gloriosa santa do teu nome.” Garrett, Almeida - O Arco de Sant´Ana,
Desde o esboço e a publicação do 2º volume distam 19 anos.
Começa a ser escrito à época do cerco do Porto, após o desembarque liberal de 1832. Apresenta-se como sendo a cópia de um manuscrito achado no convento dos grilos por um soldado do Corpo Académico, pseudo autor. Esta fórmula era usada pelos autores românticos para imprimir veracidade à ficção.
Na realidade Almeida Garrett foi alistado no Batalhão Académico aquartelado no Convento dos Grilos. Aí concebeu o romance para passar o tempo. O romance foi interrompido, e só em 1844 concluiu o 1º volume.
António Regedor
Por duas vezes visitei a casa onde nasceu Hans Christian Andersen, a 2 de Abril de 1805, , em Odense na Dinamarca. Impressionou-me a reduzida dimensão da casa. Fez-me lembrar uma casa irreal, de bonecas, algo de décor. Mas sim, a casa onde nasceu, filho de um sapateiro e de uma lavadeira. Orfão aos onze anos de idade, foi aprendiz de tecelão, e alfaiate. Aos 14 anos foi para Copenhagen trabalhar no Teatro Real da Dinamarca. Aí actor e bailarino. Gosto, identifico-me com quem foi trabalhador estudante e que já trabalhou em muitas coisas na vida. Não tinha sido um aluno exemplar, mas fez a Universidade em Copenhagen. E escreveu muitas das histórias infantis que nos deliciam.
António Regedor
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