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Biblioteca de Espinho ganha reconhecimento de bibliotecários nacionais.
Comemora-se actualmente 30 anos de bibliotecas públicas em Portugal, e simultaneamente , a Biblioteca pública em Espinho faz 30 anos de existência.
Pela primeira vez na história de portugal é concretizada uma política bibliotecária que actualmente abrange a maior parte da população e a maioria dos municípios. Já outras tentativas tinham tinham sido feitas, mas sem sucesso.
No ambiente político e científico do iluminismo D. Maria I promulga o alvará que transforma a Livraria Régia em Real Biblioteca Pública da Corte. Esta virá a ser a actual Biblioteca Nacional de Portugal.
“Ao longo da história de desenvolvimento das políticas bibliotecárias nacionais, transcorridos que foram quatro momentos políticos cruciais que conduziram a reformas legislativas, e que corporizam diferentes programas bibliotecários – Liberalismo, República, Estado Novo e Democracia - , o total das bibliotecas públicas existentes no país cobria entre 25% e 35% do total dos concelhos” Regedor, António – Bibliotecas, Informação, Cidadania. Políticas Bibliotecárias em Portugal. Séculos XIX-XX. P. 129. http://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/4291/1/PhD%20_Volume%20I%5B1%5D-VF.pdf
A primeira rede de bibliotecas consolidada em portugal, foi privada. Resultou da iniciativa da Fundação Calouste Gulbenkian e iniciou a actividade em 1958. A televisão tinha chegado primeiro, em 1956.
Já em democracia, no ano de 1986, os bibliotecários portugueses reflectem, sobre a necessidade do desenvolvimento das bibliotecas públicas. E neste mesmo ano é apresentado à secretaria de estado da cultura um relatório que irá dar origem ao Decreto-Lei 111/87 de 11 de Março que estabelece a política de leitura pública e criação da rede de bibliotecas municipais.
Paralelamente, em Espinho, iniciava-se a recriação da biblioteca municipal que apesar de já ter existido em diversos momentos históricos, nunca se consolidou e até à data estava encaixotada na cave da Câmara, sendo o município servido apenas pelo serviço de bibliotecas da Fundação Calouste Gulbenkian.
Há uma primeira candidatura, ao abrigo do D-L 111/87 que não foi aceite, era vereador da cultura o Dr. Azevedo Brandão. Posteriormente a candidatura viria a ser aprovada, no tempo da D. Elsa Tavares como vereadora da cultura, num programa de cultura que propus ao Município e com um projecto de arquitectura da biblioteca com autoria de Rui Lacerda.
Várias foram as vicissitudes até o edifício ficar concluído. Actualmente o bom trabalho realizado pela equipa técnica liderada pela Vereadora da Cultura Leonor Fonseca, é reconhecido nesta distinção dada pelos bibliotecários da rede nacional de leitura pública por ocasião dos 30 anos da rede e também afortunadamente da biblioteca de leitura pública em Espinho que adoptou como patrono José Marmelo e Silva.
António Borges Regedor
“Um acordeonista estava sentado debaixo da estátua de Calderón de la Barca, a tocar O Tango da Velha Guarda. “
Pérez-Reverte, Arturo – Homens Bons. Alfragide: Asa, 2016 p. 97
Foto: O acordeonista. Quadro de Pablo Picasso 1911. Cubismo.
Dois importantes manuscritos, dos scriptoria portugueses, foram inscritos como registo da Memória pela UNESCO. O Apocalipse de Lorvão e o Comentário ao Apocalipse do Beato de Liébano. O Apocalipse de Lorvão, que pertenceu ao Morteiro de Lorvão, encontra-se na Torre do Tombo e o Comentário ao Apocalipse do Beato de Liébano está na Bibblioteca Nacional de Portugal e era propriedade do Mosteiro de Alcobaça.
A história destes manuscritos começa em 786 com a redacção por parte de um Monge de nome Beato (o masculino de Beatriz) de um comentário ao Apocalipse de S. João. O Monge pertencia ao Mosteiro de San Martin de Turieno, actualmente Santo Toríbio de Liébana localizado em Liébana, na Cantábrica, Picos da Europa.
As razões porque Beato de Liébana escreveu o comentário ao apocalipse de S. João, terá a ver com a obrigatoriedade da leitura do apocalipse regulamentada no quarto Concílio de Toledo, em 633. Vivia-se também um tempo de profecias Bíblicas que anunciavam o fim do Mundo, e não seria também alheio o clima de invasão e conquista de terriório por parte das invasões Mouras. O próprio local de escrita dos comentários é a região reduto de defesa dos cristão antes da reconquista.
Este comentário e as cópias são conhecidos por “Beatos” e definem este grupo específico de manuscritos produzidos entre os séculos VIII e XIII, cujo original, o do Beato de Liébana se perdeu. O de Lorvão, copiado do original pelo monge Egas, é um dos cerca de trinta “Beatos” existentes.
O Mosteiro de Lorvão situa-se no actual concelho de Penacova no Vale denominado Cova dos Loureiros. Parece ter sido fundado em meados do século IX. O seu scriptorium era o terceiro mais importante em Portugal e um dos mais importantes da Península Ibérica. Em Portugal o mais importante era o se Santa Cruz de Coimbra, seguido do de Alcobaça.
Segundo Maria Adelaide Miranda o scriptorium de Lorvão marca a sua individualidade estilística pela simplicidade e estilização formal, reminiscente de um cristianismo primitivo que também se encontra na arte cisterciense e mesmo na almoáda. Dada a localização e a época do mosteiro, os monges daqui, seriam de alguma forma influênciados pela cultura moçárabe, na opinião de Ana Oliveira Dias.
Assim, e ainda na opinião de Maria Adelaide Miranda comentário ao apocalipse de Lorvão, terá constituído, esteticamente, uma reprodução de um modelo moçárabe. São 221 fólios em pergaminho com 345x245mm. De 29 linhas a duas colunas. Usa o negro (de carvão). Amarelo (auripigmento), laranja (vermelho de chumbo) e vermelho (vermelhão). Em latim com escrita gótica. Todos estes pigmentos são altamente tóxicos. (Quem não se lembra do “Nome da Rosa”).
Fontes:
Maria Adelaide MIRANDA - “A iluminura românica em Portugal”, in A iluminura em Portugal. Identidade e Influências
Ana de Oliveira Dias - Commentarium in Apocalypsin: o número e a forma geométrica na tradição simbólica das ilustrações do «Beato» de São Mamede de Lorvão. 2012.
https://noticias.up.pt/universidades-europeias-debatem-financiamento-na-u-porto/
O ensino é caro. Corresponde a um período da vida em que o indivíduo não tem receita, mas apenas despesa. Na generalidade dos casos despesa suportada pela família, e dessa forma só as famílias mais abastadas possibilitavam formação superior aos seus filhos. A desigualdade social a começar no berço.
As sociedades modernas e que para além de estados de direito são também estados sociais tiveram primordial atenção à alfabetização, ás literacias e á formação superior. Durante alguns, poucos anos em portugal, vivemos um clima de promoção da formação, da investigação e ciência.
O modelo de Bolonha para o ensino superior, veio introduzir um paradigma neoliberal, com o estado a desconsiderar a formação académica e a ciência, desvinculando-se desses custo e transferindo-o à maneira neoliberal para quem puder pagar a sua própria formação. A redução de um em quatro anos de ensino superior significa tão só a dimnuição em orçamento de estado de 25%. O resto da formação que tendencialmente será distintiva ao nível do Mestrado ficará dependente dos recursos de cada um.
Com menos recussos dos estados, e com cada vez menos alunos capazes de pagar os seus prórios estudos, a Universidade vê-se cada vez mais limitada na sua missão, que é o de formar o melhor e maior número possível de cidadãos, e dessa forma promover a competividade do país. O país é tanto mais competitivo no seu todo, quanto mais formação superior, mais investigação, ciência estiver capaz de produzir.
Por isto se vê a Universidade e tentar procurar financiamento que lhe dê futuro e assim dê futuro ao país.
António Regedor
Por falar em livros, aqui vai a vida de um alfarrabista por Joana Raposo Santos no blog Adfero
http://adfero.blogs.sapo.pt/um-dia-na-vida-de-um-alfarrabista-640
When A Book Knocks At Your Door...
é um blog biling mas predominantemente em Inglês
http://whenabookknocksatyourdoor.blogs.sapo.pt/
Gene de traça
que fala de livros, e relaciona estes com o cinema e televisão.
E de Ken Follett o autor de “Os Pilares da Terra”
http://genedetraca.blogs.sapo.pt/
“-Livros? – solicita Vega de Sella, o director.
Don Jerónimo de la Campa, crítico teartral, autor de uma prolixa História del teatro español em vonte e dois volumes, levanta-se com dificuldade e caminha até à cadeira do director para entregar o volume XX, o último publicado. Com um sorriso de extrema cortesia, o director recebe o livro e passa-o para as mãos do bibliotecário, don Hermógenes Molina: latinista insigne e tradutor notável de Virgílio e Tácio.
- A Academia agradece a don Jerónimo a entrega da sua obra, que passa a fazer parte da biblioteca – diz Vega de Sella.” Pérez-Reverte, Arturo – Homens Bons. Alfragide: Asa, 2016 p. 19
António Regedor
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