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“Quando nos matam os sonhos” da autoria de Anabela Mimoso
Capa de Eduardo Bettencourt Pinto
Acaba de ser posta à venda a segunda edição (revista) da minha novela "Quando
nos matamos sonhos" (para adultos).
editora - http://www.7dias6noites.com/
O desacordo criado pelo acordo ortográfico parece durar por muito mais tempo.
A evolução da língua provoca destas coisas.
E como as opiniões deverão continuar a aparecer, decidi deixar aqui o registo daquelas que for encontrando.
Aqui está uma:
O Acordo Ortográfico: inútil e
prejudicial
ANSELMO BORGES 14 Abrl 2012
no Diário de Notícias
Escola vem do grego scholê, que significa ócio. Mas este ócio nada tem a ver com preguiça.
Do que se trata é do tempo livre para o exercício da liberdade do pensar, do
aprender e do tornar-se cidadão enquanto ser humano pleno e íntegro, numa
sociedade livre. Sempre pensei - uma das heranças do meu pai - que a escola
deve ser o lugar da saída da ignorância e da opressão, em ordem ao progresso e
à realização plena do ser humano. Lugar de educação e formação.
A palavra educação vem do latim: educare (alimentar) e educere (fazer sair, dar à luz,
elevar). Cá está: alimentar e fazer com que cada um/a venha à luz, realizando
as suas potencialidades, segundo o preceito paradoxal de Píndaro: "Homem,
torna-te no que és": o Homem já nasce Homem, mas tem de tornar-se
plenamente humano.
Aí está a razão da educação como o trabalho mais humano e humanizador, de tal modo que o
filósofo F. Savater pôde justamente considerar os professores "a
corporação mais necessária, mais esforçada e generosa, mais civilizadora de
quantos trabalham para satisfazer as exigências de um Estado democrático".
Porque o que é próprio do Homem não é tanto aprender como "aprender de outros
homens, ser ensinado por eles".
Claro que, assim, sou a favor de uma formação holística. O ser humano não pode crescer
apenas no plano científico e técnico: precisa também da estética, da ética, da
literatura, da filosofia, da música, da história, da geografia, da religião...
Mas julgo que o Português e a Matemática são fundamentais.
E é aqui que se coloca a questão do Acordo Ortográfico. Para que serve? Unificar a
ortografia? São tantas as excepções que não se vê unificação! E a Inglaterra
preocupa-se com a unificação do inglês? E ainda não foi ratificado por Angola e
Moçambique. O jornal oficioso Jornal de Angola escreveu mesmo, justificando a
sua não aceitação: "não queremos destruir essa preciosidade (a língua
portuguesa) que herdámos inteira e sem mácula" e: "se queremos que o
português seja uma língua de trabalho na ONU, devemos, antes de mais, respeitar
a sua matriz e não pô-la a reboque do difícil comércio das palavras. Há coisas
na vida que não podem ser submetidas aos negócios".
ANSELMO BORGES
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