Dia Internacional do Livro Infantil.
Não dei conta.
Recebi o mesmo poema comemorativo enviado por três bibliotecas.
Não tive notícias de outras iniciativas.
Presumo que o governo e o Sr. Sócrates ande muito ocupado com a promoção do “magalhães” e não lhe sobre tempo para promover o livro.
Antigamente havia o livro único, hoje há o “magalhães” único, com a ortografia única, os conteúdos únicos, os jogos únicos, os programas únicos, o hardwere único, o softwere único.
Costumava dizer que no tempo do livro único, as bibliotecas não existiam porque os outros livros ou eram desnecessários ou eram dos contrários.
Agora digo que com o “magalhães” haverá quem considere os livros desnecessários ou dos contrários.
O Instituto do Livro e das Bibliotecas foi reduzido a repartição administrativo. Não temos dúvida que é uma nítida redução da sua capacidade de promoção do Livro e das Bibliotecas.
O Programa de dotar o País de uma rede de Bibliotecas de Leitura Pública ficou-se pela metade. Dessa metade uma boa parte está esquecida, abandonada, sem iniciativa, moribunda. Os seus desempenhos estão muito abaixo do que seria expectável, do que recomenda o “Manifesto da Unesco para a Leitura Pública” daquilo que deveria ser a sua missão e intervenção cívica, daquilo que se esperaria no combate à iliteracia.
Isto para evitar falar no fracasso do que são as bibliotecas escolares.
O Dia Internacional do Livro Infantil foi um poema.
António Regedor