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Palavras-chave: livros, férias, leitor.
Aproximando-se o verão, o apressado leitor separa, com a melhor das intenções, os livros a que se irá dedicar nas férias. Mas, sistematicamente, os planos acabam por esbarrar na realidade. Porquê? Talvez porque a literatura não saiba conjugar o verbo dever, imperativo reservado a outras acções humanas.
A lista para ler nas férias por vezes acaba por ser adiada por um futuro incerto. Por vezes, o Marketing arrojado sobrepõem-se à qualidade duvidosa de alguma literatura mediática. O fugaz ciclo de vida comercial leva-nos a escolher não só as novidades, mas também livros não muito vendáveis.
Bibliografia
ALMEIDA, Sérgio Obras que nos Lêem. Jornal de Notícias. Porto. ISSN 0874-1352. (2003) p. 48.
Aluna do 4.º ano de CTDI: Natália Sarmento
75 Feira do Livro do Porto Pavilhão Rosa Mota
25 de Maio a 12 de Junho
Ler é Natural
Na inauguração da abertura das duas Feiras do Livro mais emblemáticas, Lisboa e Porto, a ausência de Isabel Pires de Lima, ou de outro representante do ministério da Cultura não passou em branco. Numa das inaugurações mais pobres dos últimos anos, com uma ausência quase generalizada de representantes de entidades oficiais, o vice-presidente da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros, Francisco Madruga, relembrou as dificuldades por que passa o sector editorial livreiro, em especial as livrarias da Baixa do Porto, devido às obras.
Bibliografia
ALMEIDA, Sérgio Feira do livro do Porto arranca sem brilho. Jornal de Notícias. Porto. ISSN 0874-1352. 359:117 (2005) p. 40.
Alunas do 4.º ano de CTDI: Natália Sarmento e Tânia Alves
Palavras-chave: Feira do Livro; Lisboa; Porto; APEL.
A Feira do Livro afirmou-se como um dos mais importantes acontecimentos culturais portugueses, durante 90 anos. Em passos pequenos, feitos de gigante. A primeira Feira do Livro, não oficial em 1906, chamou-se Mercado do Livro (em Agosto), encheu o recinto em torno da Lisboeta estátua do Marquês de Pombal. Em 1908 com o fim de recolher fundos, na Tapada da Ajuda, algumas senhoras Lisboetas organizaram um Mercado de Livros. A terceira Feira do Livro, em 1918 também em Lisboa, inaugurada pelo Presidente Sidónio Pais. Os fundos foram revertidos para a sopa dos pobres.
Em 1920 pela primeira vez um grupo de livreiros organiza a feira do livro na invicta. Em 1927 na Rua Passos Manuel (no Porto) é organizada uma semana do livro brasileiro. Em 1930 Associação da Classe dos Livreiros de Portugal (hoje APEL), promove pela primeira vez a Feira do Livro oficial (organizações de editores e livreiros, com 17 stands no Rossio), 51 anos depois de Paris: a primeira exposição das publicações mais notáveis de 115 editores de Paris e da província (Cercle, 1997:31) fora realizada pelo Cercle em 1880. No Porto realiza-se a primeira Feira do Livro oficialmente, na Praça da Liberdade, com o nome de Semana do livro. Durante o certame, sai uma estatística arrasadora: à data, 8% dos estrangeiros imigrados eram analfabetos, enquanto 100% dos nossos emigrantes não sabia ler nem escrever.
Em 1933 Associação da Classe dos Livreiros de Portugal ocupa dois dias da Feira do Livro de Lisboa com a venda de livros unicamente dedicados ao público feminino. Em 1934 vários actores de teatro são convidado a animar a Feira do Livro de Lisboa com os seus sorrisos e autógrafos. Beatriz Costa inaugura a iniciativa, franja em riste no pavilhão da Clássica Editora, patrocinando a venda do Livro Ceia dos Cardeais de Júlio Dantas, a 1$00 o exemplar. Vários editores optam por oferecer brindes aos visitantes. Vai um cafezinho
Tome lá uma rosa.
Em 1940 os 33 pavilhões da Feira Lisboeta são instalados entre a Calçada e a Travessa da Glória. A Associação da Classe dos Livreiros de Portugal chama-se agora Grémio Nacional de Editores e Livreiros. Em 1944 finda a II Guerra Mundial, a Feira de Lisboa sobre a Avenida da Liberdade instala-se em frente do Cinema Condes. Os pavilhões têm a forma de enormes livros, meio abertos e colocados ao alto. Esta forma durara 22 anos. Em 1945 o Rossio recebe de novo o certame Lisboeta, que ali permanece durante 3 anos. Em 1960 a Feira do Livro de Lisboa regressa à Avenida da Liberdade, agora perto da Rua das Pretas. Em 1963 da direita para a esquerda, a Feira do Livro de Lisboa instala-se no lado oposto da Avenida, junto ao Parque Mayer. Em 1964 com 50 pavilhões, o certame de Lisboa é um sucesso aclamado pelo povo, importante novidade: um festival de Poesia e o Dia do Livro Infantil. Em 1971 a Feira do Livro do Porto muda da Praça da Liberdade, onde se mantivera desde 1931, para a Praça do Município (actual Praça General Humberto Delgado). O design dos pavilhões um livro aberto é alterado para um modelo que se mantém até 1992. Em 1973 também no Porto, muda-se para a Praça Mouzinho da Silveira onde permanece durante 2 anos até regressar à Praça do Município.
Em 1974 um mês antes da revolução dos cravos, a guerrilha faz-se com livro. O Grémio Nacional dos Editores e Livreiros muda a sua designação para Associação Portuguesa de Editores e Livreiros. Em 1976 uma bomba explode danificando pavilhões, até hoje ainda não se sabe o porquê. Em 1977 do Cinema Tivoli até à Rua Alexandre Herculano, estendem-se os 86 pavilhões da Feira do livro de Lisboa. 50 Mil volumes estão abertos à curiosidade (e à bolsa) do público. Em 1979 no final do certame, a Câmara Municipal de Lisboa (CML) anuncia a mudança obrigatória de local. Opções aventadas: Alameda Afonso Henriques, Jardim da Estrela, Campo Grande e Parque Eduardo VII. Em 1989 a Feira do Livro de Lisboa comemora meio século, cerca de 450 mil pessoas ocorrem aos 100 pavilhões acomodados no parque Eduardo VII. A opção da CML desencadeia polémica. A APEL faz circular mil exemplares de uma moeda comemorativa do 50º aniversário, cunhada a partir de desenhos do escultor António da Rocha Correia.
Em 1982 o papa veio a Portugal e foi escolhido o Parque Eduardo VII para uma missa campal, a Feira do livro de Lisboa foi montada em tempo recorde: 13 dias contra os habituais 30. Em 1983 a Feira do Livro do Porto muda-se para a Rotunda da Boavista, onde permanece 10 anos. Em 1988, 100 anos sobra a morte do poeta Fernando Pessoa justificaram o alargamento do período de duração da Feira do livro de Lisboa. Em 1993 a Feira do Livro do Porto deixa de acontecer ao ar livre e instala-se no Palácio de Cristal (actual Pavilhão Rosa Mota).
Em 1996 a Feira do Livro de Lisboa é empurrada para junto do Tejo, cumprimentando a estátua de D. José na Praça do Comércio, a festa estende-se até à Rua Augusta: mais de 240 stands em Lisboa e Porto para 60 mil títulos disponíveis. Um CIBERFORUM faz as apresentações do universo multimédia. A Feira dedica um espaço exclusivo à edição infanto-juvenil. Em 1997 de novo no Parque Eduardo VII, a Feira de Lisboa aí está, com cerca de 150 pavilhões e milhares de novidades a descobrir calmamente, num passeio entre o verde. Ininterruptamente realizadas desde essa época, as Feiras do Livro de Lisboa e do Porto, são grandes acontecimentos citadinos e também grandes montras que uma vez por ano, centenas de milhares de pessoas visitaram. Tornaram-se de tal maneira importantes, que desde o início, os sucessivos livros de Actas das Assembleias Gerais, sem excepções, dão-nos conta das discussões que periodicamente se travavam acerca dos seus regulamentos.
Fonte
APEL
MARTINS, Jorge M. Marketing do Livro: materiais para uma sociologia do editor português. Oeiras: Celta Editora, 1999. ISBN 972-774-045-6.
Alunas do 4.º ano de CTDI:
Natália Sarmento
Tânia Alves
Natália Sarmento 4.º CTDI
Entre o período 1933 e 1945, foram queimados à volta de 100 milhões de livros numa Europa ocupada por Hitler. A primeira fogueira foi em Berlim mais precisamente a 10 de Maio de 1933.
Assistiram à cerimónia o ministro da propaganda do Reich, Joseph Goebbels (nazi com educação superior em literatura e filosofia, o que era um caso raro na altura), nesta festa contou também com a presença de fanfarras e hinos. Heinrich Heine profetizavara 100 anos antes, Onde se queimavam livros, acabarão por se queimar pessoas. Queimaram-se mais de 25 mil livros, ficou gravada para a História como o primeiro auto-de-fé europeu pós-inquisição.
Alguns deles provinham da biblioteca de Magnus Hirschhgeld. Os livros de autores alemães de origem judaica eram os mais sancionados. No entanto, também os livros de escritores ingleses eram banidos, nomeadamente. Ernest Hemingway, Jack London, Upton Sinclair, John Dos Passos, H. G. Wells, Sinclair Lewis ou Aldous Huxley. Durante a censura não era bem claro quais os livros que se podiam ou não ler, aumentando mais o medo e a insegurança, uma vez que, não se sabia se estava a infringir a lei.
Todavia, eram proibidos os livros de ordem socialista e comunista, ou seja, contrários ao modo de vida dos alemães; os que questionassem sobre sexualidade; os que deturpassem a história alemã e as suas grandes figuras; os textos jornalísticos democrático-judeus, os que desrespeitassem o comportamento dos soldados durante a grande guerra, etc.
Durante este conflito universal, num programa radiofónico dos EUA, teatralizavam-se os autos de fé praticados na Alemanha, reproduzindo com ditério a célebre fala do judeu Shylock na peça de Shakespeare O mercador de Veneza: Um livro é um livro. É papel, tinta e impressão. / Se o apunhalam, não sangra
Se o queimam, não grita. / Queimem-se milhares, queime-se um milhão. / Que diferença pode isso fazer?
Posteriormente, nos campos de concentração, com o fumo dos fornos crematórios no horizonte, era na memória dos livros que alguns detidos obtinham certo amparo imaginável.
Bibliografia
"Expresso". (Abr. 2005) 33-35.
Natália Sarmento 4.º CTDI
A venda de livros em grandes superfícies, ou numa escala mais globalizante, (a Internet e a Fnac), tornaram-se sérios concorrentes aos livreiros. Estes para tentarem resolver a situação, abriram livrarias em centros comerciais, como por exemplo: a Bertrand e a Bulhosa., além desta medida também foi tida em conta a criação de espaços on-line, onde à distância de um clique é possível adquirir um livro sem sair de casa.
A única forma de estatísticas existentes para obter dados de livros vendidos em Portugal é através da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros, contudo não especifica quem vende. Mas Do estudo, pode-se afirmar que os portugueses não são amantes da leitura e em termos percentuais as compras em pequenas e grandes superfícies livreiras é de 90%, em super e hipermercados é de 35%, em feiras do livro é de 26%, em clubes de livros é de 9%, por via postal é de 5%, pelo sistema porta a porta 3%, e por ultimo em alfarrabistas e na Internet os valores não ultrapassam 1%.
Todavia, em comparação com outros estudos desde 1983, há grandes diferenças, nomeadamente, em compras nas livrarias a percentagem varia de 63% e os 77%. Pode-se concluir, que as livrarias sendo pequenas ou grandes superfícies, são o local onde mais as pessoas compram.
Do estudo realizado por 7 livrarias de Lisboa (Aillaud & Lellos; Livrarte; Castil; Castil Fonte Nova; Ferin; Ler Devagar; Notícias e Portugal), concluiu-se, que todas elas estão em declínio, tentam a todo o custo reverter a situação, umas especializando-se em determinadas áreas, outras vendendo livros raros, antiguidades e obras de arte.
Bibliografia
"Expresso". (Jan. 2005) 22-24.
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