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A mudança de ano é tempo de projectos futuros assentes no balanço do ano findo. É o tempo da prestação de contas. No balanço do país podemos, e bem, falar de expansão. Um balanço político e social positivo de grande evidência. Estabilidade social. Aumento dos rendimentos e direitos dos cidadãos. Reposições de salários e pensões que tinham sido abusivamente retiradas aos seus legítimos proprietários. Crescimento económico em dois anos consecutivos. Mais emprego e consequentemente menos encargos de segurança social. Crescimento do PIB com a consequente diminuição da percentagem da dívida. Os juros da dívida do Estado passaram dos juros incomportáveis do FMI, para se tornarem em juros negativos. A troca de dívida com juros altos, por dívida com juros baixos é um sucesso e resulta no pagamento antecipado ao FMI. Também tem vindo a diminuir o montante da dívida das empresas e das famílias. Todos os indicadores se mostram positivos. O do crescimento económico e o do défice estrutural. Valores que se registam melhores que a média europeia. O Ministro da Finanças de Portugal vence a eleição para presidente do eurogrupo.
Todo este clima é positivo. Sim, é. Mas é necessário fazer mais. Desde logo os resultados positivos da economia, são absorvidos pelos juros da dívida. A reestruturação da dívida tem vindo a ser feita pela troca a juros mais baixos, mas isso pode não ser suficiente e ser uma vulnerabilidade na próxima crise. A reestruturação dos montantes continua a ser necessária. Resta saber como o fazer de modo a ser aceite pelas partes interessadas. Indispensável será garantir a robustez da caixa geral de depósitos, para assegurar a defesa do estado, perante o sistema financeiro. Será prudente não abandonar como objectivo a retoma para o sector público, dos sectores estratégicos que garantem a independência nacional. Reforçar a autoridade do Estado na regulação financeira e económica. Retomar o curso de melhoria dos recursos humanos, especialmente os de forte componente científica e especializada, que entretanto emigraram e é preciso voltar a recuperar para a economia nacional.
No horizonte deve estar também a alteração do paradigma energético, passando a ser favorável à descarbonização, redução dos encargos com a importação de hidrocarbonetos que não possuímos, e utilização dos recursos energéticos renováveis. Melhorar a competência agrícola para o país deixar de ser de monocultura barata de eucalipto.
Inverteu-se o ciclo de empobrecimento, de desemprego e de emigração.
O modelo governativo e a maioria parlamentar de apoio, continua sólida, contradizendo os sectores que gostariam que não se entendessem, e maliciosamente encontram em cada diferença uma ruptura. Os portugueses, quando sondados continuam a afirmar que querem a continuidade da solução governativa que lhes tem trazido o desenvolvimento económico o emprego e os rendimentos. E tudo indica que assim continuará o actual modelo governativo.
A maior fragilidade da democracia portuguesa, tem sido a descredibilização dos partidos. Situação que deve mudar. É de todo conveniente que os partidos se voltem a credibilizar. Não será fácil, mas é absolutamente necessário para o reforço da cidadania e qualidade da democracia.
António Regedor
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