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O Iluminismo, expressão científica da visão do mundo, corrigiu o modelo obscurantista. O Liberalismo, expressão da burguesia ascendente, alterou o modelo terra-tenente da aristocracia rentista. O Republicanismo, expressão da liberdade, igualdade e fraternidade mudou o estatuto de súbdito para o de cidadão. No pós segunda guerra as democracias, expressão do bem estar social, do estado previdência e intervenção do estado nos sectores estratégicos corrigiram o liberalismo. No final do século vinte o neoliberalismo destruiu a social democracia herdeira do período de paz. É agora perante uma pandemia que percebermos que é fundamental o sector estratégico da economia estar na mão do Estado (que somos nós todos), que é fundamental a saúde, o ensino, a defesa, segurança e comunicações e transportes serem do estado. Ou seja, serem de nós todos.
Porque claramente vemos a mentira dos liberais que queriam menos estado. Banqueiros, Industriais, Concessionárias de serviços públicos como auto-estradas por exemplo, com lucros privados por deterem serviços públicos, reclamam hoje pelo estado. Para esses vampiros liberais o estado é hoje o que fizeram dele: mínimo, pobre, sem poder de os ajudar. É caso para dizer a frase de que os liberais tanto gostam: É o mercado seus estúpidos.
António Borges Regedor
Ontem, num jantar de alunos e professores de um curso de Comunicação (Mkt; RP, Pub) da Escola Profissional de Espinho (ESPE) dei-me conta que ao longo da vida tenho tido o fado de ser professor de novos cursos e até inovadores.
Aconteceu na Escola Secundária Filipa de Vilhena, onde iniciei um novo curso de Biblioteca, Arquivo e Documentação. Foi meu colega o Paulo Bento, já amigo do tempo de faculdade e filho também de uma boa amiga, a Marcela Torres, irmã do Claúdio que vim a conhecer mais recentemente em Mértola. Este curso teve o impulso decisivo do Joaquim Azevedo que à época dirigia o GETAP (Gabinete deo Ensino Técnico, Artístico e Profissional) do Ministério da Educação. Mais tarde Viria a ser secretário de estado. Os alunos, pioneiros neste modelo de ensino, tiveram enorme sucesso. A empregabilidade foi total, e a maioria continuou estudos. Fui mais tarde professor de alguns na licenciatura e até em pós-graduação e Mestrado.
O outro pioneirismo foi com esta turma que se reuniu agora em jantar de memória. São hoje pais e mães, profissionais com sucesso, espíritos positivos, bem dispostos. E sobretudo, cuidadores dos valores da amizade, solidariedade e da areté (a tal excelência da cultura grega clássica que nos faz senir bem, quand sabemos que todos os outros da nossa comunidade estão bem.
O terceiro caso foi há 21 anos ter iniciado a leccionar na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico do Porto um novo curso de Gestão do Património. E mais uma vez, alunos pioneiros de um curso tiveram enorme sucesso. Também vários alunos deste curso vieram a ser meus alunos de Mestrado. E o mais curioso é que pelo menos duas alunas deste primeiro curso são hoje professoras no curso.
Fui de seguida também contratado para o início de um curso de Ciências e Tecnologias da Documentação e Informação na Escola Superior de Estudos Industriais e de Gestão do IPP que à época se situava em Vila do Conde. Outro caso de sucesso, com os alunos a conseguirem boas empregabilidades. E mais uma vez vários alunos a prosseguirem o percurso académico.
Na Universidade Fernando Pessoa entrei também para iniciar uma pós-graduação em Ciências da Informação e da Documentação, onde lancei a ideia bem acolhida de alargar o currículo aos estudos editoriais, à análise e avaliação de bibliotecas, e aos estudos de biliometria e cienciometria, inovações à época em que foram implementadas e que vieram posteriormente a ser objecto de estudo ao nível de Mestrado e etá Doutoramento.
E em todos esses primeiro cursos a maioria dos alunos teve enorme sucesso.
E acabo de me dar conta que, em todo o meu percurso lectivo, andei sempre a desbravar.
António Regedor
Universal e gratuito
Entendo hoje o significado de ensino universal e gretuito. Universal porque se tornou banal, geral e diário os professores mandarem os alunos fazer em casa, trabalhos, pesquisa, fichas e toda a sorte de aprendizagens que à escola compete. Os trabalhos trazidos para casa são distribuídos pela totalidade dos familiares disponíveis. São feitos, corrigidos e finalizados de acordo com as diversas competências dos familiares. . É desta forma assegurada a moderna universalização do ensino. Toca a todos. Antes, durante e depois do jantar. Gratuito porque não sendo alunos nem professores, os familiares escrvem, contam, desenham, pintam, fazem colagens, digitalizam, constroem, realizam sem nada pagar, e muito menos receber. Os trabalhos de casa são gratuitos. Fica assim claro, ao meu entendimento, o que significa ensino universal e gratuito.
António Borges Regedor
São Tomás de Aquino: “Teme o homem de um só livro”.
Acabei há pouco de ler o livro: “A oficina dos livros proibidos: o conhecimento pode mudar o mundo” de Eduardo Roca, cuja acção se desenvolve no século XV, abordando, ainda que tangencialmente, a relação professor aluno e o afastamento do modelo do “magister dixit”. É dedicado “àqueles que sonham e tornam possíveis os sonhos de outros” e inicia com uma citação de São Tomás de Aquino: “Teme o homem de um só livro”. O trecho que considerei interessante, do ponto de vista do paradigma que uso no ensino, aparece no livro da seguinte forma: “Tu sabelo bem, Johann, que tens assistido a alguma das minhas aulas. A propósito, aparecei lá quando vos aprouver visitar-me, tu e esse tal Lorenz. Sim, no diálogo, não só aprende o aluno como o docente. As opiniões que surgem enriquecem a todos, e as perguntas e dúvidas do aluno obrigam o professor a aprofundar mais o seu conhecimento, e estruturar o pensamento, a prevenir-se de possíveis falhas que pode haver nas suas teorias e a ver como resolvê-las.”p. 252. Roca, Eduardo – A oficina dos livros proibidos: o conhecimento pode mudar o mundo. Trad. Oscar Mascarenhas. Barcarena: Marcador Editora. 2013. Original de 2011, Ed. Planeta Madrid
António Regedor
Para resistir a mais um ano que o orçamento de estado propõe,
Começo o ano com uma boa notícia.
http://www.oje.pt//noticias/economia/livros-sao-bem-cultural-mais-exportado-em-2011
É uma notícia de economia e simultaneamente de livro. Dois conceitos que prefiro indexar pelo termo composto: economia do livro.
A utilização deste termo no léxico das linguagens documentais ajuda a melhor percepção do enorme valor da cultura e ensino, do livro e das bibliotecas, da indústria editorial e economia.
O jornal OJE de 1 de Janeiro de 2013 noticia que de acordo com dados do INE os livros foram o bem cultural mais exportado em 2011 no valor de 44,1 Milhões de euros.
Por comparação dentro dos produtos culturais, os "objetos de arte, de coleção ou antiguidades" registaram exportações no valor de 9,4 milhões de euros.
O destino dos livros foi essencialmente os PALOP (55,3%), a UE (30,4%) e o Brasil com apenas 8,6%. Desde logo se percebe o enorme esforço que será necessário para vender mais no maior mercado da língua portuguesa. O que fazer? Bom tema para começar uma discussão.
Mesmo assim, a balança comercial dos bens culturais mantém-se negativa, com -110,2 milhões de euros, apesar de se ter verificado uma melhoria do saldo com um decréscimo de 32% em relação ao ano anterior.
Outra conclusão é que é necessário fazer mais na indústria editorial para ser um sector com saldo positivo na balança comercial, sendo que os países de origem dos "jornais e publicações periódicas" e dos "livros, brochuras e impressos semelhantes" foram os países da União Europeia (97%).
António Regedor 1Jan2013
A Presidência do Conselho de Ministros determina o lançamento do Programa e.escola 2.0, continuando a garantir aos alunos do ensino secundário o acesso às tecnologias de informação, promovendo a infoinclusão
Ver: http://dre.pt/pdf1sdip/2011/02/02700/0070000701.pdf
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