Historicamente o populismo seria um sistema e que a legitimidade do príncipe estaria no povo e não na sua condição de príncipe.
Mais recentemente o populismo tem uma conotação pejorativa. Essa negatividade começou quando as elites deixaram de ver no populismo uma barreira contra o comunismo. A partir do momento em que esse receio foi afastado, passaram a sentir o populismo como ameaça aos seus interesses.
O populismo é essencialmente uma forma de exercício do poder que assenta na relação directa com os eleitores. A relação é emocional, nunca racional. Para isso utiliza o preconceito, a crença irracional, a convicção não fundamentada, o sentimento primário e emotivo. A pulsão não controlada.
Pode agir sob variados conteúdos ideológicos. Não tem estabilidade ética, nem princípios racionais. Utiliza a democracia de forma parasita e para a desvalorizar. Utiliza os partidos para melhor controlar e moldar a opiniões e comportamentos. Utiliza diversos meios de influência psicológica e social.
Tem como principal alvo as massas desinformadas, incultas e manipuláveis.
Tanto pode ocorrer à direita como à esquerda. A América Latina é rica neste tipo de manifestação, como os casos do Perón na argentina, Getúlio Vargas no Brasil, Chavez na Venezuela.
É comum o discurso nacionalista e medidas proteccionistas do tipo nacionalizações, protecção de importações, restrições de capitais estrangeiros, controlo dos direitos das burguesias nacionais. Mas em todos os casos assenta em políticas autoritárias