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A primeira dimensão do poema é a da sua escrita. A fase em que mais se aproximará da sua idealização. Na escrita o autor terá uma forma diferente de representação do poema. É ainda uma dimensão pessoal do poema. E tudo ficaria por esta relação pessoal do criador com a criatura se a publicação não lhe viesse acrescentar uma segunda dimensão. A dimensão pública, a da participação, divulgação destinada à partilha com os demais. Nesta dimensão o poema ganha a diversidade da subjectividade. Cada leitor com a sua interpretação, leitura, tradução, diferenciação. E nesta dimensão o leitor confronta-se com a diferença da sonoridade do poema lido silenciosamente e dessa forma pensado, com o poema lido em voz alta marcado pela expressão física da voz. O poema corporizado. Diferente ainda quando o leitor experiência por meios tecnológicos de reprodução ouvir a sua própria leitura e se depara com um terceiro poema. O terceiro do mesmo. Sensações distintas do mesmo.
A outra dimensão, não sei se a última, é a do poema dito. Dito para uma plateia. Dito de um para outros. Dito e ouvido. E o poema aqui, reparte-se e parte-se ainda mais. Entra no domínio da inter-subjectividade. O confronto das diferenças do mesmo poema, dito por sujeitos diferentes.
Que perturbação para o autor que pensou um poema e se vê na inevitabilidade da diversidade que não buscou, mas que recebeu em reflexo como se de um espelho partido se tratasse.
Já se encontram abertas as candidaturas à frequência na
Licenciatura em Ciência da Informação e da Documentação.
Na Universidade Fernando Pessoa
O funcionamento será em:
- Regime pós-laboral,
- Três dias da semana: Quartas; Quintas e Sextas das 18:00 às 22:00 horas;
- Duração da formação: 3 anos lectivos (6 semestres)
- Condições de acesso: para maiores de 23, contactar os serviços de secretaria ou CEFOC.
Universidade Fernando Pessoa
Telefone geral: 22 5071300
Morada: Praça 9 de Abril, 349 4249-009 PORTO
Se aliarmos as condições favoráveis à frequência e a possibilidade que a lei confere aos maiores de 23 anos, será a oportunidade para pessoas que adquiriram competências nesta área ao longo de vários anos de trabalho, nomeadamente os técnicos profissionais, verem agora a possibilidade de obterem o grau académico de licenciado.
Por vezes a vida também nos reserva boas surpresas. Aproveitem.
Aspecto agradável da biblioteca onde se realizou a sessão de poesia "ao luar".
Na imagens estão alguns elementos da equipa da biblioteca.
Há dias participei, por amável convite, numa tertúlia poética organizada no Agrupamento de Escolas Domingos Capela. A realização foi na Biblioteca Escolar e da responsabilidade do Departamento de Línguas e da Equipa da Biblioteca. Encontrei-me em ambiente agradável e com assinalável participação. Não levava nenhum poema preparado para ler, mas no meio da participação generalizada foi-me feita a provocação em forma de pergunta. Que relação é que um bibliotecário tem com a leitura? Respondi instintivamente que pode não ter nenhuma. Não tem necessariamente que ter. O bibliotecário bibliófilo, guardador de livros, leitor de ficção desapareceu. Hoje o bibliotecário é gestor de informação. O livro já não é o único meio de informação e de formação. A organização que o bibliotecário dava à biblioteca que só tinha livros, é a organização que ele tem que fazer nos novos canais de informação. O bibliotecário tem agora que gerir as bibliotecas digitais e virtuais. Na internet tem que passar a gerir os conteúdos acessíveis
Assim a leitura de lazer e prazer, de ficção em prosa ou poesia é apenas uma pequena parte da imensa actividade que a biblioteca tem a desenvolver no actual ambiente digital da sociedade da informação e conhecimento. E neste contexto adverso ao suporte papel, são fundamentais as iniciativas de promoção da leitura como a que a Escola realizou.
E se repararmos bem, este encontro de pessoas para lerem, dizerem e ouvirem poesia, é uma necessidade actual de contrariar a sociedade solipsista e individualista da leitura pessoal em ecrã de computador e dos diálogos mediados pelos dedos tocando o teclado do computador.
As próprias bibliotecas mudaram. Nas bibliotecas de depósito patrimonial em que a sala dos livros era separada da sala de leitura, não seria possível reunir as pessoas junto dos livros por razões físicas. Só o seria na sala de leitura. O modelo moderno de biblioteca de livre acesso em que não há separação entre o livro e o leitor permite o magnífico ambiente conseguido na Biblioteca da Escola Domingos Capela.
António Regedor
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